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sábado, 29 de setembro de 2012

E AGORA COMO FICA??...rsrs



http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/reuters/2012/09/18/texto-em-pedaco-de-papiro-sugere-que-jesus-foi-casado.htm

Achei tocante o modo como a pesquisadora de Harvad - Karen King - contemplava o fragmento do papiro que teria sido descoberto, pareceu-me no dia que estava a contemplar um "bebê"...rsrsrs.

Agora surge o jornal do Vaticano dizendo que o papiro é uma "...falsificação grosseira"....
http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000537431

E agora como fica a pose da pesquisadora de Harvard??....rsrsrsrss

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

EXTREMISMO RELIGIOSO QUE SE AUTO-ALIMENTA




http://ponto.outraspalavras.net/2012/09/19/odio-de-mao-de-dupla-dos-extremismos-religiosos/






&





Filme americano, financiado pela extrema-direita local, retrata o profeta Maomé como oportunista e deflagra o ódio dos muçulmanos salafistas, mostrando como os fundamentalismos se retroalimentam


Por Vladimir Safatle, Na Carta Capital

As cenas dos ataques de salafistas às embaixadas norte-americanas levantam alguns pontos maiores sobre aquilo que poderíamos chamar de “a questão árabe”.

Primeiro, há de se dizer claramente que a atuação dos salafistas é medonha sob todos os aspectos. Depois da Primavera Árabe, esse grupo sunita começou paulatinamente a atuar em países como Tunísia, Egito e Líbia com vistas à afirmação de uma sociedade radicalmente moldada em uma leitura “rigorosista” de preceitos religiosos muçulmanos. Leitura que boa parte dos próprios muçulmanos vê como no limite do delirante. Por meio da invasão de universidades, queima de cinemas, bloqueio de exposições, eles elegeram a cultura o campo de batalha preferencial. Sociedades muçulmanas laicas como a tunisiana veem nos salafistas um risco de regressão social. Pois eles sabem como os salafistas se aproveitam de um sentimento profundo de exclusão e preconceito para transformar isso em raiva antiocidental.

Nesse sentido, é importante lembrar que a briga entre os salafistas e o Ocidente é, na verdade, um desdobramento de um conflito no interior da própria religião muçulmana e dos países árabes. Tal como os cristãos, os muçulmanos não têm unidade alguma. Tal como os cristãos, eles se dividem, muitas vezes de maneira antagônica, a respeito da interpretação dos preceitos de seu livro sagrado. Boa parte dos costumes que acreditamos serem obrigações muçulmanas, como o uso de burca e a extração do clitóris, não tem base alguma no Alcorão. Tudo isso tende a ser negligenciado quando vemos as cenas brutais das embaixadas em chamas.

Aqui, vale a pena uma reflexão tendo em vista a revisão de certas escolhas geopolíticas dos países ocidentais. Os salafistas atuam hoje dessa forma por se sentirem fortes diante de seu crescimento real em várias nações árabes. Tal crescimento, cujas causas devem ser estudadas com calma e que misturam problemas socioeconômicos e demandas de segurança, tem sido financiado, em larga medida, por países como a Arábia Saudita. Bastião de uma sociedade teocrática, sede de uma monarquia absoluta medieval que faz o Irã parecer uma democracia escandinava, a Arábia tem sido generosa na subvenção desses grupos que agora resolvem queimar embaixadas. Ou seja, a primeira coisa que os países ocidentais deviam fazer é rever suas relações preferenciais com os sauditas.

Por outro lado, há de se fazer uma reflexão a respeito do filme que serviu de estopim para tais ações. Permitir um filme dessa natureza, onde seu realizador afirma querer mostrar como o islamismo é um câncer, nada tem a ver com liberdade de expressão. Pois nunca a liberdade de expressão significou poder falar qualquer coisa de qualquer forma. Em toda situação democrática, há afirmações não permitidas. Por exemplo, se alguém fizer um filme a fim de mostrar que os gays são seres promíscuos responsáveis pelo mal moral do mundo, que os negros são seres inferiores ou que os judeus estão por trás da crise econômica, que controlam tudo e que inventaram o Holocausto, tal indivíduo será, com razão, enquadrado em crime penal previsto por lei e a exibição do seu filme será proibida. A razão é simples: não se trata de uma questão de opinião, mas de preconceito e simples violência social. Se há algo que a democracia reconhece é o fato de que nem toda enunciação é uma opinião. Há enunciações que, por causa de sua violência e preconceito, são crimes.

É claro que temos o direito de criticar dogmas religiosos. Não se segue daí, porém, que se possa fazer isso de qualquer forma. Posso criticar o dogma católico da transubstanciação, mas não significa que eu possa entrar na missa e cuspir na hóstia. Da mesma forma, posso criticar, em minha aula, o Estado brasileiro afirmando que sua bandeira é hoje um pano velho sem sentido. Mas não se segue daí que eu possa entrar em sala e atear fogo à bandeira. Saber encontrar a forma adequada de crítica é o mínimo que se pode esperar no século XXI.

Por fim, normalmente há aqueles que afirmam que, se assim fosse, teríamos de proibir Voltaire e seus textos anticlericais. Contra esses, gostaria de lembrar um ponto: Voltaire era corajoso o suficiente para criticar sua própria tradição religiosa. Algo muito diferente é fazer profissão de fé esclarecida, ridicularizando as crenças religiosas de outros povos. Aqueles que não têm coragem de criticar sua própria tradição melhor fariam se silenciassem sobre as tradições do outro.
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Moral da história: Lembrando um pronunciamento do Papa a respeito dos fundamentalistas que em resumo disse: "Menos religião meu filho...Menos..."...(rsss).
De resto, acho que criticar com humor determinado assunto, até mesmo determinada religião (quando se tem a capacidade pra isso), é muito diferente do que fazer um insulto rasteiro, ofender grosseiramente determinado contexto, ainda mais quando se trata de um assunto como religião, um assunto melindroso. 
O pouco que vi do trailer do filmeco me espantou pela grosseria e baixo nível. 

