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domingo, 30 de janeiro de 2011

Oposição egípcia cria comitê para negociar com militares - internacional - Estadao.com.br

Oposição egípcia cria comitê para negociar com militares - internacional - Estadao.com.br
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"OPOSIÇÃO EGÍPCIA CRIA COMITÊ PARA NEGOCIAR COM MILITARES"

Diz o título da notícia no jornal da direita paulistana. Como se o Exécito egípcio estivesse ao lado do "Mubaraki e não ao contrário??

Ao se ler a notícia, vemos que na verdade a Oposição e o Exército vão (analizar) os últimos acontecimentos, (juntos)!

É apenas uma questão de "estilo" das manchetes do Estadão...kkkkkk

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mundo - El Baradei regressa ao Egito para participar nas manifestações - RTP Noticias

Mundo - El Baradei regressa ao Egito para participar nas manifestações - RTP Noticias
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ECOS DA TUNÍSIA.

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Manifestantes fazem novo protesto contra aumento do ônibus em SP - saopaulo - Estadao.com.br

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(Foto dos manifestantes no Centro de "SAMPA", há poucas horas atrás. SITE IG)
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" Os manifestantes devem ser recebidos por algum vereador".

Eis como uma famosa emissora de Rádio noticiou o fato da nova passeata de estudantes em (pró do passe do onibus), um direito previsto por lei!

Nada foi falado das já conhecidas repressões policiais, os quais possuem o passse livre em qualquer meio de condução urbano!

Exemplo de como funciona a "democracia" da mídia nativa.

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Forças de segurança do Egito prendem 860 por protestos contra governo - internacional - Estadao.com.br

Forças de segurança do Egito prendem 860 por protestos contra governo - internacional - Estadao.com.br
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Ecos da Tunízia pós a auto-imolação do jovem "Bouazizi" que derrubou a familiocracia de "Ben Alí", tentam derrubar "Hosni Mubaraki" que não larga o osso a 30 anos.

As mortes de "inocentes úteis" mais uma vez se fazem presente, como sempre acontece nessas ocasiões de protesto contra governos linha dura.

Lamento pelos familiares das vítimas fatais.

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DCI - Comércio, Indústria & Serviços

DCI - Comércio, Indústria & Serviços
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POIS É...E PENSAR QUE MUITOS DESSA "GALERA" PRIVILIGIADA AINDA METEM PAU NO GOVERNO!...KKKKK

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Folha.com - Cotidiano - Apesar da aura mítica, bandeirante era assassino do sertão - 25/01/2011

Folha.com - Cotidiano - Apesar da aura mítica, bandeirante era assassino do sertão - 25/01/2011

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Deprimente escolha e a publicação da matéria por parte da "Folha de S.Paulo", logo no dia do Aniversário Da Maior Metróple do Continente??!!...PKP!!

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Papa pede aos jovens para não criarem perfis falsos na Net - Nós na Rede

Papa pede aos jovens para não criarem perfis falsos na Net - Nós na Rede

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Sua Santidade parece não ter problemas sérios a tratar.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

DO GRANDE VINÌCIOS DE MORAES

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ELEGIA DESESPERADA - "VINÍCIUS DE MORAES"


Meu Senhor, tende piedade dos que andam de bonde
E sonham no longo percurso com automóveis, apartamentos...
Mas tende piedade também dos que andam de automóvel
Quantos enfrentam a cidade movediça de sonâmbulos, na direção.


Tende piedade das pequenas famílias suburbanas
E em particular dos adolescentes que se embebedam de domingos
Mas tende mais piedade ainda de dois elegantes que passam
E sem saber inventam a doutrina do pão e da guilhotina


Tende muita piedade do mocinho franzino, três cruzes, poeta
Que só tem de seu as costeletas e a namorada pequenina
Mas tende mais piedade ainda do impávido forte colosso do esporte
E que se encaminha lutando, remando, nadando para a morte.


Tende imensa piedade dos músicos de cafés e de casas de chá
Que são virtuoses da própria tristeza e solidão
Mas tende piedade também dos que buscam o silêncio
E súbito se abate sobre eles uma ária da Tosca.


Não esqueçais também em vossa piedade os pobres que enriqueceram
E para quem o suicídio ainda é a mais doce solução
Mas tende realmente piedade dos ricos que empobreceram
E tornam-se heróicos e à santa pobreza dão um ar de grandeza.


Tende infinita piedade dos vendedores de passarinhos
Quem em suas alminhas claras deixam a lágrima e a incompreensão
E tende piedade também, menor embora, dos vendedores de balcão
Que amam as freguesas e saem de noite, quem sabe onde vão...


Tende piedade dos barbeiros em geral, e dos cabeleireiros
Que se efeminam por profissão mas são humildes nas suas carícias
Mas tende maior piedade ainda dos que cortam o cabelo:
Que espera, que angústia, que indigno, meu Deus!


Tende piedade dos sapateiros e caixeiros de sapataria
Quem lembram madalenas arrependidas pedindo piedade pelos sapatos
Mas lembrai-vos também dos que se calçam de novo
Nada pior que um sapato apertado, Senhor Deus.


Tende piedade dos homens úteis como os dentistas
Que sofrem de utilidade e vivem para fazer sofrer
Mas tente mais piedade dos veterinários e práticos de farmácia
Que muito eles gostariam de ser médicos, Senhor.


Tende piedade dos homens públicos e em particular dos políticos
Pela sua fala fácil, olhar brilhante e segurança dos gestos de mão
Mas tende mais piedade ainda dos seus criados, próximos e parentes
Fazei, Senhor, com que deles não saiam políticos também.


E no longo capítulo das mulheres, Senhor, tenha piedade das mulheres
Castigai minha alma, mas tende piedade das mulheres
Enlouquecei meu espírito, mas tende piedade das mulheres
Ulcerai minha carne, mas tende piedade das mulheres!


Tende piedade da moça feia que serve na vida
De casa, comida e roupa lavada da moça bonita
Mas tende mais piedade ainda da moça bonita
Que o homem molesta — que o homem não presta, não presta, meu Deus!


Tende piedade das moças pequenas das ruas transversais
Que de apoio na vida só têm Santa Janela da Consolação
E sonham exaltadas nos quartos humildes
Os olhos perdidos e o seio na mão.


Tende piedade da mulher no primeiro coito
Onde se cria a primeira alegria da Criação
E onde se consuma a tragédia dos anjos
E onde a morte encontra a vida em desintegração.


Tende piedade da mulher no instante do parto
Onde ela é como a água explodindo em convulsão
Onde ela é como a terra vomitando cólera
Onde ela é como a lua parindo desilusão.


Tende piedade das mulheres chamadas desquitadas
Porque nelas se refaz misteriosamente a virgindade
Mas tende piedade também das mulheres casadas
Que se sacrificam e se simplificam a troco de nada.


Tende piedade, Senhor, das mulheres chamadas vagabundas
Que são desgraçadas e são exploradas e são infecundas
Mas que vendem barato muito instante de esquecimento
E em paga o homem mata com a navalha, com o fogo, com o veneno.


Tende piedade, Senhor, das primeiras namoradas
De corpo hermético e coração patético
Que saem à rua felizes mas que sempre entram desgraçadas
Que se crêem vestidas mas que em verdade vivem nuas.


Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade
Que ninguém mais precisa tanto alegria e serenidade.


Tende infinita piedade delas, Senhor, que são puras
Que são crianças e são trágicas e são belas
Que caminham ao sopro dos ventos e que pecam
E que têm a única emoção da vida nelas.


Tende piedade delas, Senhor, que uma me disse
Ter piedade de si mesma e da sua louca mocidade
E outra, à simples emoção do amor piedoso
Delirava e se desfazia em gozos de amor de carne.


Tende piedade delas, Senhor, que dentro delas
A vida fere mais fundo e mais fecundo
E o sexo está nelas, e o mundo está nelas
E a loucura reside nesse mundo.


Tende piedade, Senhor, das santas mulheres
Dos meninos velhos, dos homens humilhados — sede enfim
Piedoso com todos, que tudo merece piedade
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim!

http://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/elegia-desesperada.html#ixzz1BiNzIsKw

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"JACQUES GAILLOT", UM BOM CATÓLICO!

(ATRAVÉS DO "BLOGMATON" DE "PEDRO AZEVEDO PERES")

'Não é a velha Europa que dá o exemplo, é a América Latina" Entrevista a Mons. Jacques Gaillot


Este texto é apresentado sob a norma brasileira e sem revisão.


São poucos os franceses que conhecem o nome da máxima autoridade da Igreja Católica no país, mas a imensa maioria sabe quem é o Monsenhor Jacques Gaillot. Homem, de olhar sereno e voz pausada, que fez de sua vocação religiosa uma opção pelos direitos humanos, especialmente os direitos dos pobres e prisioneiros da injustiça.


Em entrevista ao jornalista colombiano Hernando Calvo Ospina, Gaillot denuncia o clima de injustiça reinante na França hoje, diz que a Igreja Católica virou às costas para o povo pobre e caminha para virar uma seita, e aponta a América Latina como a região que deve servir de exemplo para os que lutam contra a injustiça.


