Visitantes Bem-Vindos na semana:

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

"MENSALÃO", A COMÉDIA


http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE89L09A20121022?sp=true



BRASÍLIA, 22 Out (Reuters) - O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira por formação de quadrilha na ação penal do mensalão, disse que nunca compôs ou formou quadrilha, e que foi "condenado por ser ministro".

Dirceu, que já havia sido condenado por corrupção ativa, é apontado como mentor e chefe do esquema de compra de apoio parlamentar ao primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Mais uma vez, a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de me condenar, agora por formação de quadrilha, mostra total desconsideração às provas contidas nos autos e que atestam minha inocência. Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha", disse Dirceu em texto publicado em seu blog na Internet.

"Sem provas, o que o Ministério Público fez e a maioria do Supremo acatou foi recorrer às atribuições do cargo para me acusar e me condenar como mentor do esquema financeiro. Fui condenado por ser ministro", disse, afirmando que sua condenação se deu "com base em indícios".

A defesa do ex-ministro alegava falta de provas que apontassem o envolvimento do petista no esquema para pedir sua absolvição das duas acusações.

Dirceu, que renunciou ao cargo de ministro na esteira do escândalo, em 2005, lembrou ter lutado pela democracia e ter sido "vítima dos tribunais de exceção", para dizer que "sabe o valor da luta travada para se erguer os pilares da nossa atual democracia".

"Condenar sem provas não cabe em uma democracia soberana", escreveu.

O petista já havia rompido o silêncio após sua condenação por corrupção ativa, e disse que acataria a decisão do Supremo, mas que provaria sua inocência. Na ocasião, disse ter sofrido um "juízo de exceção". Agora, voltou a criticar a condução do julgamento.

"Teorias e decisões que se curvam à sede por condenações, sem garantir a presunção da inocência ou a análise mais rigorosa das provas produzidas pela defesa, violam o Estado Democrático de Direito", disse.

"O que está em jogo são as liberdades e garantias individuais. Temo que as premissas usadas neste julgamento, criando uma nova jurisprudência na Suprema Corte brasileira, sirvam de norte para a condenação de outros réus inocentes país afora", disse.

O ex-presidente do PT José Genoino, que integraria o núcleo político ao lado de Dirceu e do então tesoureiro do partido Delúbio Soares, também foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa. Genoino também disse ser inocente após a decisão da Corte.

"Estou indignado com esta condenação cruel. É a sensação de estar numa noite escura, de ser inocente mas estar condenado. Mas a coragem é o que dá sentido à luta pela liberdade", disse o petista em seu site na Internet.

O Supremo inicia na terça-feira a fase da dosimetria, que irá calcular a pena dos condenados. A expectativa é que o julgamento, iniciado em agosto, seja encerrado na quinta-feira.

(Reportagem de Hugo Bachega)
----------------------------------------------------------------------------------

Estão usando o "mensalão", um termo criado pelo Roberto Jeferson, inimigo do Dirceu e do PT. 

O "mensalão" foi um esquema montado pela equipe do então Presidente Lula, para compor o apoio necessário na Câmara dos Deputados e no Senado. Devemos lembrar que quem ganhou as eleições para o PT foi o Lula. O partido não ganhou nada, já que uns poucos deputados e uns três senadores que se reelegeram, era tudo que o Partido tinha no Governo. 

Ora, acordos políticos-financeiros é o que sempre vigorou na política brasileira, ainda mais sob a presidência nas mãos da direita nativa. 
Considero o "mensalão", mais toda a gritaria midiática e via Internet em pró da ética e contra a roubalheira ou os achaques ao Erário, uma comédia para derrubar o PT no Governo Federal e acabar com a imagem do "Lulismo". 

Já foi falado: "O Erário neste país é terra de ninguém"! A frase é pertinente, em parte. Sim, porque os saques praticados pela parte da politicalha nativa não são feitos por qualquer um, mas sim os escolhidos; a princípio pelo povo; pelo centro do poder. A familiocracia impera neste Brasilzão de dimensões continentais. Antes as oligarquias se locupletavam da mina da ouro inesgotável que é a arrecadação de impostos em cascata através de conchavos entre parentes e filhos das velhas oligarquias, onde os repasses de verbas eram feitos no varejo através dos cheques. Para não falarmos nos abusos sócio-econômicos criminosos praticados em duas décadas de ditadura, onde estudiosos lembram da brutal concentração da terra nas mãos de poucos. 
Hoje temos a Internet, com um clic temos acesso ao mundo, mas principalmente a verbas ilícitas, tudo não passa de números circulando na rede bancária em pró de licitações fraudulentas, aditivos escusos, etc, etc. Volta e meia estoura um escândalo aqui outro acolá, alguns são um pouco investigados, outros são abafados, e por aí vai. 

Agora só se fala em "Ficha Limpa", para políticos que se candidataram nas recentes eleições para o primeiro turno. O que poucos sabem, é que muito político com ficha mais suja que pau de galinheiro, entrou com recurso no Supremo Tribunal Eleitoral, e com esse recurso ele teve o "direito" de se candidatar. Se ganhou, toda a sua ficha já está meio caminho andado para a "límpida transparência". 

E "vamo q vamo" em Terras de Maracangalha, onde tudo é festa...para os 10% da população no pico da pirâmide social. 

-------------------------------------------------------------









Nenhum comentário: