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A LÍBIA DE MUAMMAR EL KHADAFI
O país foi contaminado pela onda de revoltas populares pós Tunísia de “Bouazizi”, como vem acontecendo em todo norte da África.
Parece que todos os países da região tem certas características comuns; regimes autoritários com matizes teocráticos, elites sustentadas por riquezas naturais, minérios ou petróleo extraídos por conglomerados internacionais, e a maioria do povo vivendo em níveis de pobreza incompatíveis com a orgia econômica do cume da pirâmide social.
“Muammar el Khadafi”, como seus mandatários vizinhos, também veio das hostes militares e por muitos anos foi considerado como um apoiador do terrorismo anti-ocidente com origem no mundo árabe. Está no poder do país a 42anos.
Porém como diz: “ Apoiei Mandela, ajudei vários chefes de Estados que todos abraçam e beijam, mas teimam em me considerar um inimigo por não querer ver meu país uma colônia”.
A Líbia é um país complicado, pois ainda convive com muitos Clãs árabes; represa grandes contingentes de emigrados africanos do Magrebe, pelo que a Europa lhe retribui com milhões de euros de ajuda específica.
Khadafi soube trazer para o país as grandes cifras de dólares com negócios com poderosas multinacionais do petróleo como a Shel, Britshe Petróleo, a EFE italiana.
Fez da Líbia um dos mais ricos países da região, mas com mão de ferro.
No entanto, não se justificam as barbaridades cometidas contra seu povo. Ainda mais agora quando há várias acusações das Forças Armadas estarem usando Caças e helicópteros para dar tiros nas massas de populares revoltosos, desarmados, nas ruas de Benghasi e Trípoli e de outras cidades do interior. A justificativa do filho de Khadafi ao vir na TV estatal dizer que: “ Os aviões estão apenas destruindo depósitos de munições do Exército.”,se torna no mínimo suspeita, principalmente após suas primeiras declarações onde ameaçou com "rios de sangue" contra a população nas ruas do país.
Agora, no site do El País, como nos grandes sites jornalísticos do mundo, aparecem textos de professores estudiosos, na maioria oriundo de classes privilegiadas dos seus países, e todos com especializações em Universidades dos EUA ou na Inglaterra, a criticarem o Governo Khadafi como se fosse o demônio em pessoa.
Exemplo: Hoje o El País trás um texto tentando explicar a Líbia dos dias atuais, sob a assinatura do “Haizam Amirah Fernández”, um especialista do “Real Instituto Ecano” da Espanha. Uma instituição que visa fazer análises de conjunturas sócio-políticas de países com vistas a investimentos espanhóis, ou seja, uma Organização tipicamente de Direita com vistas a investimentos.
Com o título de “Revolução Errada”, o sr. Haizam procura detratar o regime de Khadafi. Nessa hora não há ninguém apoiando o líder líbio, e inúmeros jornalistas, professores de história, etc, colocam textos de revolta, de apoio às massas nas ruas, ainda que com razão, (como se esses autores fossem todos de esquerda) e não filhotes das classes abastadas dos seus países.
Não tenho conhecimento suficiente para julgar os 42 anos de Governo Khadafi, mas não me furto a registrar como todos o condenam, agora.
Uma das manchetes do site “El País” não foge a regra: “Gadafi quer quemar Líbia antes de irse”, por Fernando Navarro. Nem se precisa ler o artigo para se saber o que contém. Pancadaria no ditador. Porém, os incêndios em Benghasi e em Trípoli foram ateados pelos manifestantes revoltados com a violenta repressão das autoridades locais.
É estranho que nenhum internauta do país tenha colocado uma foto tirada com qualquer celular, de um helicóptero ou de algum avião-caça atirando no povo nas ruas. Mas os grandes sites não deixam de mencionar os ataques aéreos, com depoimentos de pessoas do povo, que dificilmente podem ser comprovados.
No entanto o Fernando Navarro, (não o jogador de futebol), relata no texto a ação de mercenários africanos que nem o idioma árabe falam:
"Los mercenarios son africanos, ni siquiera hablan árabe, patrullan las calles ametrallando cualquier aglomeración de gente, atacando hospitales y saqueando los lugares públicos para desestabilizar y crear confusión", explica Omran, que asegura que los ciudadanos libios han decidido crear grupos de guardia para proteger calles e instituciones del asalto mercenario. "Es horrible. Gadafi ha utilizado aviones contra la gente. Me cuentan que los cadáveres son muchos más de las cifras que se conocen y no se pueden recoger de las calles porque hay informadores y aparecen los mercenarios".
Já foi muito citada a utilização de mercenários africanos na repressão as manifestações. Um absurdo cometido pelas forças do Governo contra seu próprio povo.
Países, entre eles o Brasil, tentam a todo custo tirar sua gente do caos em que se transformou a Líbia. Pra piorar a situação, a pista do aeroporto Benghazi foi destruída, não se sabe por quem.
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