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São poucos os franceses que conhecem o nome da máxima autoridade da Igreja Católica no país, mas a imensa maioria sabe quem é o Monsenhor Jacques Gaillot. Homem extremamente humilde, de olhar sereno e voz pausada, que sem usar frases grandiloquentes diz o que gostaríamos de escutar de muitos políticos.


Nasceu em 11 de setembro de 1935 em Saint-Dizier, uma pequena cidade da França. Aos 20 anos, deixou o seminário para realizar o serviço militar. Foi para a Argélia, onde havia uma guerra de libertação contra o colonialismo francês. Conta que foi uma sorte não ter sido obrigado a usar armas, pois foi destacado para trabalhos sociais, a viver com a comunidade.


- O que significou para você ter vivido essa guerra?


- Esta experiência começou a mudar a minha vida. Ali me encontrei com o Islã, uma religião muito diferente da católica e sobre a qual nada conhecia. Fiquei sabendo que os muçulmanos tinham fé em um Deus, que oravam e que eram hospitaleiros. Eles foram como meus irmãos. Esta interreligiosidade influiu em minha fé. Também vivi a violência da guerra, razão pela qual fui me convertendo em um militante da não violência. Realmente, a Argélia foi um seminário para mim.


- Após 22 meses na Argélia, você foi enviado a Roma e, em 1961, foi ordenado sacerdote. Até que, em 1982, foi nomeado bispo da cidade de Evreux, na França. Mas em 13 de janeiro de 1995, o Vaticano decidiu retirar-lhe essa missão pastoral. O que aconteceu?


- Alguns dias antes dessa data fui chamado a comparecer diante das autoridades do Vaticano sem saber por quê. Ante minha incredulidade, em algumas horas fui declarado culpado e, em menos de um dia, foi decretada minha expulsão da diocese. O cardeal Bernardin Gantin, prefeito da Congregação dos Bispos, me propôs que eu assinasse minha demissão e assim poderia manter o título honorífico de bispo emérito de Evreux. Não assinei nada. Então me nomearam bispo de Partenia, uma diocese que não existe desde o século V, situada na atual Argélia.


Com minhas poucas roupas deixei a diocese de Evreux. Como não tinha onde ficar, me instalei durante um ano em um prédio recuperado por famílias sem teto e estrangeiros sem documentos, em Paris. Depois fui acolhido por uma comunidade de missionários.


- O que levou o Vaticano a tomar uma decisão tão drástica? Talvez suas posições políticas e compromissos sociais?


Porque, vejamos: em 1983, foi um dos bispos que não votou a favor de um texto episcopal sobre a dissuasão nuclear. Em 1985, apoiou o levante palestino nos territórios ocupados por Israel, além de se encontrar com Yasser Arafat em Tunís. Em 1987, preferiu viajar até a África do Sul para visitar um preso, militante contra a segregação racial, ao invés de ir à peregrinação pela Virgem de Lourdes. Em 1988, defendeu na revista “Ele” a ordenação de homens casados. No mesmo ano se declarou a favor de dar a benção a homossexuais. No dia 2 de fevereiro de 1989, publicou na revista “Gai Pied” um artigo intitulado “Ser homossexual e católico”. Desde 1994, você se envolveu diretamente na fundação de associações de apoio a marginalizados, passando a ser conhecido como “O bispo dos sem”: sem documentos, sem teto...Não acredita que isso já seja o suficiente para conseguir inimigos entre os círculos de poder eclesiástico e civil?


- Ainda que siga sem provas concretas até hoje, fontes confiáveis me disseram que o governo francês, em particular o ministro do Interior da época, Charles Pascua, tem a ver com a decisão do Vaticano. Não esqueçamos que, na França, este ministério está encarregado dos Cultos. Tenho certeza que um livro meu contra a lei de imigração foi a gota d’água que entornou o copo.


O Vaticano e o governo francês quiseram me isolar. Mas em 1996, no primeiro aniversário de minha partida de Evreux, alguns amigos criaram na internet a Associação Partenia (1), fazendo de mim um “bispo virtual”. Não imaginaram que eu iria acabar animando a única diocese em expansão, com mais fiéis no mundo e em diferentes idiomas.


Imediatamente agradeci ao Vaticano e a Pascua, porque eles me fizeram dar mais passos na direção da outra margem, onde encontrei outra vida. Agora tenho toda a liberdade, vivo na ação com os excluídos da sociedade. Posso viver com as pessoas, compartilhar suas alegrias e suas angústias. Tem sido maravilhoso conhecer todas as pessoas que conheci. Enquanto isso, Pascua está sendo processado por vários delitos e a Igreja a cada dia perde mais cristãos.


- Como, você avalia atualmente a Igreja Católica?


- A Igreja nos ensinou que Deus quis trazer-nos as desgraças e assim nos leva à resignação. Isso não é cristão. A Igreja procura fazer Deus intervir para nos forçar a obedecer e a não pensar. Muitos discursos sobre Deus falam dele, mas quando alguém fala bem do ser humano, isso me diz muito de Deus. A Instituição segue impávida em seu pedestal, longe do povo e de Deus. A seguir assim, se converterá em uma seita, porque muitas pessoas estão partindo para outras religiões. A Igreja vive uma hemorragia.


A Igreja deve mudar, modernizar-se, reconhecer que os casais têm direito a se divorciar e a usar a camisinha, que as mulheres podem abortar, que homens e mulheres podem ser homossexuais e se casar, que as mulheres podem chegar ao sacerdócio e ter acesso às esferas de decisão. Deve-se revisar a disciplina do celibato para que os sacerdotes possam amar como qualquer outro ser humano, sem ter que viver relações clandestinas, como delinquentes.


A situação atual é perversa e destruidora tanto para os indivíduos como para a Igreja. O Vaticano é a última monarquia absoluta da Europa. A Igreja deve aceitar a democracia em todos os níveis. E deve mudar de modelo porque o atual não é evangélico.


- O que você pensa da Teologia da Libertação, que teve um desenvolvimento importante na América Latina?


- Eu me interessei por ela porque é uma teologia que fala dos pobres. Não se fala da liturgia, nem do catecismo, nem da Igreja; fala-se do povo pobre. Ensina que são os próprios pobres que devem tomar consciência da necessidade de sua libertação.


Alguns de nós fomos muito tocados pelos ensinamentos de Dom Helder Câmara, no Brasil, um grande teólogo (2); do Monsenhor Leónidas Proaño, no Equador (3); de Oscar Romero, em El Salvador, e outros sacerdotes latino-americanos, principalmente. Para mim foi um choque brutal quando Romero foi assassinado celebrando a missa, em 24 de março de 1980. Ele havia deixado a Igreja dos poderosos para estar com os pobres. Achei admirável essa conversão.


Na América Latina, existiram alguns padres e freiras que pegaram em armas (4). Eu respeito sua decisão, não os julgo, ainda que não esteja de acordo com ela por ser um adepto da não-violência.


Evidentemente, a Teologia da Libertação é perigosa para os poderosos. Quando os pobres são submissos aceitam seu triste destino, então não há nada que temer, são pão abençoado para os poderosos. Os detentores do poder podem dormir tranquilos. Mas se os pobres despertam e adquirem consciência de sua condição, convertendo-se em atores da mudança, então isso produz medo no poder.


Parece que é terrível quando os pobres tomam a palavra e questionam a instituição eclesiástica. No mesmo instante, ela diz: “Atenção, cuidado com esses comunistas”. Porque sempre prevaleceu a obsessão da infiltração comunista. Por isso, regularmente, as ditaduras, os governos repressivos e o Vaticano se unem em um combate comum. Infelizmente não existem muitos rebeldes na Igreja, porque a instituição sempre formou para a obediência e para a submissão.


- Como você vê a situação social e econômica na França hoje?


- Eu julgo uma sociedade em função do que ela faz pelos mais desfavorecidos. E é claro que eu só posso fazer um juízo severo, porque na França não se respeita a todos os seres humanos. Para mim o problema número um é a injustiça que reina por toda parte. Os que estão no poder não investem nos pobres. Temos um governo que só favorece os ricos. Por isso temos três milhões de pobres.


Muitos de nossos cidadãos acreditam que os trabalhadores ilegais se aproveitam do sistema, sem saber que eles recebem o formulário de impostos em suas casas. Ou seja, eles são conhecidos pelo governo, mas como não estão com os papéis em dia não podem se beneficiar de nenhuma ajuda social. Isso é uma extorsão por parte do Estado!


E a Igreja o que faz? Tomemos como exemplo o que ocorreu em 23 de agosto de 1996, quando quase mil policiais das forças especiais forçaram a ponta de machado as portas da Igreja Saint-Bernard-de-la-Chapelle em Paris, tirando a força 300 estrangeiros em situação irregular. Eu estava escandalizado e desgostoso porque o próprio bispo havia pedido sua expulsão. E quando alguém expulsa humanos que se protegem em uma igreja, está dessacralizando essa igreja. Desgraçadamente, isso continua acontecendo.


E o que se faz com os estrangeiros ilegais? São jogados em centros de detenção, e recebem um tratamento próprio de campos de concentração. Isso é o que ocorre hoje na França. Nas prisões, ocorre um suicídio a cada três dias. É um número enorme. O único horizonte para muitos desses presos é o suicídio, Nunca se viu algo igual. Na Europa, a França tem o recorde de suicídios por enforcamento na prisão.


