24/06/13
Dia 15/06/13; as
vésperas do início da Copa das Confederações, um teste preparatório para a Copa
do Mundo 2014; teve início as grandes passeatas de protestos nas ruas do
Brasil.
O site “Movimento Passe Livre” no Facebook, de autoria do jovem “Lucas
Monteiro”, serviu de convocação para os milhares de jovens que deu o início das grandes
passeatas na capital de São Paulo.
Acontece que a Prefeitura de “Sampa” resolveu em meio a
euforia do inicio da Copa das Confederações, aumentar a tarifa dos ônibus
urbanos em 0,20 centavos, que começou em um sábado - 08/06/13. Dos já
exorbitantes R$3,00 passaria para R$3,20. Os R$0,20 se tornariam na “gota
d’água” no copo cheio que acabou transbordando em inúmeros cartazes com as mais
variadas reivindicações, empunhados por grandes massas de jovens estudantes,
universitários, pais de família com seus filhos, etc.
(a gota d'água)
Há que se registrar para um bom entendimento dos protestos, que
a esmagadora maioria das pessoas que chegaram a 100.000 ou mais na av. Paulista, era da classe média para
cima na pirâmide social. Aliás, nos primeiro dias, artistas da TV já apoiavam
os movimentos que se alastravam pelas grandes capitais do país.
A maior emissora de TV no país mostrou os filhos de uma
consultora de modas fazendo os cartazes, com a ajuda da mãe, para a passeata do
dia.
Estudantes e estagiários de medicina marcavam presença nos
cuidados das pessoas feridas, quando no encontro com a polícia, que no início
abusou da truculência e despreparo. Faculdade de medicina é para poucos no
país.
Um camarada, proprietário de um pequeno negócio, contou que
não resistiu às pressões das filhinhas de 10 e 12 anos: “Pai leva a gente na
passeata na Av. Paulista? Queremos participar da “revolução” dos 0,20
centavos”. No dia seguinte, as fotos da família na passeata estavam no Face-book; o que dá uma ideia do clima de “festa” que permeabilizou
boa parte da grande massa.
No entanto, se boa parte
das centenas de milhares foram para as ruas em clima de “festa”, a maioria foi
em clima de protesto, sem contar os mais exaltados e os vândalos que se
aproveitaram da ocasião para o “quebra-quebra”.
Partidos e
organizações tidas como de esquerda denunciam a manipulação dos movimentos por
não permitirem bandeiras políticas como do PT, CUT, PSOL, PSTU, etc.
“A
avaliação feita pelas organizações é de que as manifestações, que iniciaram em
torno da redução da tarifa do transporte público na cidade, tem um caráter
progressista, pois buscam a ampliação de diversos direitos sociais para a
juventude e para a classe trabalhadora, indignadas com a situação em que vivem
há anos.
No
entanto, a direita organizada tenta dar os rumos do movimento, enfatizando o
nacionalismo e explorando o senso comum de que as organizações políticas são a
causa dos problemas do país, afirmando que as manifestações são de um povo que,
unido não precisa de partidos ou organizações.
Dessa
forma, a direita inicia um processo de incitação ao ódio às organizações
trabalhadoras, responsáveis por construir lutas e mobilizações, para que estas
sejam impedidas de participar ativamente das mobilizações com suas pautas
progressistas, tentando assim acabar com o caráter de classe e de luta por
direitos concretos das mobilizações”. (Brasil De Fato).
O
fato é que o que menos se viu nas fotos e cenas de TV foi a imagem do
(trabalhador). A grande maioria era formada por jovens da classe média. E não
foram poucas as cenas de violência contra partidos e organizações de esquerda.
No
dia de hoje, no momento em que escrevo este post, protestos se verificam em
vários pontos de Minas Gerais, inclusive com greve de motoristas de ônibus.
Depois de amanhã terá jogo Brasil x Uruguai no “Mineirão” pela Copa das Confederações.
(aqui uma mostra do "tom" das reividicações).
Cartazes mais pitorescos e contundentes:
"QUEREMOS HOSPITAIS COM PADRÃO FIFA" -
Cartaz para a policia: "POR FAVOR NÃO NOS MACHUQUE -NÓS NÃO TEMOS HOSPITAIS".
Contra os políticos: "JÁ QUE A BOMBA É DE EFEITO MORAL - JOGA NO CONGRESSO NACIONAL".
Ação da policia por vezes foi exacerbada, por vezes foi difícil até para os policiais:
Cartazes mais pitorescos e contundentes:
"QUEREMOS HOSPITAIS COM PADRÃO FIFA" -
Cartaz para a policia: "POR FAVOR NÃO NOS MACHUQUE -NÓS NÃO TEMOS HOSPITAIS".
Contra os políticos: "JÁ QUE A BOMBA É DE EFEITO MORAL - JOGA NO CONGRESSO NACIONAL".
Ação da policia por vezes foi exacerbada, por vezes foi difícil até para os policiais:
Por
outro lado, quanto ao tópico das manifestações relacionado com a Copa das
Confederações e Copa do Mundo, fica registrada a impotência do cidadão face ao
circo armado com a convivência da mídia, diga-se de passagem. Devemos lembrar
que em 2009 era exaltado o comparecimento de mais de um milhão de pessoas na
praia de Copacabana, num clima de Carnaval, para celebrar a conquista do Brasil,
na Suíça, em sediar os eventos. Ninguém pensou ou falou dos custos que teria para
o país.
(estádio Mané Garrincha - cerca de R$1BI).
(estádio "Vivaldo Lima - Manaus - estimado em mais de R$500Milhões)
(estádio do Maracanã reformado - custo: R$1BI!)
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