Um rosto de um combatente tuaregue do Sahel, num raro momento sem o pano a lhe cobrir a face.
20/01/13
Tenho acompanhado esse caso da tomada do campo de extração
de Gás em “In Amenas”, divisa da Argélia com o norte do Mali. Ridícula a
atuação dos islamitas salafitas do Egito frente à embaixada da França.
Beira a “insanidade”
ver um jovem egípcio barbudo, - (o Egito com milênios de história) - , defendendo os terroristas no
norte do Mali: “A França fala em liberdade mas, não tolera um país que adota a
lei islâmica”. É evidente a intenção de desviar a atenção para as ações terroristas
do grupo na Usina de Gas em “In Amenas” para a questão da disputa entre a
civilização árabe teocrática islâmica x civilização ocidental democrata cristã.
Que país quer adotar a lei islâmica?
Lembro de ter lido o que disse uma autoridade do Governo
do Mali: “Um Governo laico, que
(tolera), que a população mais pobre do país seja cooptada por grupos
muçulmanos radicais, interessados na difusão do islamismo e da sharia na
região. Esses grupos abusam da ignorância e da pobreza do povo, - (condição social que predomina no Sahel)-, temos gente com
mãos cortadas, mulheres que se submetem a burca, mulheres que são violentadas
sexualmente pelo machismo desenfreado desses radicais, etc”....
O Mali quer adotar a lei islâmica? Porque então mais de 200
mil fugiram do país?
E vem uns barbudos no Egito fazerem protestos em frente à
embaixada francesa?? Ah! Mundo....
Uma parte do mundo, desafia a lei da gravidade; se locomove
a velocidade do som; perfura poços marítimos de petróleo a 5mil metros de
profundidade; lança satélites de comunicação que mantém bilhões de telefones
móveis ativados; abastece plataformas espaciais, etc etc .
Outra parte do mundo, luta por manter e expandir a religião
em que acreditam, através de um fundamentalismo radical; impondo a lei da
“sharia” contra todos os direitos básicos da humanidade estabelecidos desde
século XVIII; exigem que a mulher seja considerada como um ser humano a serviço
do homem, que ande toda escondida por roupas, dos cabelos ao tornozelo. Enquanto
a elite teocrática sustentada pelos dólares do petróleo, vive nababescamente. Basicamente
é isso.
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19/1-1/13
Pois é, tudo terminou como eu havia previsto ontem
ao ler as notícias afins. Me lembro de ter dito que, os que ainda estavam
dentro do Complexo, não ia sair nenhum vivo e não deu outra: Todos os reféns,
23 segundo consta, em poder dos
terroristas foram mortos e os terroristas – 32 - no complexo também.
Foi o maior erro atacarem um complexo de extração
de gás pertencente a multinacionais estrangeiras.
Além de liberarem o complexo gasífero, de quebra,
as forças francesas e apoiadores de exércitos africanos de outros países,
aproveitando as circunstância favoráveis, farão uma varredura em toda a área do
norte do Mali, expulsando ou eliminando os grupos armados a serviço do expansionismo
do islamismo radical na região do “Sahel” – “divisa”, em árabe, região de
fronteiras.
Aliás, lembro do “Muamar Kadafi” em seus últimos
dias de vida quando disse: “Querem tomar a Líbia, querem me tirar do
Governo...Quero ver como farão para controlar os Clãs das tribos do deserto”?
Há que se lembrar que parte das forças que sempre
estiveram do lado do líder líbio, era formada por mercenários “tuaregues”.
“Kadafi” não se vestia como árabe atoa, sabia que era a “catarse” de milhões de
nômades, dos clãs do deserto do Magrebe
e a Líbia sob seu governo serviu a toda a Europa, não só irrigando o
velho continente com o precioso petróleo, mas também como represa de emigrantes
do norte do Continente africano.
Na verdade chega a ser “infantil”, que um grupelho
de 32 radicais islâmicos tenham tido a ousadia de quererem dominar toda uma
Usina de extração de Gás, sob a bandeira de duas poderosas multinacionais mais
a Estatal argelina. ??? .
O campo de “In Amenas” é controlado por um
consórcio formado pela estatal argelina Sonatrach, a britânica BP e a
norueguesa Statoil, e produz gás equivalente a 160 mil barris de petróleo por
dia, mais de um décimo da produção de gás da Argélia.
Só posso entender a ação tresloucada dos radicais
islâmicos que tomaram o Complexo gasífero de “In Amenas” , - (exigindo a
libertação de “irmãos” presos (??) -, como uma consciente operação suicida.
Sabiam que nenhum deles ia sair vivo dali. Segundo as últimas notícias, parece
que três radicais foram presos, ou seja, pelo menos ainda respiram...
Imagino uma cena semelhante: Um grupo de uns 60 marginais
de São Paulo tomam a refinaria do “Cubatão” na baixada santista, e pedem para
libertar os funcionários reféns, a libertação de uma leva de colegas presos em
penitenciárias de segurança máxima???....Alguém em sã consciência acha que o
Governo vai negociar com os marginais??...Falando sério, se der pra salvar
alguns reféns, ótimo, mas quanto aos sequestradores, não vai sair nenhum vivo.
Até pra servir de exemplo.
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