- E o discurso sobre a crise econômica, onde se situa?


- Nesta crise, não são os ricos que estão em crise, são os mais pobres. Protestamos o ano passado contra as leis propostas pelo governo porque elas penalizavam os pobres. Hoje, muitos franceses só vão ao médico, ao dentista, ao oftalmologista quando é algo verdadeiramente de urgência. E às vezes já é tarde. Os direitos sociais estão sendo eliminados. E a crise atinge as famílias. Se alguém comprou uma casa, perde o trabalho e não arruma outro, deve revendê-la. Isso traz muitos problemas de droga e delinquência.


A moradia social não é uma prioridade política, porque aqueles que estão no poder possuem boas mansões. Constrói-se pouco e as pessoas não sabem aonde ir, restando-lhes as ruas ou algum sótão insalubre. E isso não importa, ainda que existam muitos edifícios vazios em Paris. Quando chega o inverno, o governo fala de “planos”. Então, abrem-se ginásios ou algumas salas para abrigar os milhares que não tem onde morar. Mas esses “planos” não são solução para o frio. A solução é construir habitações dignas. É uma vergonha, é desumano e não é cristão deixar que centenas de pessoas morram de frio nas calçadas e ruas da França.


Como disse o escritor Victor Hugo: “Fazemos caridade quando não conseguimos impor a justiça”. Porque não é de caridade que necessitamos. A justiça vai às causas; a caridade, aos efeitos. Eu não estou dizendo que não se deve ajudar com um prato de sopa ou um abrigo a quem está nas ruas. Existem urgências. Eu faço isso, mas minha consciência não fica tranquila, porque penso que devemos lutar contra as causas estruturais que prendem essas pessoas na injustiça. O mais triste é que as pessoas vão se acostumando com a injustiça. E eu digo: Despertem! Tenham vergonha! Vamos nos indignar contra a injustiça!


Hoje, a injustiça está presente por toda a França. Existem oásis de riqueza, de luxo exorbitante, e extensos guetos de miséria. Na França, há uma violação flagrante dos Direitos Humanos. Por isso devemos combater, para que os direitos das pessoas sejam respeitados.


No ano passado, ocorreram manifestações massivas de protesto contra diferentes projetos do governo, que se fez de surdo para o barulho das ruas.


Eu acredito que, quando não se respeita o povo que se expressa nas ruas, não se tem em conta o futuro. Na França, ficou um sentimento de raiva. Isso não pode seguir assim. Não se pode seguir metendo a polícia por todas as partes para conter a inconformidade do povo. Isso está nos levando na direção de um regime policial. A injustiça não traz paz. É exatamente o contrário. Existe fogo sob uma panela que querem manter fechada. Ela pode explodir.


- As suas lutas pela justiça não se dão só na França. Sua palavra e ação se manifestam em outros lugares também. Poderia dar alguns exemplos?


- Seguimos lutando pelos direitos do povo palestino. Israel é um Estado colonialista que rouba terra palestina e exclui esse povo pela força. Há mais de 60 anos que a Palestina vive sob a ocupação israelense e a injustiça. E a chamada “comunidade internacional” faz bem pouco ou nada. Por isso estamos nos mobilizando em todas as partes para exercer uma pressão sobre o governo israelense. E uma das ações é boicotar os produtos vindos de Israel, principalmente aqueles que são produzidos nos territórios ocupados. Cerca de 50 produtos agrícolas são produzidos na Palestina para benefício israelense. Enquanto os palestinos viverem na injustiça, não haverá paz.


Cuba. Este é um país que tem futuro. Eu pude constatar que é um povo digno, corajoso e solidário. Em Cuba pode haver pobreza, mas não existe a miséria que se vê em qualquer país da América Latina, ou na França, ou nos Estados Unidos. Apesar do bloqueio imposto pelos EUA, todos têm saúde e educação gratuita, e ninguém dorme nas ruas. É incrível!


Eu faço parte do Comitê Internacional pela Libertação dos Cinco Cubanos presos nos EUA. Eles lutaram contra as ações terroristas que estavam sendo preparadas em Miami. Resolvi participar do Comitê porque me dei conta da injustiça cometida contra eles e que não pode ser tolerada.


- Qual a sua avaliação sobre a maneira pela qual a imprensa francesa trata os processos sociais e políticos alternativos que se desenrolam na América Latina? Por que essa imprensa tem a tendência a ridicularizar presidentes como Evo Morales e Hugo Chávez?


- Esse comportamento da imprensa deve-se ao fato de que, regularmente, a França apóia a quem não deveria apoiar. É uma questão de interesses. Estes presidentes não fazem o que os ricos querem, assim a França se coloca ao lado dos ricos. É como faz na África também.


Agora, a participação das mulheres latino-americanas na política é sensacional. Uma mulher na presidência do Brasil é algo extraordinário! Na França, não fomos capazes nem de ter uma primeira ministra: somos tão machos! Ah, sim, uma vez tivemos a senhora Edith Cresson, mas ela não pode ficar por muito tempo já que tentaram massacrá-la em função de sua condição de mulher. Somos machos e vulgares como não se pode imaginar! Hoje, não é a velha Europa que dá o exemplo, é a América Latina. Devemos olhar para lá.


- Duas últimas perguntas: o que outros altos membros da Igreja Católica pensam do senhor? E, como cidadão e ser humano, vê alguma alternativa para a situação social da França?


- Em geral, minhas relações com os outros bispos são cordiais, ainda que alguns prefiram me ignorar. Não me enviam nenhum documento da Conferência Episcopal, não me convidam para a assembleia anual em Lourdes. Tampouco dizem o porquê, e eu também não perguntei, embora outros sacerdotes tenham perguntado, sem receberem uma resposta até hoje. Às vezes, isso não é confortável, mas o que me conforta é que estou em paz com minha consciência, por dizer o que penso, por denunciar a injustiça.


Quanto à segunda pergunta, tenho confiança e esperança nos homens e mulheres. Vamos seguir avançando. Existem movimentos cidadãos que estão criando um tecido associativo alternativo. Vejo muitas lutas que nascem e se desenvolvem pouco a pouco. É formidável! Cada um deve encontrar o caminho onde outros lutam. A unidade: é isso que pode ajudar a salvar a democracia e os direitos das pessoas. Eu tenho esperança.


Notas:


1) http://www.partenia.com/


2) Foi arcebispo de Olinda e Recife. Morreu em 27 de agosto de 1999.


3) Chamado de « Bispo dos Índios », e também de « O bispo vermelho». Exercia seu trabalho pastoral na cidade de Riobamba. Morreu em 31 de agosto de 1988.


4) Vários sacerdotes e freiras somaram-se às guerrilhas. O precursor foi Camilo Torres, na Colômbia, que morreu em combate em 15 de fevereiro de 1966. Na Nicarágua, durante a guerra contra a ditadura de Somoza, muitos seguiram seu exemplo, sendo Ernesto Cardenal o mais famoso.


(*) Hernando Calvo Ospina, jornalista colombiano residente na Europa, autor de vários livros, entre os quais: Salsa, Don Pablo Escobar, Perú: los senderos posibles y Bacardí: la guerra oculta


Tradução: Katarina Peixoto
Publicada por Pedro de Azevedo Peres em 20.1.11

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O HOMEM E O DIAMANTE DENTRO DE SI

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O BRILHO DO DIAMANTE DENTRO DO SER HUMANO

Todo ser humano nasce com um diamante dentro de si. Cumpre a cada um, dentro de suas possibilidades, lapidá-lo, faze-lo brilhar em honra ao privilégio de sua existência.

Na vida, há os que conseguem fazer brilhar o diamante que carregam consigo, e por isso são lembrados com respeito, e o diamante continua a brilhar através dos tempos;

Há os que o mantém em estado bruto, mal lapidados, de fraco brilho e são lembrados menos pelo que foram do que poderiam ter sido;

Há os que cercados de muitos sacrifícios, mal consegue vislumbrar seu brilho, mas este é lembrado pelos seus com o carinho e respeito devido;

Há os de vida confusa, que almejam além dos próprios limites, sonham muitos diamantes e morrem sem saber que o maior deles, estava escondido, esperando ser descoberto, dentro de si.
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

UMA VISÃO DA TRAGÉDIA CARIOCA

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Uma visão que já é partilhada por muita gente de décadas atrás, mas que é sempre bom recordarmos como funciona o esquema, ainda mais quando se tem um texto limpo e conciso.

O texto a seguir foi tirado do bom site "Observatório da Imprensa":

RIO, TRAGÉDIA NA SERRA
Catástrofes e votos
Por Mauro Malin em 18/1/2011

As pessoas que moram em encostas, margens de rios e outros locais de risco (por exemplo, favelas onde há tiroteios entre bandidos, ou destes com a polícia, ou áreas dominadas pelas milícias) não o fazem por ignorância ou insensibilidade. Fazem-no porque, em seu cálculo de custo e benefício, essa é a melhor opção, ou a menos ruim, quando colocam na balança emprego, transporte, custo da moradia, educação e saúde.Na hora de votar, não escolhem meramente entre nomes indistintos, mas em função de acordos tácitos ou explícitos com os candidatos ou seus representantes locais (cabos eleitorais). O que entra em linha de conta não são propriamente políticas públicas – como seria um programa permanente de realocação de moradores em áreas de risco –, mas arranjos com o poder executivo, com ou sem intermediação de integrantes do poder legislativo.Isso ocorre há décadas e não é exclusividade brasileira.

