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quinta-feira, 7 de abril de 2011

TRAGÉDIA EM UMA ESCOLA DE REALENGO

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Ainda que o Brasil jamais tenha tido algo precedente ao que aconteceu na Escola “Tasso Silveira” em Realengo hoje; após ter acalmado a revolta e passado a perplexidade, que tomou conta do país e que ecoou por todos os Portais no mundo digital; há que se fazer certas considerações:

O tipo de patologia que levou a esse assassino cometer tanta barbaridade, para esse tipo de assassino, não há prevenção possível.

Podemos atenuar outras ocorrências menos graves; (que são comuns em nossas Escolas Públicas, diga-se de passagem); com algumas medidas de policiamento nas entradas das escolas, algum policiamento discreto nos interiores dos estabelecimentos, mas pouco mais além disso.

Não é difícil imaginar um indivíduo como esse, uma vez possuído pelo ódio doentio que invadiu seu cérebro transtornado, o psicopata tudo fará para burlar a segurança do local que escolher para agir. Ele vai ter tempo para programar tudo. Ele não vai ter pressa. Poderá levar meses, um ano se necessário, desde que tenha todas as condições para cometer sua barbárie a nível tal que lhe garantirá a certeza do choque e da “ousadia” de sua ação. Ele não terá o que temer, já que estará incluído na ação o seu suicídio. Convém lembrar que o suicídio para um cara desses, após ter conseguido total ou parte do seu intento, é a glória, pois, ele será seu próprio juíz, não dando chance aos inimigos o “atrevimento” e a humilhação de o julgarem.
E o pior de tudo, é que durante seu planejamento, continuará a ser um cara tão “normal”, quanto possível, ainda que pequenos deslizes de comportamento aconteçam, na época em que vivemos, será facilmente assimilado pelo seu entorno.

“Se o time perder amanhã, juro que jogo uma bomba naquela porra de clube”. Frase comum nos torcedores festivos, que muitas vezes nem no estádio vão, mas, usada para expressar o quanto ele espera a vitória do time do seu coração.

( Se era perturbado não demonstrava” diz jovem que trabalhou com atirador do Realengo.
Ele sempre chegava na hora, nunca teve problemas no trabalho. Acho que essa história de que ele sofria bullying é especulação. Ele nunca fez mal a ninguém. Se era perturbado, não demonstrava”, disse. (FONTE UOL DE HOJE – 08/04/11 - 15,36 hrs).


Vivemos uma época de cultura da violência, quer queiram ou não os indignados ante as barbáries, mas que à noite não perdem o filmeco de baixo nível que só expõe aberrações comportamentais, camufladas por sofisticados visuais, no velho esquema de sempre:

Primeiro violentam o telespectador com o sadismo dos vilões no enredo a níveis jamais imaginados pelo indefeso telespectador, alimentado em sua mente o ódio que jamais sentiu.
Depois, o “mocinho” catalisando toda a revolta e ódio plantados, tem a vez de praticar violências até maiores e também inimagináveis, de tal forma que mal sabemos quem pode ser mais perigoso, a fim de fazer a catarse do indefeso na poltrona. E o que falar dos vídeos-games de violência? E assim vamos indo....

Nem vou aqui tecer comentários quanto ao teor da carta deixada pelo psicopata Wellinton. Muita doideira. Nem a colocarei. Está na Internete.

De resto só a lamentar mais um ataque a imagem da “Cidade Maravilhosa”, o Rio de Janeiro, depois da calamidade das enchentes recentes, depois da polêmica “limpeza” nos morros cariocas com as cenas de guerra mostradas para todo o mundo, não merecia esse episódio de tamanha desgraça, ainda mais evolvendo crianças de 9 a 15 anos, que tiveramn suas vidas ceifadas numa brutalidade animal.

Enfim, só nos resta além revolta impotente, a solidariedade pela dor dos parentes das crianças mortas, bem como endossar de forma total o repúdio à tamanha barbárie, sem precedentes em nosso país, em um estabelecimento de ensino, onde estamos acostumados confiar a vida das nossas crianças.

Que os todos Deuses em todos os Céus nos ilumine enquanto seres privilegiados pela razão em busca do conhecimento e da convivência harmoniosa entre raças, credos, cor, condição social, gênero e seja lá o mais que for.

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