A quem possa interessar, estou mais para um agnóstico do que para o garoto "coroinha" que já fui nos meus felizes dias de infância. 

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A Inocência dos Muçulmanos (trailer)






Colocar o personagem "Maomé" em uma cena de filme dos "Tubes Pornô", sinceramente, é querer arrumar conflito religioso contra o mundo islâmico. É plantar as sementes de uma Terceira Guerra Mundial.
No meu modesto entender do pouco que vi do filme, trata-se de uma provocação grosseira, um insulto mesmo, aos muçulmanos, com vistas a exacerbar mais ainda o ódio -(se é possível?) - dos radicais islamitas para com centros de poder do Ocidente cristão.
Mais lamentável ainda, é o fato do filme ter sido feito nos EEUU.

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O PAPA VISITA A LÍBIA


 http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gq5kRPRn8RH8KMld3EpbPBDRifCw?docId=CNG.9db8fb269000c81bd8a6bd28677030e6.71

Papa pede fim do fundamentalismo a judeus, cristãos e muçulmanos
HARISSA, Líbano — O papa Bento XVI chegou nesta sexta-feira a Beirute para sua primeira visita ao Líbano, e pediu a judeus, cristãos e muçulmanos que eliminem o fundamentalismo religioso, considerado por ele uma ameaça "mortal", no momento em que a região é sacudida por manifestações, muitas vezes violentas, contra um filme que ridiculariza o Islã.

Esta visita, a segunda de Bento XVI ao Oriente Médio - após uma viagem à Terra Santa em 2009 - é uma das viagens mais delicadas do Pontífice, de 85 anos, num contexto de confrontos na Síria e de revolta no mundo muçulmano desencadeada por um filme que ridiculariza e critica o Islã.

Em sua Exortação Apostólica - conjunto de diretrizes para os bispos do Oriente Médio - assinado por ele nesta sexta-feira na Catedral de São Paulo, em Harissa, primeira etapa de sua viagem ao Líbano, Bento XVI afirma que o fundamentalismo "atinge todas as comunidades religiosas e rejeita o 'viver junto' secular" que caracteriza países como o Líbano.

"O fundamentalismo quer tomar o poder, às vezes com violência, sobre a consciência de cada um e sobre a religião por razões políticas", alertou o Papa, sem apontar o dedo unicamente para o extremismo islâmico.

"Faço um apelo urgente a todos os líderes religiosos judeus, cristãos e muçulmanos da região, que procurem fazer todo o esforço para erradicar esta ameaça que afeta indiscriminadamente e fatalmente os fiéis de todas as religiões", escreveu.

"Usar palavras sagradas, as Escrituras santas ou o nome de Deus, para justificar os nossos interesses, nossas políticas, ou nossa violência, é um crime muito grave", acrescentou.

Segundo o papa, "as incertezas econômicas e políticas, a capacidade de manipulação de alguns e uma compreensão deficiente da religião entre outras coisas, são o leito do fundamentalismo religioso".

A Exortação Apostólica "Igreja no Oriente Médio" foi assinada quase dois anos após o Sínodo dos Bispos do Oriente Médio, que foi realizado no Vaticano, no outono de 2010, pouco antes da "Primavera Árabe".

Este documento enfoca a presença ancestral dos cristãos como "parte integrante" do Oriente Médio, um "laicismo saudável", a rejeição da violência, a vontade de lutar contra "estratégias para um Oriente Médio monocromático", a "gestão transparente das finanças das igrejas, a acolhida dos refugiados cristãos e imigrantes.

--- Grito de liberdade ----

 

Ao desembarcar em Beirute, Bento XVI também pediu o fim do fornecimento de armas à Síria, vizinha do Líbano, onde os confrontos entre o Exército e os rebeldes provocaram mais de 27.000 mortes, em sua maioria civis.
"As importações de armas devem cessar de uma vez por todas. Sem as importações, a guerra não poderá continuar", declarou ainda no avião aos jornalistas.
"Ao invés de importar armas, o que é um grave pecado, seria conveniente importar ideias de paz, de criatividade, de amor ao próximo".

Ele também comentou a Primavera Árabe, na qual vê "um desejo por mais democracia, liberdade, cooperação para uma identidade árabe renovada".

"Este grito de liberdade, que vem de uma juventude melhor dotada culturalmente, profissionalmente, e que deseja participar na vida política e social, é uma promessa, algo muito positivo", afirmou.
"Mas, sabemos que o grito da liberdade, tão importante, tão positivo, corre o risco de esquecer um aspecto fundamental da liberdade, a tolerância com o outro. Devemos fazer tudo para que o conceito de liberdade siga na direção apropriada".
Ao longo da estrada que leva ao aeroporto de Beirute, centenas de pessoas - incluindo mulheres com xador e jovens uniformizados, ligados ao Hezbollah - saudaram o líder católico.
Os sinos das igrejas de todo o país ressoaram em homenagem ao Sumo Pontífice, de 85 anos, que foi recebido com 21 salvas de canhão

Quinze anos depois da histórica visita do popular João Paulo II, Bento XVI retomou a expressão do antecessor ao chamar de "mensagem" a coexistência no Líbano de várias comunidades, ao redor de 35% de cristãos e 65% de muçulmanos.
"Feliz convivência libanesa, que demonstra ao conjunto do Oriente Médio e ao restante do mundo que, dentro de uma nação, pode existir a colaboração entre as diferentes igrejas, o diálogo religioso entre cristãos e seus irmãos de outras religiões".
A visita começou pouco antes de um manifestante morrer em confrontos no norte do Líbano entre forças de segurança e islamitas, que incendiaram uma lanchonete da rede americana de fast-food KFC em protesto contra o filme ofensivo aos muçulmanos.
Bento XVI visitará ainda nesta sexta-feira a Basílica São Paulo de Harissa, ao norte de Beirute, onde assinar a "exortação apostólica", fruto do sínodo sobre o Oriente Médio que o pontífice presidiu em 2010.