No início de Rocco e seus irmãos, filme feito por Luchino Visconti em 1960, a família Parondi, de migrantes meridionais, é aconselhada a invadir um apartamento de um conjunto habitacional em construção na periferia de Milão. "Ocupem, que depois a prefeitura deixa vocês ficarem", recomenda um amigo de Vincenzo, o irmão operário da construção civil que fora viver na grande cidade antes da mãe e dos irmãos. E é o que acontece no filme.Incorporação ao território oficial.

É perfeitamente compreensível que os brasileiros moradores em áreas de risco relutem em sair de onde estão. Em primeiro lugar, deixar a própria casa de uma hora para outra, em meio a uma catástrofe, é um transtorno tremendo, causa trauma. Depois, muitos não têm para onde ir. Todos temem a ação de saqueadores.
E, afinal de contas, eles não foram autorizados pelas autoridades, direta ou indiretamente, durante anos e anos, a ficar onde moram?

Desse ponto de vista, a urgência consiste em tornar preventiva, e não reativa, a ação das defesas civis, enquanto se buscam soluções não precárias. Soluções que dependem, entre outras coisas, de uma mudança no perfil da distribuição de renda.Loteamentos "clandestinos" (entre aspas, porque nunca o são), ocupações ou favelas viram bairros ao receber serviços públicos essenciais. São incorporados ao território urbano oficial pela inclusão dos seus logradouros no cadastro de imóveis do município e, portanto, na cobrança de IPTU, quando cabível, e no cadastro de endereçamento postal. Tenha ou não havido melhorias capazes de torná-los parte efetiva da cidade.

No Rio de Janeiro, a prefeitura transformou favelas ou conjuntos de favelas em regiões administrativas: Rocinha, Jacarezinho, Complexo do Alemão, Maré.

É equívoco falar em "ausência do Estado"Do outro lado do balcão, os detentores de mandatos conhecem perfeitamente as áreas onde buscam votos.

Quando se trata de eleitos pelo voto majoritário, ou seja, governadores, prefeitos e senadores (a presidência da República também, mas vamos deixá-la de lado aqui), esse conhecimento compreende todo o território do município ou estado.
Tudo muito bem descrito e contabilizado pelos comitês de campanha. Os detentores de mandatos são muito competentes nessa negociação e, portanto, na conservação de seus "currais" urbanos.Em muitíssimos casos, para não dizer todos, são os eleitos que validam o morar em áreas de risco, interessados na negociação (tácita ou explícita) com os eleitores.

Por isso não tem sentido falar em "omissão", nem
em "incompetência", "desleixo", "inação", "incapacidade de fiscalizar", "vista grossa" do poder público. Ao contrário. O olhar dirigido a essas concentrações humanas (de eleitores) é minucioso, detalhado, muito mais rico do que o da mídia, por exemplo. Não tem cabimento pedir "ação enérgica das autoridades".
Elas nunca deixaram de agir em benefício próprio e, supostamente, de seus "clientes".

Como no caso da criminalidade, é um equívoco falar em "ausência do Estado" quando o que há é uma presença bandida de segmentos do aparelho estatal (policiais, fiscais etc.) e uma presença insatisfatória de serviços públicos essenciais ‒ saúde, educação, saneamento, transportes, segurança.

Essa percepção esteve até aqui ausente do noticiário sobre as catástrofes no Rio, em Minas Gerais e em São Paulo. Ela é necessária para "fechar o círculo" e fornecer aos cidadãos um quadro preciso dos problemas urbanos.Velhos esquemas sem novas soluções.
Em fevereiro de 1988, 134 pessoas morreram em Petrópolis devido à intensidade de um temporal de verão. Muitas delas, em áreas de risco onde a então deputada federal Ana Maria Rattes (PMDB-RJ; 1987-1991) distribuiu centenas de títulos de posse para respaldar a construção de habitações irregulares. O marido dela, Paulo Rattes, era prefeito da cidade (1983-1988, pela terceira vez; hoje é deputado federal pelo PMDB-RJ). Na época, a imprensa do Rio de Janeiro não sonegou informações a respeito. Os principais meios de comunicação fizeram a crítica pertinente.

De lá para cá, entretanto, a prática só se agravou. Os poderes públicos estão ainda mais presentes em ações espúrias. Em Duque de Caxias, nos últimos dias de 2010, a polícia prendeu 25 integrantes de uma milícia composta, entre outros, por dois vereadores (um deles, Jonas É Nós, pertencente ao PPS).

Eis um trecho da notícia dada pelo O Dia Online (22/12):"Segundo as investigações, a milícia era comandada pelos vereadores Jonas Gonçalves da Silva, o Jonas É Nós, e Sebastião Ferreira da Silva, o Chiquinho Grandão. Dois filhos de Jonas – o ex-PM Éder Fábio Gonçalves da Silva, o Fabinho É Nós, e o PM recém-formado Jonhantan Luiz Gonçalves da Silva, o Petão – também foram presos.A quadrilha movimentava R$ 300 mil por mês com a exploração de TV a cabo clandestina (‘gatonet’), cobrança de pedágio sobre venda de gás, fornecimento de cestas básicas, agiotagem e grilagem de terras.

O grupo é acusado de pelo menos 50 homicídios na região, segundo levantamento inicial da polícia."Onde se lê grilagem de terras, vislumbre-se uma espécie de esquema "perfeito" do domínio territorial: essa milícia ocupou áreas devolutas ‒ inclusive uma APA, Área de Proteção Ambiental ‒ e as transformou em loteamentos, criando, portanto, suas próprias fontes de extorsão (e de votos).

Em sã consciência, não é possível sustentar a narrativa de que o Estado está ausente desse e de outros contextos. Está presente.
Entender a natureza de tal presença é um primeiro passo para contrapor a velhos esquemas novas soluções que preservem vidas e respeitem a dignidade dos cidadãos. Sem a mídia na linha de frente isso não será feito.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A MINHA GALERIA

A MINHA GALERIA

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O cara parece ser fera com o pincel e as cores!!! Parabéns!!

Limiar e Transformação: Enchentes: uma história antiga, mas não inevitável#comment-form#comment-form

Limiar e Transformação: Enchentes: uma história antiga, mas não inevitável#comment-form#comment-form
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Rio de Janeiro – As grandes enchentes desde 1.711 « Fotos de Nuvens, Tempestades, Raios, etc….



DESLISAMENTO DE TERRA EM 1966 NO RIO DE JANEIRO POR CAUSA DAS CHUVAS.

Rio de Janeiro – As grandes enchentes desde 1.711 « Fotos de Nuvens, Tempestades, Raios, etc….
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DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA DAS ENCHENTES NO RIO DE JANEIRO DESDE 1711...(!!)

O QUE FALAR??...O QUE PENSAR DA FAUNA DE ESTUDIOSOS DE HOJE SOBRE O ASSUNTO E SUAS ORATÓRIAS NOS MICROFONES??....

O QUE PENSAR DAS NOSSAS AUTORIDADES??

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APÓS AS ENCHENTES....








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Após a terrível tragédia das enchentes e dos deslizamentos de terra na região serrana da cidade do Rio de Janeiro, deixando bairros embaixo da terra;
Após a contagem dos mortos, que até agora chegam a mais de 650 corpos encontrados sob escombros e inúmeros feridos e cerca de 3.000 sobreviventes que perderam tudo;
Após, os exemplos de anos anteriores; só no ano passado morreram 256 pessoas por enchentes só no Rio, vítimas das mesmas chuvas de verão de todo ano;
Após, todo o show de cenas de sofrimento de mulheres e homens em desespero pela perda de parentes, alguns chorando a perda de toda a família, cenas contundentes mostradas durante 24horas na Televisão.

Vem agora depois do leite derramado, certas vozes da sociedade brasileira, com trânsito na mídia, com seus currículos e títulos, frente a câmeras e microfones, discorrerem sobre as razões históricas do descaso das autoridades, do brutal sistema de exclusão pelo comércio imobiliário através de décadas atrás para com a população humilde, que tem sido empurrada para as áreas sem valor, encostas de morros e beiras de rio, para não falar das favelas nos morros cariocas, cantados com tanta poesia e samba.
As obviedades de tais pronunciamentos com oratórias cultivadas foram reduzidas pela atual Presidenta Dilma Roussef, a uma frase: “A ocupação por moradias em áreas de risco no Brasil, não é exceção é a regra”.

Apesar de sua população estar em 191Milhões, o Brasil possui uma extensão territorial com nível continental; é difícil de admitirmos o inchamento dos bairros populares, das áreas mais humildes, por moradias impróprias, sem acusarmos a concentração de renda e terra no país, e, governos com pouco interesse pela base piramidal da sociedade.
Porém, tudo tem uma explicação e sociólogos, historiadores, técnicos em políticas urbanas; essa fauna de entendidos, habitantes de bons bairros, com boas casas; todos são capazes de discorrer por horas a respeito da falta de planejamento urbano, do trânsito caótico, etc.
Mas as favelas estão se inchando. Em cômodos que mal cabe uma cama de casal, habitam pai, mãe e filhos. Casas são levantadas com sacrifícios estóicos, mas, sem maiores preocupações em perigosas encostas de morros, desafiando topografias, até a próxima chuva de verão.

