(Plataforma no Campo de Libra)
PRÉ-SAL CAMPO DE
LIBRA
21/10/13
PRODUÇÃO ESTIMADA : 8 A 12 BILHÕES DE BARRIS DE ÓLEO EM 30
ANOS.
EXTENSÃO DO CAMPO: 1.5 MIL QUILÔMETROS QUADRADOS.
LOCALIZAÇÃO DO CAMPO DE LIBRA: BACIA DE SANTOS – 183 KM DA
COSTA DO RIO DE JANEIRO.
O CAMPO DE LIBRA VAI EXIGIR A CONSTRUÇÃO DE 17 PLATAFORMAS.
O RETORNO ESPERADO É DE R$900 BILHÕES, SENDO R$300 BILHÕES
EM ROYALTIES E R$600 BILHÕES EM ÓLEO CRU; (AO LONGO DOS 30 ANOS).
Segundo a ANP, a exploração do Campo de Libra deve dobrar as
reservas nacionais de petróleo. A estimativa é que o volume de óleo recuperável
seja de 8 bilhões a 12 bilhões de barris – as reservas nacionais são hoje de
15,3 bilhões de barris. As reservas de gás somam atualmente 459,3 bilhões de
metros cúbicos e também devem duplicar com Libra.
No regime de partilha, empresas repartem com o governo
o resultado da exploração. O novo modelo foi adotado em 2010, em que mudanças
na legislação buscaram elevar o controle estatal sobre as reservas nas bacias
de Campos e Santos. A adoção do regime de partilha da produção, em
substituição ao de concessões, faz com que o Estado fique com uma parcela da
produção física em cada campo de petróleo. A empresa paga um bônus à União
ao assinar o contrato e faz a exploração por sua conta e risco. Se achar petróleo,
será remunerada em petróleo pela União por seus custos. Além disso, receberá
mais uma parcela, que é seu ganho. O restante fica para a União. Pelo
modelo antigo – e que vai continuar valendo para campos fora do pré-sal –, os
consórcios vencedores ficam com todo o óleo de um bloco arrematado em leilão,
pagando ao governo apenas impostos, royalties e participação especial.
Segundo especialistas, o início da produção pode levar de 5
a 10 anos, a depender da geologia do local e dos investimentos feitos pela empresa
vencedora. O pico da produção pode levar 15 anos para ser atingido.
QUEM GANHOU O “LEILÃO”
O consórcio formado pelas empresas, Petrobras, Shell holandesa, Total francesa, CNPC e
CNOOC - ambas chinesas, arrematou
nesta segunda-feira (21) o campo de Libra e foi o vencedor do primeiro leilão
do pré-sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica
com a União.
Único a apresentar proposta, contrariando previsões do
governo, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo
extraído do campo – percentual mínimo fixado pelo governo no edital.
Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior
fatia de óleo – o regime se chama partilha porque as empresas repartem a
produção com a União.
O consórcio vencedor também terá que pagar à União um bônus
de assinatura do contrato de concessão no valor de R$ 15 bilhões. Segundo a
Agência Nacional do Petróleo(ANP), esse valor deve ser pago de uma vez.
O pagamento tem que estar depositado para que o contrato seja assinado – o que
a Magda Chambriard, diretora geral da agência, previu que aconteça em cerca de
30 dias.
A Petrobras terá a maior
participação no consórcio vencedor, de 40%. Isso porque, embora a proposta
aponte uma fatia de 10% para a estatal, a empresa tem direito, pelas regras do
edital, a outros 30%. A francesa Total e a Shell terão, cada uma, 20%.
Já as chinesas CNPC e CNOOC terão 10% cada.
Ou seja, o Brasil através da
Petrobrás, ficará na verdade com apenas
40% da exploração do maior campo de petróleo submarino até agora encontrado em
toda a costa brasileira.
E o que pensar de um leilão que
teve só um lance???...rsrs
Quanto a futura atuação da Shell
no campo de Libra, devemos lembrar a atuação da petrolífera holandesa na
Nigéria:
“A Amnistia Internacional
apelida de “fiasco” as investigações sobre os derrames da Shell no delta do
Níger, e acusa o grupo de negligenciar as verdadeiras razões por detrás das
fugas de petróleo”.
“Segundo a organização de
direitos humanos, a falta de manutenção nas infraestruturas provocou a corrosão
de parte dos oleodutos. No entanto, a Shell repudia essa responsabilidade,
apontando o dedo a atos de sabotagem executados para roubar crude”.
“Um habitante da comunidade de
Bodo, junto à costa nigeriana, explica que, apesar das marés negras, “nada foi
feito até agora”. Outro residente local realça que “a sua comunidade aguarda o
resultado de um julgamento que decorre em Londres”, não se mostrando muito
otimista, porque, alega, os representantes governamentais da Nigéria têm várias
ligações ao grupo petrolífero”.
No entanto, a Shell enfrenta uma
multa de quatro mil milhões de euros, na sequência de um derrame em dezembro do
ano passado, mas invoca falta de provas sobre as responsabilidades. Um
relatório da ONUaponta que as operações de limpeza serão as mais intensivas
realizadas até hoje, devendo durar entre 25 a 30 anos”.
Devemos lembrar que a atuação de
empresas petrolíferas estrangeiras não tem tido o devido cuidado com suas
plataformas no litoral brasileiro, em especial quanto a Bacia de Campos – RJ:
http://www.not1.com.br/vazamento-de-petroleo-na-bacia-de-campos-impacto-ambiental-chevron/ em 21/11/2011.