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terça-feira, 28 de junho de 2011
CARREFOUR + PÃO DE AÇÚCAR - FUSÃO E MONOPÓLIO
CARREFOUR + PÃO DE AÇUCAR
28/06/11
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/935804-carrefour-anuncia-proposta-de-fusao-com-pao-de-acucar.shtml
O grupo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira ter recebido uma proposta de fusão de ativos no Brasil com os da CBD (Companhia Brasileira de Distribuição), que agrega lojas do Pão de Açúcar, Extra e Compre Bem. Se a fusão for concretizada, as duas empresas integrarão o maior grupo varejista do Brasil.
A proposta foi formulada em 27 de junho pela empresa brasileira Gama, que pertence ao fundo BTG Pactual, com o apoio financeiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Se a operação for concretizada, a Gama se tornará um grande acionista do Carrefour, número dois mundial do setor de distribuição, com uma participação de 18% em seu capital.
No início da sessão na Bolsa de Paris, após o anúncio da proposta, a ação do Carrefour subia 1,64% a 26,88 euros, enquanto a do grupo Casino, seu principal concorrente, caía 3,02% a 63,91 euros.
"A operação será, a princípio, muito benéfica para o Carrefour, cujos resultados no Brasil são decepcionantes e que em 2010 perdeu a liderança na distribuição de alimentos para a CBD", afirma uma nota de análise do agente da Bolsa Aurel. "As sinergias e as reduções de custos potenciais, combinada com a força de venda do novo conjunto, devem melhorar a rentabilidade da nova entidade", acrescenta o texto.
O Conselho Administrativo do Carrefour deve se reunir nos próximos dias para analisar a proposta. Representantes do Pão de Açúcar e do Carrefour darão uma coletiva de imprensa nesta manhã para anunciar detalhes da proposta.
CASINO
O grupo Casino, dono de 37% da CBD --principalmente através da holding Wilkes, dirigida em conjunto com o empresário Abilio Diniz--, afirmou em um comunicado oficial que a negociação divulgada hoje pelo Carrefour é ilegal.
"Em virtude dos acordos públicos assinados pela Casino com Abilio Diniz, qualquer negociação envolvendo o futuro da CBD não pode ocorrer sem a participação da Casino", afirma a empresa.
No centro da controvérsia está o acordo entre o Casino e o grupo de Diniz que permite que a companhia francesa assuma o controle do Pão de Açúcar, se optar por isso daqui um ano.
A opção do acordo entre Casino e Diniz foi instituída em 2006, quando ambos fundaram a holding Wilkes, que detém 66% das ações com direito a voto do Pão de Açúcar. Se exercer a opção, o Casino poderá indicar um nome para a presidência do conselho do Pão de Açúcar.
Sob as regras do acordo que criou a Wilkes, nenhuma das partes pode entrar em negociações de fusão sem o consentimento da outra.
"Inicialmente, a Casino recordou esta obrigação a Abilio Diniz e ao Carrefour. Apesar deste aviso, eles continuaram as discussões, ignorando deliberadamente tanto a lei quanto a ética básica dos negócios."
A ação de Diniz fez o Casino entrar no mês passado com um pedido de arbitragem internacional contra o grupo do empresário brasileiro, sob o argumento de que as conversas com o Carrefour descumpriram os termos de acordo entre ambos.
Ainda na nota emitida hoje, o grupo Casino afirmou que irá examinar nos próximos dias "a melhor forma de defender os interesses corporativos da CBD e de seus acionistas que parecem comprometidos por este projeto".
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Para o consumidor, em especial para os de baixa renda, já é triste saber que Pão de Açúcar, Compre Bem e Supermercados Extra são todos de um dono só com a manipulação de preços liberada no varejo. Não é atoa que o brasileiro das periferias dos grandes centros urbanos, de rendas modestas, deixa quase tudo que ganha na alimentação da família.
Quanto à fusão com o grupo francês Carrefour, para além das birras empresariais; gente com "bala n'agulha" capaz de comprar colheita mesmo antes de ser plantada; os clientes do braço brasileiro da rede francesa, a maioria da classe média alta, pouco vão se preocupar se vai haver a fusão ou não.
Contudo, para as camadas humildes da população é complicado tamanho monopólio na distribuição, (e na compra), de alimentos para milhões de pessoas, reféns dos preços fixados nas gôndolas dos supermercados.
O Governo a tudo assiste de camarote, só de olho nos impostos os quais sempre acabam pesando mais para os bolsos com minguados trocados.
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