E a culpa como sempre acontece, é fragmentada através da corrupção, da politicalha, da falta de planejamento, da falta de verba, da burocracia, e por fim da falta de cuidados da própria população atingida. Existe a culpa, mas ninguém sabe quem são os culpados.

As chuvas deste ano, como sempre, ano mais ano menos, cobraram antecipadamente caro o mundialmente famoso verão carioca.

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DOS DITADORES

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É incrível como nos habituamos a conviver com o fato de salvo raríssimas exceções, ditadores dos mais sanguinários ao serem depostos do poder, fugirem ilesos dos países em que exerceram seus governos autoritários, deixando para trás um rastro de crimes, sangue e dor e, irem gozar a vida com seus familiares em outro país, a custa das fortunas que saquearam, guardadas em Bancos no exterior.

São muitos os exemplos, de todas as raças, cor e credo.

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domingo, 16 de janeiro de 2011

O 'Bin Laden' da marginalidade - Opinião - Al Jazeera Inglês


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O 'Bin Laden' da marginalidade - Opinião - Al Jazeera Inglês
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OS “BIN LADEN” DA MARGINALIZAÇÃO
14/01/11
A sabedoria popular diz que 'terror' no mundo árabe é monopolizada pela al-Qaeda emsuasváriasencarnações. Pode haver alguma verdade nisso.

No entanto, este é um ponto de vista limitado. Regimes em países como a Tunísia e Argélia insistem em armar e treinar aparatos de segurança para combater a Osama bin Laden. Mas elesforam pegos de surpresa pelos 'bin Laden dentro ": O terror de marginalização de milhões de jovens educados que compõem uma grande parcela da população da região. ( Segundo umaprofessora tunisiana, perto de 30% dos jovens universitários não possuem empregos).
Os ventos soprando incerteza, ao Oeste, Árabe - o Magrebe - ameaçam explodir o Leste na direção do Levante com a questão dos marginalizados e o grito de desespero de ser dado pela liberdade, contra o fatalismo do pão ou morte.

O TERROR DE QUEM?

Os gurus da chamada "radicalização" que transformaram o Islã em um problema de segurança que fixa o debate, fazendo com Bin Laden uma patologia atemporal, seja o único e permanente de todas as coisas no muçulmano.

Não é exagero afirmar que desde 11/09/01 vozes da radicalização substituíram o orientalismo novo como o prisma através do qual aparelhos de segurança ocidentais vêem a juventude do Médio Oriente e as sociedades. Baía de Guantánamo, perfis, rendições extraordinárias, entre outros, são apenas a ponta do iceberg.

O policiamento, equipamento, financiamento, competências e filosofia anti-terror a serem alimentados com os gostos da Argélia, Líbia e Marrocos são voltadas para a luta contra o "barbudo, salafista radical", cujo profeta é Osama Bin Laden. Mas, os “Bin Laden” tangíveis, horta e suicídio em sua totalidade, surgiram a partir das fileiras da classe média educada cujo profeta é Adam Smith.

Al-Qaeda, literalmente "a base", pode ser hoje os exércitos inchados de marginais no Oriente Médio, e não "salafistas".

Não é o Alcorão ou Sayyid Qutb - que é à revelia acusado de perpetrar 11/09, apesar de ser morta desde 1966 - os especialistas em segurança ocidentais deveriam se preocupar. Aflitos por definições, eles talvez devessem comprar Das Kapital e lerem mais Karl Marx, para obter uma verificação da realidade, um repensar, uma dose de sobriedade em um mundo post-9/11..

Desde a Tunísia a Argélia no Magrebe para a Jordânia e o Egito, a leste árabe, o verdadeiro terror que come na auto-estima da comunidade, nas sabotagens e ritos de passagem comum, incluindo o casamento, é o terror de marginalização sócio-econômica. (!)

Os exércitos de 'khobzistes "(os desempregados do Magrebe) - agora marchando para o pão nas ruas e favelas de Argel e Kasserine e que amanhã pode estar em Amã, Rabat, San'aa, Ramallah, Cairo e sul de Beirute - não são de combater o terror do desemprego com ideologia. Eles não precisam de uma. O desemprego é a sua ideologia. A periferia é a sua geografia. E por agora, os protestos pacíficos espontâneos e automutilação são seus armamentos. Eles são "Os Miseráveis" do mundo moderno.

O "PÃO" COMPACTADO

Os compactos “pão” que moldou a ordem política em grande parte do mundo árabe foi eliminada em meados da década de 1980.

Na década de 1960, os regimes se comprometiam com a distribuição de “pão” (bens subsidiados) em troca de passividade política. Em 1980, a nova correção política passou a dar o voto, em vez de pão.

Quem pode esquecer a 1988 revoltas do “pão” que eventualmente levou os islamitas à beira de um controlo parlamentar da Argélia em 1991? Os motins na Jordânia em torno do mesmo tempo levou o Estado à liberalização política em 1989.

Para a Tunísia, Argélia, Jordânia e Egito, os estados árabes pobres, que precisam de liquidez euro-americana e à Miséria Internacional de ajuda do Fundo, infitah (política de porta aberta) foi o único projeto de gestão à frente da economia. Em seu seio são geradas a ganância, grilagem de terras, corrupção, monopólio e as novas classes empresariais que trocam de fidelidade e clientelismo político com os mestres, bem como as notas e as concessões com as quais ambos os estilos de “vida flash” tem ao fundo.

Assim, o mapa de distribuição foi gerrymandered à custa de os pobres que são aplacados com número insuficiente de micro-créditos ou mal geridos os fundos de desenvolvimento nacional. As migalhas a que os subsídios são permitidas pela nova ordem econômica construída sobre os pilares da privatização, a ausência de redes de segurança social e protecionismo econômico provenientes do atraso, nunca são eliminados..
Abaixo da superfície a raiva reprimida dos marginais cozinha em fogo brando.

"É A TEMPORADA DA INTIFADA DO PÃO"

O 'khobzistes têm retornado. Em casa, eles são os marginais, no exterior, eles são amplamente persona non grata por ter nascido na geografia errada, herdando os gens perfeito para a profilaxia; visão culturalmente muito contestada por alguns assimilacionistas Europeus. O valor deles é acrescentado apenas como objetos de "dumping" social em lojas do capitalismo que lhes sugam o suor.
Potencialmente, eles são as forragens de caos na ausência de justiça social, culturalmente sensíveis, desenvolvimento sustentável e democrático de redes de mediação e cívicos canais de negociação sócio-político e inclusão.

Revoltas do “pão” tem uma vantagem e uma desvantagem. No lado positivo, eles agem como eleições, plebiscitos sobre o desempenho, como a catalisação da raiva do público, que emitem sentenças sobre políticas fracassadas e enviam mensagens de stress para os governantes.
A resposta vem rápida: quando a opressão inicial se torna demasiado pesada e de alto custo político, as negóciações começam. Promessas de empregos e políticas renovadas são feitas, a inversão de aumentos nos preços dos alimentos e até mesmo um bode expiatório na forma de demissões ministeriais.

Este é o lugar onde a Argélia e Tunísia estão hoje.

Na Tunísia, em particular, o governo tem sido desajeitado, nervoso e totalmente fora de linha por ameaçar o uso da força e, em seguida, empregando-o. Fatalidades têm vindo a aumentar. O número de mortos é muito pesado e pode já ter produzido o lógico ponto de inflexão, irreversível.

PECHINCHAS, MAS NÃO HÁ DEMOCRACIA

Do lado negativo, não há 'primavera democrática "na Argélia. “Pão”, tumultos vêm e vão. Mas os regimes ficam.

A ausência de uma massa crítica que produz um meio ponto da inflexão dinâmica aos regimes de saberem como comprar o tempo, cooptar e financiar-se fora de perigo quando empurrado. Pechinchas democráticas genuínas não resolvem. Os Estados não investiram em capital social e político.

Oposições e dissidentes ainda não aprenderam a se infiltrarem nos governos a construir uma forte identidade política e bases de poder. Esta é uma razão pela qual os protestos que produziu "revoluções de veludo" em outra parte parecem estar ausentes no mundo árabe.

A dinâmica criada pelos revoltosos do “pão” nunca é traduzida em auto-sustentável massa crítica por parte das forças de oposição. Regimes que esperam até o último minuto após o uso da força falham ao tentarem matar a dinâmica através da oferta de bem-estar em concessões momentâneas.

A Tunísia será a primeira exceção árabe a isto: Ben Ali não está em posição de agir maquiavélico e intransigente. Ele é fraco, e os seguintes do partido e do Exército que o protegeu durante 24 anos podem lhe retirar a lealdade em face da crise que se aprofunda.