A visita terminará no domingo com uma missa solene em uma esplanada ao ar livre em Beirute, com a presença estimada de 75.000 pessoas.

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Quem diria, o Papa pedindo "menos fundamentalismo", ou seja, menos religião meu filho....(rsss).

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CONTUNDENTE DENÚCIA DE DOIS MÉDICOS NA FRANÇA:



http://www.liberation.fr/societe/2012/09/13/deux-medecins-lancent-une-charge-contre-des-medicaments-juges-inutiles_846011


Atualizados de acordo Mesmo Philippe e Bernard Debré, uma droga em dois seria inútil.

Quase um em cada dois droga inútil, um desperdício que custa 10 euros para 15 bilhões em Segurança Social: Um ano depois de um relatório contundente sobre o Mediador, médicos especialistas e Philippe Mesmo Bernard Debré lançar um novo discurso contra a indústria farmacêutica.

Postado na quinta-feira, "Guia de Medicamentos 4000 útil, inútil ou perigosa" , escrito pelo pneumologista Philippe Mesmo, diretor do Instituto Necker, e Debré Bernard, urologista e Paris UMP, observa que 40% dos medicamentos "têm pouca ou nenhuma eficaz " e 25% têm um "potencial" dos quais 5% "um risco maior" , de acordo com um estudo de 2200 especialidades.

Ainda assim, 70% dos medicamentos " ineficazes " e 28% das drogas eficácia ", sem qualquer" continuar a ser reembolsado, uma taxa de desperdício de 10-15000000000 de euros por ano para a Previdência Social, de acordo com o guia de 900 páginas .

"Este é um livro de informação, não opinião. Tudo o que é dito é referenciado eo resultado de nossa experiência em ambos, Bernard Debré e eu, e da análise de milhares de milhares e milhares de publicações ", explica Philippe Mesmo em um vídeo no site da Nova observador.

Mesmo Prof ataca drogas, especialmente de estatinas contra colesterol, "engolido de 3 a 5 milhões de franceses" , que custou "à França € 2 bilhões por ano" e julgar "completamente desnecessário. " Para o autor de um relatório sobre o Mediador grave publicado em 2011, a falta de este desvio pode ser encontrada na "frouxidão, demagogia, incompetência e corrupção."

"Eu tenho medo que é essencialmente incompetência (nota ligada), regados pela corrupção fornecida pela indústria farmacêutica para obter lucro de 20% a cada ano dá" , disse Philippe Mesmo. "Em três anos e meio que duplica seu capital e quádruplos em sete anos" , garante, ressaltando que "a indústria farmacêutica é o mais lucrativo, o mais cínico, menos ética em todos os setores".

"Amálgama"

"Os médicos não foram submersas ciente de que algumas drogas são inúteis e caros" por sua parte, disse o professor Debré France Info, antes de concluir que ele era não "aqui para agradar aos laboratórios ".

Mesmo Philippe Bernard Debré e tinha sido confiada pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy uma missão na sequência do caso do Mediador e lhe tinha dado em Março de 2011 um relatório sobre a reforma vitriólico da droga. Ambos os professores sentiram que o caso particular do Mediador foi "muito mais do que um incidente isolado".

A Indústria Farmacêutica (LEEM) denunciou seu lado "amálgamas e aproximações" na "enésima acusação e Mesmo Philippe Bernard Debré." Christian Lajoux, presidente da LEEM disse quinta-feira à AFP que o livro era provável que ter um " efeito desestabilizador " em pacientes e levá-los a parar em seus próprios tratamentos ainda sob medida.

Ele também enviou a bola para as agências de rating e de regulação ", que precisamente responsável por garantir a segurança dos pacientes." "O que nós consumimos drogas demais em nosso país, é bastante óbvio" , respondeu quinta-feira na Europa 1 Roselyne Bachelot, ex-ministro da Saúde.

"De qualquer forma, os laboratórios que requerem autorizações são obrigados a basear-se em estudos de eficácia que devem ser revisitados" , disse o ex-ministro. "Nós também tendência no nosso país para prescrever novas moléculas, enquanto que as moléculas mais antigo (...) pode ser usado " , observou Roselyne Bachelot.

(AFP)
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Agora, se na França, país do chamado "Primeiro Mundo", onde se supõe uma razoável fiscalização e seriedade no trato da saúde do seu povo, 70% dos remédios nas farmácias do país nada valem e mais de 20% são na verdade nocivos a saúde: Como andará o mercado de remédios no Brasil???...A quantas anda o comércio de placebos em nossas farmácias???

Perguntar não ofende.

