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domingo, 8 de agosto de 2010

"NAOMI CAMPBEL" E UM "IMBRÓGLIO"

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NELSO MANDELA DÁ UM JANTAR:

O grande líder africano “Nelson Mandela”; combatente e prisioneiro do “Aparthaid” por 20 anos, ex-Presidente da “Africa do Sul; de reputação ilibada em todo o mundo na condução de uma nova imagem redentora do continente africano, deu um jantar em sua casa, em 1997.
Presentes no evento, vários convidados importantes da política da África do Sul bem como de outros países do Continente, entre eles, o presidente da Libéria, “Charles Taylor”.
O charme e sofisticação do jantar é coroado pela presença feminina, entre outras, de “Naomi Campbel”, a “Diva Negra” das passarelas internacionais da moda.
Por outro lado, “Nelson Mandela”, tinha entre os convidados em sua residência, no ano de 1997, o presidente liberiano “Charles Taylor” no ano em que iniciava seu mandato, atualmente acusado por inúmeros crimes contra seu povo. Fato que só um profundo conhecedor da política, do ainda conturbado, continente africano pode explicar.

Terminado o evento, “Naomi” se retira para o apartamento no hotel onde estava hospedada. Logo, dois homens batem a sua porta e lhe entrega um embrulho onde ela, verificou que havia pedras preciosas em estado bruto, que ela chamou de “pedras com aspecto sujo”.
Compreensível a denominação por parte de “Naomi”, uma mulher acostumada com a beleza, com o refinamento, com jóias ricamente trabalhadas, ao receber aquelas pedras em estado bruto, provavelmente ainda com poeira de terra.
Não acredito em tentativa dela ter querido emprestar alguma conotação política ao “presente” dado; e isso porque é sabido que o presidente liberiano, atualmente sob o crivo do Tribunal de Haia, pagava aos seus comandados em “serviços sujos”, com diamantes em estado bruto.
Continuando minha divagação sobre este interessante caso; que bem poderia ser uma boa trama de um filme sobre espionagem internacional; imagino a posição delicada em que deve ter percebido estar metida, a “Diva Negra”; com um embrulho grosseiro, com poeira de terra, com pedras preciosas em estado bruto! Tão surpresa deve ter ficado quanto incomodada. Que fazer com aquilo?
Consta no noticiário, que “Naomi”, teria se encontrado no corredor do hotel, com a atriz norte-americana “Mia Farrow”; esposa do diretor de cinema “Wood Allen”, ídolo dos fã de seus filmes hilários da classe média neurótica norte-americana; e que teria comentado com "Farrow", provavelmente até como desabafo, sobre o inusitado presente que ela tinha recebido.

No entanto, Naomi estava num dilema, não podia deixar aquele embrulho no hotel e nem se atrever a sair com aquilo do país, pois a alfândega no aeroporto iria descobrir e o estardalhaço na mídia seria enorme, já que é proibido pelas leis da África do Sul, sair com pedras preciosas para o estrangeiro sem a devida documentação de origem.
Sabedora de quem tinha vindo aquelas pedras, mulher ciente do mundo em que vivia, teve a sapiência de no “Blu Train”, possivelmente a caminho do aeroporto, resolver dar as pedras pra o “Sr. Jeremy”, um conhecido diretor da “Fundação Nelson Mandela Para a Infância”, que “coincidentemente”, se encontrava no trem; isso em 26 de setembro de 1997. Tinha enfim, se livrado do incômodo presente.
O “Sr. Jeremy Racttiffe”, ex-presidente da Fundação Mandela, atualmente no setor administrativo, com um bom inglês, discreto, também ciente do meio em que vivia, aceitou as pedras em segredo, até para não comprometer a Fundação e a própria “Naomi”. Tudo podia ter acabado ali. Mas a vida não é tão simples assim.

Acontece que recentemente, o “Tribunal de Haia” resolveu reabrir o caso do ex-presidente liberiano, com a apresentação de uma carta escrita pela “Mia Farrow”, onde ela conta que “Naomi” teria ganhado pedras preciosas de “Charles Taylor”, conforme relato feito a ela no hotel em 1997, etc .
Segundo consta dos vários sites por mim consultados, os advogados de “Chalés Taulor” teriam o conhecimento da carta de “Mia Farrol” desde de dezembro de 2009.

É de se crer que a atriz norte-americana escreveu sobre alguma forma de pressão, a carta ao Tribunal de Haia; o que levou a “Diva Negra” às notícias constrangedoras do desenrolar de sua presença num jantar oferecido pelo maior ícone do continente africano, chegando mesmo a ter de depor no Tribunal!
Lamentável para “Naomi”, que tudo fez para que seu nome não tivesse nenhuma ligação com o presente dado pelo ex-presidente liberiano, acusado de tantos crimes.

De resto, toda a trama tecida em cima de um embrulho com pedras preciosas em estado bruto, repito, o caso é digno de um bom filme europeu, principalmente pelos protagonistas envolvidos e fatos levantados. Glamour não faltará.

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