O "PESCADOR DE HOMENS"

Os cintos de miséria apertando os bolsões de riqueza e oportunidade de Argel para Amã, na dica do microcosmo da desigualdade da distribuição global.
Assim como Sidi Bouzid, El Kobba, Ma'an ou Imbaba funcionam internamente naquele cinturão de miséria, assim como as cidades de estados árabes no mundo. Elas são da periferia, literalmente, os cintos de miséria apertando a rica "Europa fortaleza" - uma Europa que é cada vez mais interessados na tecnologia de segurança, sistemas de vigilância, "radicalização" teorias, o policiamento e as redes de funcionamento mental como "pescadores de homens ' de acordo com um estudo. Hoje a geografia da Club Med está no modo de rebelião.

Frontex é a agência da UE, que lidera a missão de construir a Europa fortaleza. Ele está na frente, lutando contra o "boat people" (povo de bote)que ameaçam a vida e o conforto da UE. Seus aviões, fragatas, patrulhas de homens, literalmente, peixes dos barcos pequenos carregados com árabes e Africano, carga humana destinada a costa da UE.
Esses facínoras do tempo no alto mar, sabendo que suas chances de sobrevivência não é mais do que 10 por cento. Muitos se afogam. Tunisino Mohamed Bouazizi em seu ato de insanidade não foi o único suicída. O 'harraqa ", como" boat people "do Norte Africano são chamados, procuram êxodo em segredo, e pela morte.

Aqueles que não se afogam são perseguidos de volta às suas margens de partida. Alguns são capturados e devolvidos aos países de transição, como a Líbia.

Um acordo da UE para 2009 atribui patrulha marítima e de policiamento para a Líbia para que as pessoas do barco não alcançam os portos italianos, rejeitando as implicações éticas de confiar a proteção dos refugiados aos países com registros duvidosos dos direitos humanos.

De Israel à Espanha, as cercas são erguidas para manter os não-europeus para fora. Eles são autorizados a sonhar com a Europa ... mas não de pôr os pés nela.

Chegou o momento para os mercados de trabalho do Golfo Pérsico fazerem mais pelos marginais árabes.

A "GEOGRAFIA DA FOME"

Em Frantz Fanon “Os Condenados da Terra “se encontra ressonância com a miséria engolindo a Tunísia e a Argélia de hoje, onde os pobres, ou o mahrumin e o khobzistes atacar no estado de destino e seus símbolos. Eles lutam para trás e, assim, “a luta ... com o ego humilhado, suas barrigas encolhidas são o contorno da geografia da fome".

Nesta geografia da fome e da marginalização, o nativo torna-se dominante do colonizador novo. Em contraste com os pobres, os indígenas no poder e as "máfias" econômicas são protegidas, não só em mansões e casas de campo, mas também dentro de "uma casca dura" que os imune da pobreza "que os cercam.
Em Os Condenados da Terra, lê-se sobre os "países pobres e subdesenvolvidos, onde a regra é que a maior riqueza está rodeado pela maior pobreza".
O mapa da "geografia da fome" não é completo sem marcação da geografia do autoritarismo. Em ambos Argélia e Tunísia, os grandes interesses e aproveitadores que apoiam Bouteflika e Ben Ali parecem cumprir a profecia de Fanon sobre a corrupção: "Mais cedo ou mais tarde" tornando líderes "homens de palha nas mãos do exército ... imobilizar e aterrorizar". É a forças de segurança e o exército que comandam o show nos dois países.

Fanon, o ideólogo da revolução argelina, está provavelmente se revirando no túmulo ao pensar que um país, de "um milhão de mártires" que se sacrificaram pela independência, está hoje lutando por novas liberdades com a escassez de habitação, o aumento dos preços dos alimentos, a autocracia e a marginalização total.

Os números sobre a construção de histórias de papel de crescimento e estabilidade, que não corresponde com a realidade de marginalização.
Por quanto tempo repúblicas de papel e de homens de palha pode resistir ao inferno de fogo das erupções argelinas e tunisianas alimentada pela marginalização continua a ser visto. O que é certo, porém, é que o início de uma "primavera democrática tunisiana" está na forja.
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Larbi Sadiki é um professor de Política do Oriente Médio na Universidade de Exeter, e autor de árabes Democratização: Eleições sem Democracia (Oxford University Press, 2009) e A Busca por árabes Democracia: Discursos e Contra-discursos (Columbia University Press, 2004 ), o Hamas próxima e do processo político (2011).
As opiniões expressas neste artigo são do próprio autor e não refletem necessariamente a política editorial da Al Jazeera.
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A Tunísia, segundo consta, não é um país "xiita" e sim "sunita", logo mais moderado e pró democracia.
Porém, foi dominado por uma "familiocracia" que concentrou brutalmente a economia do país nas mãos de poucos.
Não podia durar muito tempo.

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sábado, 15 de janeiro de 2011

Oposição da Tunísia pede ruptura definitiva com o regime

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Oposição da Tunísia pede ruptura definitiva com o regime
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La familia de la 'primera dama' controla toda la economía de Túnez · ELPAÍS.com

La familia de la 'primera dama' controla toda la economía de Túnez · ELPAÍS.com
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A ÉTICA DO CAPITAL.


Já coloquei num post abaixo, um extenso e incrível relato de um site tunisiano que relata como "Ben Alí" e Família conseguiram, em 23 anos, se apoderar de toda a economia do país.

O intento aqui é outro, o de perceber o fato de que, o avião de "Ben Alí" quando pousou na Itália, seus passageiros e tripulação sequer deceram do avião, cercado pela polícia italiana. "Ben Alí" não eram "bem vindo" na Itália de Berlusconi.

Segundo consta, tentaram uma rota para a França, mas depois de horas de negociação, também o aeroporto "de Sarkosy" estava fechado para o ex-presidente tunisiano.

Ora, só a França, segundo consta no texto do título acima, possui 1.250 Empresas na Tunísia; (muitas delas provavelmente instaladas no governo deposto); bem como a Itália, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Bélgica, países baixos, todos com vultosas quantias investidas em projetos no governo "familiocrático" de "Ben Alí; (sem maiores melindres éticos ou políticos).

Ou seja, esses países investiram no governo da família de "Ben Alí", logicamente tiveram seus lucros e muitas dessas empresas continuarão a lucrar no país e a mandar seus lucros ou parte deles para suas matrizes. No entanto, negaram abrigo ao ex-presidente do país que lhes abriu a porta para seus investimentos.

Como é singular a ética do Capital!

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

AINDA SOBRE "TUCSON" 2

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Mídia, religião e ódio

Por Alberto Dines em 13/1/2011


Sarah Palin não é a única responsável pela reativação da histeria política nos EUA. Nem os seus fiéis seguidores do Tea Party & adjacências. A mídia, especialmente as emissoras de rádio dominadas pelos evangélicos de diversas origens, é a vocalizadora desse novo delírio americano.

Palin, Tea Party e a mídia religiosa fundamentalista são francamente direitistas. Quase fascistas. Não defendem golpes de Estado, querem eleições para chegar ao poder, não estão preocupados em manter a sociedade tolerante que empolgou os patriarcas da independência. Refugiam-se nas aparências da Constituição, mas não se preocupam em respeitar os seus fundamentos.

Tal como Hitler e Goebbels, 80 anos atrás, apostam todas as fichas no poder do rádio como propagador de chavões, simplificações e fanatismo. As emissoras de TV regionais entraram no jogo. Ódio segura audiências. Ódio e religião mais ainda. O mix audiovisual é imbatível em matéria de rancor.

A mídia liberal, progressista ou apenas analítica, é impressa. E ao assumir-se como moribunda, em vias de extinção ante o avanço digital, torna-se ainda mais frágil, perde convicções, veemência e credibilidade.

Universo desvairado

Nos EUA e na Europa, a esquerda, majoritariamente social-democrata, raramente aciona o discurso do ressentimento. Seus venerandos compromissos humanistas e sua intensa impregnação democrática são claros demais para permitir desvios e equívocos.

O que não acontece na América Latina, onde uma pretensa esquerda, tomada pela mesma xenofobia e o mesmo reducionismo que atacam os Estados Unidos, adota uma retórica intolerante, raivosa. Um "revolucionarismo" mal resolvido reforça a estratégia do vale-tudo.

Esse ódio pseudo-esquerdista ainda não consegue infiltrar-se em nosso sistema de rádio, nem na mídia impressa que aqui, ao contrário do que acontece no mundo civilizado, prefere os confortos do conservadorismo. Mas está muito presente na blogosfera.

Quando, em fevereiro de 2009, Mino Carta encerrou o seu blog e desistiu de defender a extradição do ex-guerrilheiro Cesare Battisti – que corajosamente assumiu apesar de apoiar o governo Lula –, estava apenas sinalizando para um clima de terror gestado nas pseudo-vanguardas abrigadas sob o guarda-chuva do PT. O linguajar, a irreflexão e a intolerância da direita norte-americana não diferem muito do universo desvairado e perverso que se abriga em certos grupos de discussão, sites, blogs e desvãos das nossas redes sociais.

O mundo melhor começa quando a injúria é substituída pela persuasão.