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domingo, 9 de setembro de 2012

00:07 · Nields - Tomorrowland

00:07 · Nields - Tomorrowland

Tomorrowland

Terra do Amanhã

You and me and she and he and heVocê e eu e ela e ele e ele
And we agree to be happy happy happyE nós concordamos ser feliz feliz feliz
And we will be completely in controlE seremos totalmente no controle
We want to go to Paradise, everyone there says it's so niceQueremos ir para o Paraíso, todo mundo lá diz que é tão bom
Everyone's got their own TV with their own episode of BiographyTodo mundo tem sua própria TV com o seu próprio episódio da biografia
Everyone's got twenty-five lovers and each one dreams only ofmeTodo mundo tem 25 amantes e cada um apenas sonhos ofme
ChorusCoro
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
The boat the boat the boat, d'you think that it will float?O barco a barco a barco, você acha que ele vai flutuar?
The boat will take us to places far remoteO barco vai nos levar a lugares muito remotos
That's the joke, the boat has got us by the throatEssa é a piada, o barco tem-nos pela garganta
We went out to Saturn to see our friend StevieSaímos para Saturn para ver o nosso amigo Stevie
He met us at the door and said, "I was just leavingEle conheceu-nos à porta e disse: "Eu estava saindo
But I got you a gig at the only club on this world"Mas eu tenho você um show no clube apenas neste mundo "
ChorusCoro
When your dream comes true you're out one dreamQuando seu sonho se torna realidade você está fora um sonho
When your dream comes true you're out one dreamQuando seu sonho se torna realidade você está fora um sonho
I left you a clue, a mark, a trail in viewTe deixei uma pista, uma marca, uma trilha em vista
My work, my art, my little glass shoeMeu trabalho, minha arte, meu sapato de vidro pequeno
Leave the ball while you're hot so they remember youDeixe a bola enquanto estiver quente para que me lembro de você
Yeah I left that ball, I walked out fast 'cause I knew the goodtimes couldn't lastSim eu deixei a bola, eu saí rápido porque eu sabia que o goodtimes não poderia durar
I left my shoe so that you would take it but I kept my heart soyou couldn't break itEu deixei meu sapato, para que você iria levá-la, mas eu mantive meu coração soyou não poderia quebrá-lo
Yeah I left that shoe behind for you to remind you of our loveSim eu deixei que o sapato para trás para que você possa lembrá-lo de nosso amor
ChorusCoro

 

 

We want to go to Paradise, everyone there says it's so niceQueremos ir para o Paraíso, todo mundo lá diz que é tão bom
Everyone's got their own TV with their own episode of BiographyTodo mundo tem sua própria TV com o seu próprio episódio da biografia
Everyone's got twenty-five lovers and each one dreams only ofmeTodo mundo tem 25 amantes e cada um apenas sonhos ofme
ChorusCoro
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
Gotta find TomorrowlandTenho que encontrar Tomorrowland
The boat the boat the boat, d'you think that it will float?O barco a barco a barco, você acha que ele vai flutuar?
The boat will take us to places far remoteO barco vai nos levar a lugares muito remotos
That's the joke, the boat has got us by the throatEssa é a piada, o barco tem-nos pela garganta
We went out to Saturn to see our friend StevieSaímos para Saturn para ver o nosso amigo Stevie
He met us at the door and said, "I was just leavingEle conheceu-nos à porta e disse: "Eu estava saindo
But I got you a gig at the only club on this world"Mas eu tenho você um show no clube apenas neste mundo "
ChorusCoro
When your dream comes true you're out one dreamQuando seu sonho se torna realidade você está fora um sonho
When your dream comes true you're out one dreamQuando seu sonho se torna realidade você está fora um sonho
I left you a clue, a mark, a trail in viewTe deixei uma pista, uma marca, uma trilha em vista
My work, my art, my little glass shoeMeu trabalho, minha arte, meu sapato de vidro pequeno
Leave the ball while you're hot so they remember youDeixe a bola enquanto estiver quente para que me lembro de você
Yeah I left that ball, I walked out fast 'cause I knew the goodtimes couldn't lastSim eu deixei a bola, eu saí rápido porque eu sabia que o goodtimes não poderia durar
I left my shoe so that you would take it but I kept my heart soyou couldn't break itEu deixei meu sapato, para que você iria levá-la, mas eu mantive meu coração soyou não poderia quebrá-lo
Yeah I left that shoe behind for you to remind you of our loveSim eu deixei que o sapato para trás para que você possa lembrá-lo de nosso amor
ChorusCoro

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BRASIL 1 X 0 ÁFRICA DO SUL...FORA AS VAIAS!






AMISTOSO: BRASIL 1 x 0 ÁFRICA DO SUL



Data: 07.09.2012

Morumbi - São Paulo

Público: 51.538 torcedores

Renda: R$3.920 milhões!!

Árbitro: Nestor Pitana (ARG)

Auxiliares: Diego Bonfa e Gustavo Rossi (ARG)

Cartões amarelos: Marcelo, Hulk e Dedé (BRA); Chabangu, Gaxa e Dkigacoi (AFS)

Gol: Hulk, aos 29min do segundo tempo

BRASIL:

Diego Alves; Adriano, Dedé, Thiago Silva, Marcelo (Alex Sandro); Rômulo (Paulinho), Ramires, Oscar, Lucas (Jonas); Neymar (Arouca) e Leandro Damião (Hulk)

Técnico: Mano Menezes

ÁFRICA DO SUL:

Khune; Khumalo, Sangweni, Gaxa, Masenamela; Dikgacoi, Furman (Mahlangu), Tshabalala, Serero; Ndlovu (McCarty/Parker) e Chabangu (Letsholonyane)

Técnico: Gordon Igesund


A Seleção brasileira entrou em campo com parcela da galera presente já vaiando Neymar e o técnico Mano Menezes.??...Absurdo de invejosos torcedores de outros times que, ficam nervosos quando o Craque humilha as zagas adversárias, como no último jogo do Santos x Corinthians.

Contudo o 1º tempo foi como se a Seleção brasileira estivesse constrangida de estar jogando contra a seleção Sul-Africana; como se os jogadores do país de Nelson Mandela fossem sobreviventes do recente massacre dos mineiros em greve no país, quando mais de 40 morreram metralhados pela polícia local, fora os inúmeros feridos. Tal foi o pouco caso com que nossos jogadores atuaram em campo, com o Morumbi “saindo pelo ladrão”.

