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Não é de estranhar o descontentamento do comércio local com o acampamento na pça. da Catalunha.
Como um comerciante vai abrir as portas com milhares de jovens acampados, a maioria provavelmente sem um tostão no bolso? Como o dono da loja de modas vai abrir suas portas com um bando de jovens fazendo discursos contra o governo? E os restaurantes? Se por acaso abriu alguma farmácia ou um boteco modesto na área, foi muito.
E como o acampamento já estava na pça. há um bom tempo, coisa de três semanas ou mais, os comerciante fizeram um protesto junto a autoridades do governo para que a praça fosse desocupada e o comercio pudesse voltar a normalidade. Há que se entender o lado comerciante, afinal as faturas tem um prazo determinado para serem pagas e os bancos não estão nem aí com os protestos da massa de jovens, por mais justos que sejam os gritos e discursos irmãos da “Puerta Del Sol”.
Agora, não acredito que a polícia precisava agir da forma como agiu com os acampados. Afinal, eles lá estão de forma ordeira e pacífica. Não sei quem ordenou tal procedimento, mas foi mais uma vez, a famigerada estupidez típica da corporação do cassetete. Porque não apareceu nenhum delegado ou secretário da segurança para conversar com os organizadores dos acampamentos, que levasse aos manifestantes os direitos e necessidades do comércio local, de forma democrática e civilizadamente? Porque não conversaram sobre um prazo para o acampamento? Um outro local?
Não, soltaram os subalternos de escudos e cassetetes prá cima da massa jovem, como se ali estivesse um bando de desordeiros que estivessem quebrando algum patrimônio, ou se tratasse de uma turba de torcedores histéricos de algum time de futebol.
A quem está servindo um policial, como o da foto acima, quando não respeita nem um “cadeirante”?
Por certo não a função primordial da polícia, a segurança da população.
Ou trata-se do “cartão de apresentação” do Partido Popular, tido como conservador, que saíu vencedor nas eleições municipais espanholas, de tendência conservadora, logo, da Direita.
Mesmo para um curioso em política como eu, fica evidente o futuro preocupante espanhol, principalmente no aspecto sócio-econômico e político.
O “socialismo” de Zapatero fez água e está afundando. Voltando com força total os conservadores ao poder municipal e já gritam por eleições presidenciais antecipadas.
Uma coisa é certa, os 40% de desempregados no país, todos jovens, tem todo tempo do mundo para ocupar praças e ruas, sem se preocuparem com faturas no final do mês.
Os acampamentos do “M15”, do “M-22”, são sinais do descontentamento do jovem sob a ganância capitalismo financeiro, da ciranda financeira que enriquece uns poucos e deixa milhões na miséria. O mundo vai ter de se acostumar e atender na medida do possível às novas exigências da revolucionária geração digital, que não está mais fracionada e isolada.
Aliás, o desemprego na faixa etária dos 16 aos 25 anos já é uma grande preocupação do mundo capitalista ocidental, com tendência de alta no futuro. E o pior, a robótica e a computação eletrônica, se não dão problemas trabalhistas, também não resolve a ociosidade compulsiva cada vez mais crescente do contingente de descartados do Sistema.
Os acampamentos do “M15”, do “M-22”, são sinais do descontentamento instantâneo do jovem ocidental sob a ganância capitalismo financeiro, da ciranda financeira que enriquece uns poucos e deixa milhões na miséria.
Guardadas algumas características específicas, qualquer semelhança dos acampamentos na Espanha com os da Tunísia e Egito, não são meras coincidências. São milhões que se recusam a serem sem futuro.
O mundo vai ter de se acostumar e atender na medida do possível às novas exigências da revolucionária geração digital, que não está mais fracionada e isolada em suas localidades como antigamente.
Dizia um cartaz nas costas de uma jovem emigrante na Inglaterra em solidariedade a “Puerta Del Sol”: “Tenho diploma universitário e lavo pratos”.
Aliás, o desemprego na faixa etária dos 16 aos 25 anos já é uma grande preocupação do mundo capitalista ocidental, com tendência de alta no futuro. E o pior, a robótica e a computação eletrônica, se não dão problemas trabalhistas, também não resolve a ociosidade compulsiva cada vez mais crescente do contingente de descartados do Sistema.
Dizia um cartaz nas costas de uma jovem emigrante na Inglaterra: “Tenho diploma universitário e lavo pratos”.
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