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AINDA SOBRE "TUCSON"

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“Be a killer, be a star”

Por Eugênio Bucci em 14/1/2011

Reproduzido do Estado de S.Paulo, 13/1/2011; intertítulos do OI

O leitor haverá de perdoar o título em inglês, mas isso nem é bem um título de artigo – é, isso sim, um imperativo, uma lei não escrita e, não obstante, reiterada diariamente pelos mil alto-falantes da indústria de entretenimento, na língua dos filmes de guerra de Hollywood, com sabor de bombardeio: é um mandamento que tem gosto de slogan publicitário e de sentença de morte. Por isso vai no título assim mesmo, em inglês. Fica mais claro. A adoração da violência, da qual o espetáculo que nos cerca não consegue mais escapar, ordena, todos os dias, a todos os adolescentes que não veem sentido na vida: "Be a killer, be a star". Mate e fique famoso. Se viver é uma tolice, matar será a sua trilha para o estrelato.

As evidências surgem em profusão. Agora, no fim de semana que passou, explodiu mais uma. Em Tucson, no Arizona, um rapaz de 22 anos, cujo nome não será digitado neste texto, disparou a sua arma contra inocentes aglutinados num evento público. Matou seis pessoas e feriu gravemente a deputada democrata Gabrielle Giffords, que tem chances de sobreviver.

Sim, o roteiro é conhecido. Essa modalidade de crime vem se banalizando nos Estados Unidos, num script sempre idêntico, no qual só varia o nome das cidades, dos assassinos e de suas vítimas – o resto é igual: um jovem que, segundo depoimentos dos professores e vizinhos, era "estranho" e "desequilibrado", tanto que cultuava ideias nazistas ou análogas, sofre um revés na escola, vai a uma loja do bairro, compra um fuzil ou uma garrucha e mata meia dúzia de conterrâneos.

Por quê? Aí está o ponto: as evidências são clamorosas e repetitivas, mas a compreensão do que se passa é mínima, quase miserável.

A manchete e a glória

A maior parte das explicações faz referência ao fetiche que a cultura americana desenvolveu pelas armas de fogo. Alegam que espingardas e pistolas são objetos de desejo e, mais grave, estão à venda em qualquer esquina dos Estados Unidos. Um bom exemplar dessa linha de explicações pode ser visto no filme Tiros em Columbine, de Michael Moore, que levou o Oscar de melhor documentário em 2003. A partir de um caso semelhante a esse de Tucson, o filme de Michael Moore critica acidamente o fascínio da sociedade americana por equipamentos bélicos em geral. É claro que Michael Moore aponta um dado real, mas não resolve a charada. Proibir o comércio de armas de fogo não solucionaria a questão; a causa não é apenas essa e talvez não seja fundamentalmente essa. Há mais fatores a considerar.

Agora, no crime de Tucson, em que uma bala atravessou a cabeça da deputada Gabrielle Giffords, que é odiada pelos republicanos linha-dura, aparece com mais clareza outro ingrediente: as ideologias intolerantes, quase sempre de corte ultraconservador, comparecem como um denominador comum entre esses criminosos. Outra vez, o dado é real, mas parcial e perigosamente enganoso, pois pode levar a crer que esse tipo de crime é coisa de gente "de direita" – e não é, ou não é só de gente "de direita".

O que falta ser levado em conta, aí, é o papel estruturante da indústria do entretenimento, tal como ela foi moldada pelo mercado americano. É essa indústria que fornece o repertório de signos, símbolos e narrativas pelo qual os valores da violência, da xenofobia e da intolerância ganham sentido. O fetiche da arma de fogo só virou uma categoria sólida na sociedade americana – e na sociedade global, por extensão inevitável – porque encontrou lugar nuclear no modelo do herói consagrado pelo entretenimento. Esse herói é o indivíduo solitário que, com sua integridade (ou turrice) e sua força, moral e física, enfrenta o "sistema". Para ele, a acusação de ser desajustado é bobagem. Ele não liga. Ao contrário, ele até se sente fortalecido quando cai no estereótipo de "incompreendido".

O herói de Hollywood, tal como foi esculpido ao longo do século 20, é aquele que, em nome do bem, que só ele sabe qual é, recorre à violência mais selvagem; é aquele que se mata em nome de sua própria teimosia. Então, a mocinha que o ignorava irá chorar por ele. É nesse modelo de herói, precisamente nele, que se refugia o psiquismo desse tipo de criminoso. As mesmas manchetes (de jornais, revistas, rádio, televisão e internet) que o denunciam, expondo sua foto, sua biografia e suas esquisitices, fazem com que ele se sinta glorificado, num tempo em que é glamouroso, como nunca foi, fazer o papel de bandido corajoso. São essas as manchetes que ordenam: "Be a killer, be a star."

Olhar torto

Antes que se pense, então, que a saída estaria num recuo da imprensa, que teria de deixar dar destaque aos assassinos, é bom avisar: também nesse ponto existe uma armadilha. Assim como a raiz do problema não está na venda de armas nem nas ideologias "de direita", ela também não está na tal "mídia". Ela está, antes, na combinação dos três fatores que foram listados aqui: a idolatria das armas e de seus senhores, a intolerância extremada e, finalmente, o fator que articula os outros dois, o chamado star system, no qual ser estrela vale mais do que viver ou deixar viver.

Essa é uma combinação poderosa, profunda, que não se resolve com proibições burocráticas. O público deseja (com um ardor demasiado, é verdade) ver de perto essas tragédias reais, e tem o direito de vê-las. Aos jornais cabe narrar as tragédias. A pergunta é: por que o jornalismo não tem sido capaz de ajudar o público a compreender essas tragédias?

Em parte, porque a imprensa se tornou parte da indústria do entretenimento e, com isso, perdeu distanciamento para criticar os fundamentos dessa indústria. Ela vê criticamente o mercado de armas e o obscurantismo das ideologias, mas não visualiza direito como entretenimento e violência se entrelaçam. Sem se dar conta, a imprensa é o céu estrelado pelos assassinos que ela ajudou a convocar.
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DO SITE: "OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA".

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La Véritable Nature Du Régime De Ben Ali » Nawaat de Tunisie - Tunisia

La Véritable Nature Du Régime De Ben Ali » Nawaat de Tunisie - Tunisia
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Um incrível e extenso relato de como "Ben Alí", em seus 23 anos de ditadura, dominou economicamente todo um país, a Tunísia!!!

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A verdadeira natureza do regime de Ben Ali
Suas contribuições | 13 de janeiro de 2011 | 60 comentários A auto-imolação de jovens Mohamed Bouazizi desencadeou uma revolta na Tunísia, sempre. O sacrifício não é suicídio, é um ato de coragem para a multidão para mostrar a absoluta rejeição das práticas de poder que impede que você, literalmente, vivem e é por isso o povo tem decidido de uma vez por todas, pôr fim à ditadura.

Este documento destina-se a informar os leitores sobre a verdadeira natureza do regime estabelecido por Ben Ali, um homem que distribuiu aos seus recursos imediatos do país e desempenha o papel de árbitro entre os vários titulares de riqueza, retirando dando uns aos outros em uma dança de alianças que completamente afastada da realidade da Tunísia.

Esta lógica de poder levou à deterioração grave se os valores que a sociedade retira rapidamente e, certamente, a decadência ou quando o fundamentalismo religioso, visto como o último refúgio de dignidade.

Além dos movimentos de multidão como Redeyef revoltas espontâneas em 2009 e Sidi Bouzid, que se espalhou para toda a República e onde a multidão gritava slogans eram dirigidos contra a corrupção da família de Ben Ali, uma infinidade de escritos e artigos, desde 1988, condenaram os excessos do regime, seja ele político ou financeiro.

Em excessos políticos, basta ler a declaração de 7 de Novembro de 1987 a ser convencido da total falta de vontade política ea ausência é confirmada pelo fato de que Ben Ali aceita e compreende as práticas criminosas de seu círculo mais próximo, e este , à vista de todos e com a cumplicidade de muitos membros de todos os ramos do Estado.

O caso que apresentamos as ações realizadas por alvo as imediações de Ben Ali. A lista não está completa, alguns próximos ao governo, operando através de representantes e acompanhamento das operações torna-se mais difícil.

Apesar de todos os setores da economia tem sido afetada pela ganância dos parentes de Bin Ali, estas são, obviamente, os grandes mercados e os melhores do país foram alvo em primeiro lugar. Assim, a privatização tem sido todos feitos de forma ilegal e em total contradição com a lei e regulamentos.

A primeira vítima principal destas operações é o Estado tunisino, um estado que foi completamente destruído pelo Ben Ali e sua comitiva, e isso, para garantir seu controle sobre o país, eliminando qualquer voz discordante e para criar do zero uma oposição fantoche.

O Comité de Hi Pública

Quanto ao "negócio" que se tornou a principal atividade de Ben Ali e sua comitiva, apresentamos abaixo uma lista inicial de riqueza acumulada por Ben Ali e sua família, e isso, com uma arrogância que lança luz sobre a mentalidade aqueles indivíduos que não têm consciência política, que estão convencidos de que a Tunísia é deles e que substituem o Estado.

Como discutido abaixo, o peso de Ben Ali e seus parentes na economia do país está cada vez mais importante, para que o jogo econômico é fortemente afetada.

O travamento da economia e impede que qualquer investimento em desenvolvimento em setores-chave, o que provoca um achatamento da economia a partir do fundo. Claramente, a gestão opaca da economia e os fagócitos de instrumentos econômicos conduzir o país a um desastre sem precedentes na história da Tunísia, especialmente desde a rescisão do presente estado de coisas é impossível por causa do travamento do total Informação e bloqueio - organizado pela Abdelwahab Abdallah - qualquer emergência de uma sociedade civil.