Já antes de começar o jogo, um absurdo: A África do Sul vem jogar no Brasil e não vem com o 2º uniforme, em respeito às cores do país anfitrião??....O Brasil é que tem de fazer sua Seleção, (dentro de sua casa??), jogar com o uniforme azul em vez do tradicional amarelo????....Sinceramente, é muita desorganização por parte dos responsáveis pelo evento??? Por outro lado é muita pobreza da Seleção visitante em não ter seu segundo uniforme!!!...

Por outro lado, os espectadores e os exigentes corneteiros dos Rádios parecem ter esquecido que o jogo se tratava de um mero amistoso, um treino entre duas Seleções. Tal foram as críticas ácidas contra os jogadores brasileiros. Aliás, antes do jogo cheguei a ouvir de um radialista, que no calor da discussão entre seus amigos soltou: “ ...temer essa porcaria da África...”???....O cara insultou logo o Continente todo. Só pra dar o tom das críticas que sofreram e vão sofrer durante toda a semana os jogadores da Seleção.

Começou o jogo:

Primeiro tempo:

0,13’ – O camisa 3, Dedé, deu em chute criminoso no joelho de um jogador africano, gratuitamente!?

0,15,40’ – O camisa 5 sul-africano deu o troco em termos de jogada violenta: Pegou o Lucas na lateral direita num carrinho por trás com extrema violência.

0,18,50’ – Oscar bate pro gol, muito, mas muito mal!!

0,21,30’ – um zagueiro brasileiro, sozinho na lateral esquerda, fez um lançamento para o colega no ataque: Chutou a bola pra fora do campo?

0,26’ – Daniel Alves, craque brasileiro do Barcelona (!!), completamente sozinho não conseguiu dominar uma bola que chegou alta, acabando por tocar para fora do campo.

0,42’ – porque Neymar não deu um toque para encobrir o goleiro sul-africano, ou um toque mais ao canto direito com grandes possibilidades de gol, jamais saberemos. Preferiu tocar em cima do Khunê, pra sorte do goleiro sul-africano.

Em fim, fora a cabeçada do Dedé que acabou sendo tocada por cima do travessão pelo bom goleiro adversário, o Brasil levou pouco perigo ao gol sul-africano.

Fim do primeiro tempo: A vaia em face da falta de um único gol brasileiro foi do tamanho do Morumbi.

Segundo Tempo

0,2’ – Leandro Damião chutou para o gol sul-africano, sem a presença do Khunê que estava adiantado: O chute foi lá pra galera do Morumbi.

Quando todo mundo já achava que a partida ia ficar mesmo no 0 x 0, Hulk que tinha entrado lá pela metade do 2º tempo, acertou um chutaço num rebote que sobrou pra ele: Brasil 1 x 0 África do Sul.

A partida foi ao som de vaias para os jogadores do Brasil; o técnico Mano sendo chamado de burro; Neymar de pipoqueiro – (o que não posso concordar, inda que não tenha jogado bem). Vale lembrar que o ingresso mais barato para se ver a Seleção em campo foi de R$80,00!!

Teve momentos na partida, que parecia que os jogadores brasileiros, face ao que estamos acostumados a ver nos times em que atuam, estavam jogando mal de propósito. Não é de estranhar que acabemos por exigir dos nossos atletas o mesmo que mostram em seus times; bem como acabemos por criticá-los com exagero quando jogam em algum time que não o nosso. Afinal, somos os torcedores.


"Eu nem sei se o problema é paciência. Eu acho que as vaias aconteceram porque eu joguei na casa do adversário. Eles devem estar chateados comigo porque são são-paulinos, corintianos, palmeirenses. Isso é normal", disse Neymar. E tem uma boa dose de razão

Nossos jogadores tem um problema: Não conseguem tocar a bola de primeira. Todo mundo quer dar um, dois, tres toques antes de passar a bola.

Outro fato que deve-se levar em conta para a atuação meia boca da Seleção: Os jogadores sul africanos são em maioria de boa estatura, alguns "armários"; lembrar o lateral sul africano que simplesmente jogou o Lucas no chão num mero tranco de ombro, que o juíz nem acusou falta, como queria o jogador do São Paulo que ao cair segurou a bola com as mãos. Falta logo acusada pelo juiz em favor do sul-africano. 

Contudo devemos lembrar que o Brasil jogou quase toda a partida no campo adversário, apesar de alguns ataques perigosos da África do Sul.
 Fim da comédia: Brasil vence mais uma vez, mas não convence.

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sábado, 1 de setembro de 2012

PODER CORPORATIVO NO PLANETA


O PODER CORPORATIVO
28/08/12


Por Ladislau Dowbor*
“There is a big difference between 
suspecting the existence of a fact and
in empirically demonstrating it” (1)

Todos temos acompanhado, décadas a fio, as notícias sobre grandes empresas comprando-se umas as outras, formando grupos cada vez maiores, em princípio para se tornarem mais competitivas no ambiente cada vez mais agressivo do mercado. Mas o processo, naturalmente, tem limites. Em geral, nas principais cadeias produtivas, a corrida termina quando sobram poucas empresas, que em vez de guerrear, descobrem que é mais conveniente se articularem e trabalharem juntas, para o bem delas e dos seus acionistas. Não necessariamente, como é óbvio, para o bem da sociedade.
Controlar de forma organizada uma cadeia produtiva gera naturalmente um grande poder econômico, político e cultural. Econômico através do imenso fluxo de recursos – maior do que o PIB de numerosos países. Político, através da apropriação de grande parte dos aparelhos de Estado. Cultural, pelo fato da mídia de massa mundial criar, através de pesadíssimas campanhas publicitárias – financiadas pelas empresas, que incluem os custos nos preços de venda – uma cultura de consumo e dinâmicas comportamentais que lhes interessa, e que gera boa parte do desastre planetário que enfrentamos.
Uma característica básica do poder corporativo, é o quanto é pouco conhecido. As Nações Unidas tinham um departamento, UNCTC (United Nations Center for Transnational Corporations), que publicava, nos anos 1990, um excelente relatório anual sobre as corporações transnacionais. Com a formação da Organização Mundial do Comércio, simplesmente fecharam o UNCTC e descontinuaram as publicações. Assim, o que é provavelmente o principal núcleo organizado de poder do planeta deixou simplesmente de ser estudado, a não ser por pesquisas pontuais dispersas pelas instituições acadêmicas, e fragmentadas por países.

