ATENTADO TERRORISTA EM BOSTON
15/04/13
No Dia do Patriota e no dia da famosa maratona de Boston,
foi esse o dia escolhido pelos autores do covarde e monstruoso atentado
terrorista que matou três pessoas e feriu mais de 140.
As imagens de vídeos na internet são contundentes, e há que
se lamentar que vidas de inocentes se perderam, pessoas que provavelmente nem
concordam, ou pelo menos procuram não pensar muito a respeito, com a política
belicista norte-americana no planeta.
É claro que um atentado terrorista nos EUA sempre causa um
alvoroço midiático internacional; muito menos que as incursões dos Drones no Paquistão
ou no Afeganistão, onde camponeses são mortos, jovens e velhos, e depois vemos
o pronunciamento de (desculpas??) do comandante na região. Isso para ficarmos
em tempos recentes após os 10 anos da invasão do Iraque, país denominado “terrorista”
pelo então presidente Jorge Busch.
Mas de qualquer forma, um atentado terrorista é sempre um
horror, o mais cruel que a mente humana é capaz, pois atinge pessoas que, via
de regra, nada tem haver com o ódio
patológico dos autores.
Ainda mais quando acontece em um evento esportivo,
festivo, em que as famílias com suas crianças fazem questão de comparecer.
Há que ser analisado o fato de as bombas terem explodidas
perto do final da famosa maratona, quando praticamente quase todas as 21.000
pessoas participantes já tinham cruzado a linha de chegada. Se livraram do
horror.
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16/04/13
“...Nós
podemos ser vigilantes. Podemos ser inteligente. Mas não podemos impedir o
risco de um ataque terrorista a zero. Nós teríamos que desistir de muita coisa
para fazer isso. Nós teríamos que nos tornarmos um Estado policial. E mesmo
isso não seria suficiente. Se estamos
dispostos a morrer em guerras para proteger a nossa liberdade, precisamos
estar dispostos a morrer aqui em Boston. Foi surreal ver metade da cidade na
realização de negócios como de costume. Mas havia algo inspirador e teimoso
sobre isso. Amanhã, esta cidade vai se levantar e viver a sua vida. Nós não
vamos deixar ninguém nos parar”. (negrito é meu).
Pois é, nem quando o horror que os EEUU levam a países distantes mundo afora resolve fazer uma rápida visita a uma das mais importantes cidades norte americanas, os formadores de opinião abrem mão de “acreditarem” que as guerras que fazem no mundo são para proteger a liberdade do povo do “Tio San”.
Aliás, foi anos depois deles
terem levado o horror e a mortandade ao Iraque, que a Imprensa norte-americana
confessou em um tardio “mea-culpa”, de que “..não devíamos ter acreditado nas
justificativas oficiais para a invasão ao Iraque”.
“...O pai entrou o garoto voltou para a
calçada para se juntar à sua mãe e sua irmã mais nova. E então a bomba
explodiu. O menino foi morto. Perna de sua irmã foi arrancada. Sua mãe estava
gravemente ferida. Isso é apenas a história de uma família.
Seria errado e um clichê dizer que perdemos a nossa
inocência, na tarde de segunda-feira como uma nuvem de fumaça branca deriva
acima Boylston Street, como sangue acumulado na calçada em frente à Biblioteca
Pública de Boston, como membros decepados estava no meio da ferida e dos
ensanguentados e os atordoados, seus toques nas orelhas, o sangramento nos ouvidos.
Nós perdemos nossa inocência em outro dia perfeito, em setembro, há 12
anos. Mas nós perdemos algo segunda-feira, também, a idéia de que nunca vai se
sentir totalmente seguro nesta cidade novamente.
O evento Marathon é uma assinatura da cidade, uma ligação física
com o resto do mundo. É uma das poucas coisas que nos permite apegar a essa
pretensão de Boston é o centro do universo. Dia Patriots é uma celebração da
nossa história revolucionária e compartilhamos com o mundo. É o único dia do
ano em que a cidade se torna mais diversificada, com pessoas de tantos outros
países aqui para executar esses 26 milhas de Hopkinton ao Back Bay...”.
A capacidade que os norte-americanos têm
de fazer romantismo literário mesmo quando sabem que colhem o que semeiam.
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“Nós vamos descobrir quem fez isso, nós vamos descobrir por que
eles fizeram isso", garantiu o presidente Obama, em declarações da Casa
Branca. "Quaisquer indivíduos responsáveis, quaisquer grupos responsáveis vão sentir o peso
da justiça".
Será que vão (descobrir) mesmo ou escolher um bode expiatório para
a tragédia. E se descobrirem que o covarde atentado foi feito por gente do poderoso lobby
das armas, como já tem gente por lá lembrando a possibilidade?
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