O documento mais significativo que hoje temos sobre as corporações é o excelente documentário “A Corporação” (The Corporation), estudo científico de primeira linha, que em duas horas e doze capítulos mostra como funcionam, como se organizam, e que impactos geram. Outro documentário excelente, “Trabalho Interno” (Inside Job), que levou o Oscar de 2011, mostra como funciona o segmento financeiro do poder corporativo, mas limitado essencialmente a mostrar como se gerou a presente crise financeira. Temos também o clássico do setor, “Quando as Corporações Regem o Mundo” (When Corporations Rule the World) de David Korten. Trabalhos deste tipo nos permitem entender a lógica, geram a base do conhecimento disponível.

Mas nos faz imensa falta a pesquisa sistemática sobre como as corporações funcionam, como se tomam as decisões, quem as toma, com que legitimidade. O fato é que ignoramos quase tudo do principal vetor de poder mundial que são as corporações.

Agindo no espaço planetário, e na ausência
de um governo mundial, poucas empresas
manejam grande poder, sem nenhum controle

É natural e saudável que tenhamos todos uma grande preocupação em não inventarmos conspirações diabólicas, maquinações maldosas. Mas ao vermos como nos principais setores as atividades se reduziram no topo a poucas empresas extremamente poderosas, começamos a entender que se trata, sim, de poder político. Agindo no espaço planetário, e na ausência de governo mundial, manejam grande poder sem nenhum controle significativo.

pesquisa do ETH (Instituto Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica) (2) vem, pela primeira vez nesta escala, iluminar a área com dados concretos. A metodologia é muito interessante. Selecionaram 43 mil corporações no banco de dados Orbis 2007 (de 30 milhões de empresas) e passaram a estudar como se relacionam: o peso econômico de cada entidade, a sua rede de conexões, os fluxos financeiros e em que empresas têm participações que permitem controle indireto. Em termos estatísticos, resulta um sistema em forma de bow-tie ¸ou “gravata borboleta”, onde temos um grupo de corporações no “nó”, e ramificações para os dois lados: de um deles, as corporações que o “nó” controla; de outro, as empresas que têm participações no “nó”.

A inovação é que a pesquisa realizou este trabalho para o conjunto das principais corporações do planeta, e expandiu a metodologia de forma a ir traçando o mapa de controles do conjunto, incluindo a escada de poder que às vezes corporações menores detêm, ao controlarem um pequeno grupo de empresas que, por sua vez, controla uma série de outras empresas e assim por diante. O que temos aqui, é exatamente o que o título da pesquisa apresenta, “a rede do controle corporativo global”.

Em termos ideológicos, o estudo está acima de qualquer suspeita. Antes de tudo, é importante mencionar que o ETH de Zurich faz parte da nata da pesquisa tecnológica no planeta, em geral colocado em segundo lugar depois do MIT dos Estados Unidos. Os pesquisadores do ETH detêm 31 prêmios Nobel, a começar por Albert Einstein. A equipe que trabalhou no artigo entende tudo de mapeamento de redes e da arquitetura de poder que resulta. Stefano Battiston, um dos autores, assina pesquisas com J. Stiglitz, ex-economista chefe do Banco Mundial. O presente artigo, com dez páginas, é curto para uma pesquisa deste porte, mas é acompanhado de 26 páginas de metodologia, de maneira a deixar transparentes todos os procedimentos. Em nenhum momento tiram conclusões políticas apressadas: limitam-se a expor de maneira muito sistemática o mapa do poder que resulta, e apontam as implicações.

A pesquisa é de difícil leitura para leigos, pela matemática envolvida. Pela importância que representa para a compreensão de como se organiza o poder corporativo do planeta, resolvemos expor da maneira mais clara possível os principais aportes, ao mesmo tempo que disponibilizamos o link do artigo completo.

Até agora, havia apenas pequenas amostras nacionais.
Estudo do ITH pesquisa arquitetura da rede internacional
de propriedade e computa o controle que possui cada ator global

O que resulta da pesquisa é claro: “A estrutura da rede de controle das corporações transnacionais impacta a competição de mercado mundial e a estabilidade financeira. Até agora, apenas pequenas amostras nacionais foram estudadas e não havia metodologia apropriada para avaliar globalmente o controle. Apresentamos a primeira pesquisa da arquitetura da rede internacional de propriedade, junto com a computação do controle que possui cada ator global. Descobrimos que as corporações transnacionais formam uma gigantesca estrutura em forma de gravata borboleta (bow-tie), e que uma grande parte do controle flui para um núcleo (core) pequeno e fortemente articulado de instituições financeiras. Este núcleo pode ser visto como uma “super-entidade” (super-entity) o que levanta questões importantes tanto para pesquisadores como para os que traçam políticas.”

Para demostrar como este travamento acontece, os autores analisam a estrutura mundial do controle corporativo. O controle é aqui definido como participação dos atores econômicos nas ações, correspondendo “às oportunidades de ver os seus interesses predominarem na estratégia de negócios da empresa”. Ao desenhar o conjunto da teia de participações, chega-se à noção de controle em rede. Esta noção define o montante total de valor econômico sobre a qual um agente tem influência.

O modelo analisa o rendimento operacional e o valor econômico das corporações, detalha as tomadas mútuas de participação em ações (mutual cross-shareholdings) identificando as unidades mais fortemente conectadas dentro da rede. “Este tipo de estruturas, até hoje observado apenas em pequenas amostras, tem explicações tais como estratégias de proteção contra tomadas de controle (anti-takeover strategies), redução de custos de transação, compartilhamento de riscos, aumento de confiança e de grupos de interesse. Qualquer que seja a sua origem, no entanto, fragiliza a competição de mercado… Como resultado, cerca de ¾ da propriedade das firmas no núcleo ficam nas mãos de firmas do próprio núcleo. Em outras palavras, trata-se de um grupo fortemente estruturado (tightly-nit) de corporações que cumulativamente detêm a maior parte das participações umas nas outras”.

Este mapeamento leva por sua vez à análise da concentração do controle. A primeira vista, sendo firmas abertas com ações no mercado, imagina-se um grau relativamente distribuído também do poder de controle. O estudo buscou “quão concentrado é este controle, e quem são os que detêm maior controle no topo”. Isto é uma inovação, diante dos numerosos estudos anteriores que mediram a concentração de riqueza e de renda. Segundo os autores, não há estimativas quantitativas anteriores sobre o controle. 

O cálculo consistiu em identificar qual a fração de atores no topo que detém mais de 80% do controle de toda a rede. Os resultados são fortes: “Descobrimos que apenas 737 dos principais atores (top-holders) acumulam 80% do controle sobre o valor de todas as empresas transnacionais (ETNs)… Isto significa que o controle em rede (network control) é distribuído de maneira muito mais desigual do que a riqueza. Em particular, os atores no topo detêm um controle dez vezes maior do que o que poderia se esperar baseado na sua riqueza.”

O núcleo tem imenso poder. Quase 40% do controle  sobre
transnacionais do mundo está nas mãos de 147 corporações.
Destas, 3/4 são intermediários financeiros

Combinando o poder de controle dos atores no topo (top ranked actors) com as suas interconexões, “descobrimos que, apesar de sua pequena dimensão, o núcleo detém coletivamente uma ampla fração do controle total da rede. No detalhe, quase 4/10 do controle sobre o valor econômico das ETNs do mundo, através de uma teia complicada de relações de propriedade, está nas mãos de um grupo de 147 ETNs do núcleo, que detém quase pleno controle sobre si mesmo. Os atores do topo dentro do núcleo podem assim ser considerados como uma “super-entidade” na rede global das corporações. Um fato adicional relevante neste ponto é que ¾ do núcleo são intermediários financeiros.”
Exemplo de apenas algumas conexões financeiras internacionais. Em vermelho, grupos europeus, em azul norte-americanos, outros países em verde. A dominância dos dois primeiros é evidente, e muito ligada à crise financeira atual. Somente uma pequena parte dos links é aqui mostrada. Fonte Vitali, Glattfelder e Fattiston, http://j-node.blogspot.com/2011/10/network-of-global-corporate-control.html
Os números em si são muito impressionantes, e estão gerando impacto no mundo científico, e vão repercutir inevitavelmente no mundo político. Os dados não só confirmam como agravam as afirmações dos movimentos de protesto que se referem ao 1% que brinca com os recursos dos outros 99% O New Scientist reproduz o comentário de um dos pesquisadores, Glattfelder, que resume a questão: “Com efeito, menos de 1% das empresas consegue controlar 40% de toda a rede”. E a maioria são instituições financeiras, entre as quais Barclays Bank, JPMorgan Chase&Co, Goldman Sachs e semelhantes (3).

Algumas implicações são bastante evidentes. Ainda que na avaliação do New Scientist (resenhas em português e inglês), as empresas se comprem umas as outras por razões de negócios e não para dominar o mundo, não ver a conexão entre esta concentração de poder econômico e o poder político constitui evidente prova de miopia. Quando numerosos países, a partir dos anos Reagan e Thatcher, reduziram os impostos sobre os ricos, lançando as bases da trágica desigualdade planetária atual, não há dúvidas quanto ao poder político por trás das iniciativas. A lei recentemente passada nos Estados Unidos, que libera totalmente o financiamento de campanhas eleitorais por corporações, tem implicações igualmente evidentes. O desmantelamento das leis que obrigavam as instituições financeiras a fornecer informações e que regulavam as suas atividades passa a ter origens claras.

Outra conclusão importante refere-se à fragilidade sistêmica que geramos na economia mundial. Quando há milhões de empresas, há concorrência real, ninguém consegue “fazer” o mercado, ditar os preços, e muito menos ditar o uso dos recursos públicos. Esses desequilíbrios se ajustam com inúmeras alterações pontuais, assegurando uma certa resiliência sistêmica. Com a escalada atual do poder corporativo, as oscilações adquirem outra dimensão. Por exemplo, com os derivativos em crise, boa parte dos capitais especulativos se reorientou para commodities, levando a fortes aumentos de preços, frequentemente atribuídos de maneira simplista ao aumento da demanda da China por matérias primas. A evolução recente dos preços de petróleo, em particular, está diretamente conectada a estas estruturas de poder (4).

Os autores trazem também implicações para o controle dos trustes, já que estas políticas operam apenas no plano nacional: “Instituições antitruste ao redor do mundo acompanham de perto estruturas complexas de propriedade dentro das suas fronteiras nacionais. O fato de series de dados internacionais, bem como métodos de estudo de redes amplas, terem se tornado acessíveis apenas recentemente, pode explicar como esta descoberta não tenha sido notada durante tanto tempo”. Em termos claros, estas corporações atuam no mundo, enquanto as instâncias reguladoras estão fragmentadas em 194 países, sem contar a colaboração dos paraisos fiscais.

Outra implicação é a instabilidade financeira sistêmica gerada. Estamos acostumados a dizer que os grandes grupos financeiros são demasiado grandes para quebrar. Ao ver como estão interconectados, a imagem muda, é o sistema que é grande e poderoso demais para que não sejamos todos obrigados a manter os seus privilégios. “Trabalhos recentes têm mostrado que quando uma rede financeira é muito densamente conectada fica sujeita ao risco sistêmico. Com efeito, enquanto em bons tempos a rede parece robusta, em tempos ruins as empresas entram em desespero simultaneamente. Esta característica de “dois gumes” foi constatada durante o recente caos financeiro” .
Ponto chave, os autores apontam para o efeito de poder do sistema financeiro sobre as outras áreas corporativas. “De acordo com alguns argumentos teóricos, em geral, as instituições financeiras não investem em participações acionárias para exercer controle. No entanto, há também evidência empírica do oposto. Os nossos resultados mostram que, globalmente, os atores do topo estão no mínimo em posição de exercer considerável controle, seja formalmente (por exemplo votando em reuniões de acionistas ou de conselhos de administração) ou através de negociações informais”.

É óbvio que se trata, sim, de um clube de ricos muito ricos,
que se apropriam de recursos produzidos pela sociedade
em relação inteiramente desproporcional ao que produzem

Finalmente, os autores abordam a questão óbvia do clube dos super-ricos: “Do ponto de vista empírico, uma estrutura em “gravata borboleta” com um núcleo muito pequeno e influente constitui uma nova observação no estudo de redes complexas. Supomos que possa estar presente em outros tipos de redes onde mecanismos de “ricos-ficam-mais-ricos” (rich-get-richer) funcionam… O fato do núcleo estar tão densamente conectado poderia ser visto como uma generalização do fenômeno de clube dos ricos (rich-club phenomenon).”  A presença esmagadora dos grupos europeus e americanos neste universo sem dúvida também ajuda nas articulações e acentua os desequilíbrios.
Conclusões gerais a se tirar? Não faltam na internet comentários de que o fato de serem poucos não significa grande coisa. Na minha análise, é óbvio que se trata, sim, de um clube de ricos, e de muito ricos, que se apropriam de recursos produzidos pela sociedade em relação inteiramente desproporcional ao que produzem. Trata-se também de pessoas que controlam a aplicação de gigantescos recursos, muito mais do que a sua capacidade de gestão e de aplicação racional. Um efeito mais amplo é a tendência de uma dominação geral dos sistemas especulativos sobre os sistemas produtivos. As empresas efetivamente produtoras de bens e serviços úteis à sociedade teriam todo interesse em contribuir para um sistema mais inteligente de alocação de recursos, pois são em boa parte vítimas indiretas do processo. Neste sentido, a pesquisa do ETH aponta para uma deformação estrutural do sistema, e que terá em algum momento de ser enfrentada.

E quanto ao que tanto preocupa as pessoas, a conspiração? A grande realidade que sobressai da pesquisa, é que nenhuma conspiração é necessária. Ao estarem articulados em rede, e com um número tão diminuto de pessoas no topo, não há nada que não se resolva no campo de golfe no fim de semana. Esta rede de contatos pessoais é de enorme relevância. Mas sobretudo os interesses são comuns, e não é necessária nenhuma conspiração para que os defendam solidariamente, como na batalha já mencionada para se reduzir os impostos que pagam os muito ricos, ou para se evitar taxação sobre transações financeiras, ou ainda para evitar o controle dos paraísos fiscais.

O caos financeiro planetário, em última instância, tem uma base muito articulada (tight-net) de poucos atores. No pânico mundial gerado pela crise, debatem-se as políticas de austeridade, as dívidas públicas, a irresponsabilidade dos governos, deixando na sombra o ator principal, as instituições de intermediação financeira. No inicio do pânico da crise financeira, em 2008, a publicação do FMI Finance & Development estampou na capa em letras garrafais a pergunta “Who’s in charge?”, insinuando que ninguém está coordenando nada. Para o bem ou pra o mal, a pergunta está respondida.

Anexo:

Abaixo, a lista das primeiras 50 corporações listadas. Note-se que na classificação por setor (NACE Code), os números que começam por 65, 66 e 67 correspondem a instituições financeiras. Lehman Brothers tem direito a uma nota a parte dos autores.
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VER LINK ACIMA NO INÍCIO DO TEXTO. 

Ladislau Dowbor é professor da PUC-SP nas áreas de economia e administração, e consultor de várias agências das Nações Unidas. Autor de Democracia Econômica e numerosos estudos disponíveis online em http://dowbor.org ou http://www.dowbor.org/wp– Contato: ladislau@dowbor.org
Notas
(1) Há uma grande diferença entre suspeitar a existância de um fato, e demonstrá-lo empiricamente” – Vitali, Glattfelder e Battiston – http://j-node.blogspot.com/2011/10/network-of-global-corporate-control.html
(2) S. Vitali, J.B Glattfelder e S. Battiston – The Network, of Global Corporate Control –Chair of Systems Design, ETH Zurich – corresponding author sbattiston@ethz.ch – Otexto completo foi disponibilizado em arXiv em pré-publicação, e publicado pelo PloS One em 26 de outubro de 2011. A ampla discussão internacional gerada, com respostas dos autores da pesquisa, pode ser acompanhada aqui.
(3) New Scientist, em português e no original inglês.
(4) O aumento do risco sistêmico nos grandes sistemas integrados é estudado por Stiglitz em Risk and Global Economic Architecture, 2010,http://www.nber.org/papers/w15718.pdf