Essa dinâmica contribui muito rapidamente para a desintegração da sociedade tunisina eo surgimento de extremos.

SISTEMA BANCÁRIO

Clan Ben Ali começou o seu enriquecimento através dos créditos sem garantias prestadas por bancos de desenvolvimento nacionais. Estas práticas, levado ao extremo, minaram a essas instituições. Portanto, para ter uma mão livre, o clã decidiu instituições financeiras apropriadas.

Tomar o controle do Banco Árabe da Tunísia.

A aquisição da BIAT foi operado em um completamente opaco por uma família próxima ao governo. irmãos Mabrouk fez uma aquisição forçada de que o banco, uma das jóias do sector bancário da Tunísia. Família Mabrouk, que já era rico sob o antigo regime, e mesmo antes da independência, sempre manteve laços estreitos com o regime no poder. Ela agora tem um império comercial e financeiro que foi construído a partir da união com Ben Ali, em curso de direitos e cutuca "de cima".

Tomando o controle do BANCO DA TUNÍSIA

O Banco da Tunísia, uma das mais antigas instituições bancárias no país, conhecido por seu profissionalismo e excelente administração, caiu nas mãos do Sr. Belhassen Trabelsi, irmão da Sra. Ben Ali. A aquisição do banco foi feita de uma forma que lembra um assalto de verdade. Vários grandes acionistas tenham sido apresentados perante um facto consumado e de gestão do banco foi dada à mulher a Senhora de Abdullah Abdelwahab Abdallah, que, com Abdelaziz Ben Dhia, é um dos dois pilares do regime, que, como veremos mais adiante, o homem que bloqueou qualquer emergência de uma sociedade civil, na Tunísia.

Dois novos bancos

Enquanto o Banco Mundial e do FMI em denunciar seus relatórios enviados à surbanking as autoridades tunisinas "do país (muitos bancos em relação às necessidades da economia) e mencionou a necessidade de fusões e incorporações de instituições bancárias O governo, através do governador do banco central, banco emite duas licenças de dois filhos, Presidente do Banco Zaytuna para o Sr. Matri e Mediobanca para Slim Zarrouk.

privatização do Banco do Sul

Não se trata de tomar o controle de um banco, mas um "insider", que privou o Estado de uma renda considerável para o benefício da família. Note-se que a venda do Banco do Sul para o grupo hispano-marroquina ATTIJARI banco tem feito através de insider trading co-optados pelo estado: el Sakhr Matri, filho de Ben Ali havia comprado uma mão barato ações do Banco do Sul e vendeu-os com um ganho grande capital, na altura da OPA lançada pelo grupo hispano-marroquina.

Comissão de transferência de controle para o Banco Central

Enorme abuso foram registrados na transferência de dinheiro ao exterior, movimentação de fundos de várias centenas de bilhões são feitos em completa contradição com a lei tunisina de transferências de moeda.

Uma comissão de inquérito devem ser realizadas para acabar com este flagelo moedas vazamento gostava Ben Ali e seus parentes.

A compensação de dívidas, um príncipe do privilégio

Como veremos neste exemplo, as autoridades utilizam as instituições bancárias nacionais, por razões puramente familiar. Assim, após a recusa dos pais em ver sua filha Mhenni casar com um membro da família, Ben Ali, para "forçar" a aceitar esse casamento anulado todas as dívidas do Sr. Rauf Mhenni, que imediatamente aceite a aliança!

O sector dos transportes

o Ennakl:

Volkswagen - Audi - Porsche - Seat - KIA

A sociedade nacional tem sido praticamente ENNAKL oferecido ao filho de Ben Ali, Sakhr el Matri, que, sem qualquer contribuição pessoal, através de empréstimos (sem garantias), pelo BNA, encontrou-se à frente desta empresa . A última seleção de 17 milhões de dinares apresentado por El Sakhr Matri como segurança no Ministério da Fazenda não teria sido pago até à data.

Também vale ressaltar que de acordo com especialistas, o valor real da empresa seria de pelo menos 300% maior que o valor da transação.

Ao assumir o controle da companhia pelo Sr. Matri, licenças de importação de veículos, que foram concedidos em fogo lento como as necessidades do país, foi dado com uma vingança, e nós ainda temos de importar Porsche que custam um pouco menos de 500 mil dinares! Isso é um disparate absoluto em um país como a Tunísia.

Quanto KIA, fabricantes coreanos vêm-se na Tunísia para uma indústria de fabricação de peças, e mais uma vez, está perto de Ben Ali, Sakhr El Matri, que assumiu a licença de importação e veículo de distribuição.

MOTOR COMPANY

mercedes - fiat ...

Sociedade MOTOR, uma das jóias do Estado, proprietário de "mapas" Mercedes e Fiat, entre outros, foi privatizada sob muito obscuro benefício Cyrine Ben Ali e seu marido, Marwan Mabrouk.

A decisão de privatização foi seguido pelo arquivamento do Secretário de Estado da privatização, porque o fato de que ele defendeu um preço muito mais elevado.

Peugeot

Em dezembro de 2008, a filha caçula de Ben Ali foi prometida a um rapaz na família Ben Gaied. O jovem foi imediatamente cooptado como PD-G. Empresa STAFIM Peugeot, cujas ações foram adquiridas com um desconto, se não nominal, com BIAT grupo bancário Mabrouk, aliada a Ben Ali.

FORD - Range Rover - Jaguar - Hyundai - homem

Privatização, a um preço muito baixo de empresa estatal que detinha a licença foi feito pela Ford Belhassen Trabelsi, irmão da Sra. Ben Ali e seu amigo Hamadi Touil.

Eles conseguiram impor a todo o setor público de compra de seus veículos.

Vários "mapas" de suas marcas são premiados como Range Rover, Jaguar e Hyundai, excluindo MAN montagem do veículo.

As taxas são apenas os mais baixos que o carro!

O mercado automotivo é monopolizada pelos familiares mais próximos de Ben Ali, os únicos impostos que ficam são os de carros.

Estes cortes de impostos não são apenas carros populares, mas também carros de luxo que excedem às vezes o preço de uma fábrica.

Tunisair

Tunisair, o carro-chefe da companhia aérea tunisina histórica, tem sofrido com o assédio era Ben Ali sem precedentes por parte da família.

A Presidência da República, como se ela tivesse qualquer outro peixe para fritar, tem havido em todas as decisões da Companhia e de denominação, como das recepcionistas para a compra de aeronaves, principalmente a partir de Na chegada à frente do famigerado Companhia Rafaa Dekhil que deram corpo e alma à família.

Entre os escândalos, dois são de uma dimensão lendária. Uma delas diz respeito à compra, pela empresa em nome da Presidência, um Boeing 737/600 com salas, quartos, escritórios (se quer saber o porquê).

Não obstante o fato de que essas compras pesam fortemente sobre as contas da empresa, uma pergunta por que Ben precisa, como um luxo, desde a Independência, um rearranjo simples dos aviões existentes eram suficientes para viagens oficiais.

Se o Sr. Ben Ali se desenvolveu uma diplomacia ativa, a compra de grandes dimensões em relação ao tamanho do país pode ser justificada na ponta, mas a política internacional da Tunísia desintegrou completamente durante o reinado de Ben Ali, que faz só é recebido por ditadores ou, na melhor das hipóteses, os presidentes honorários.

No entanto, esta aeronave do governo usado principalmente para viagens particulares de famílias que regularmente compartilham sua ânsia de agradar Rue St Honoré e vai mostrar a despesa em St Tropez ou em outro lugar.

Como se isso não bastasse, aqui está o Ben Ali decide comprar um novo avião por Tunisair, que custou um A340, a Airbus preços de catálogo, 280 milhões de euros, que devem ser adicionados os custos da reconstrução que fazem este avião vai custar ao parto, cerca de US $ 600 bilhões. O que impulsionará o desenvolvimento de várias regiões do país e dar emprego a dezenas de milhares de desempregados.

Para efeito de comparação, a compra pelo governo francês utilizou um A320 tem causado grande comoção na França. No entanto, o plano do Sr. Ben Ali vai custar o preço de 8 (oito) A320, e isto para um país cujo PIB é centenas de vezes menor que a da França.

Devemos também acrescentar que, após esta compra se afogou em uma grande encomenda da Tunisair, senhores Sakhr El Matri e Belhassen Trabelsi comprou dois aviões privados.

companhias aéreas Carthago & Nouvelair

No que respeita ao licenciamento das companhias aéreas:

Licensed to Chiboub Slim e Aziz Miled para Nouvelair.

Licensed to Belhassen Trabelsi para Carthago Carthago Airlines e na concentração e Nouvelair após a desgraça de Slim Chiboub.

SERVIÇOS DE GESTÃO PARA O AEROPORTO DE TUNIS

A concessão do primeiro operador privado para gerir os serviços de logística de Opat foi concedida uma opacidade total ao MAS sociedade. Novamente, é um filho de Ben Ali, Slim Zarrouk, que é o beneficiário. Sob que condições financeiras e por que ele?

Concurso para a privatização de lojas francas

A empresa foi escolhida para a atribuição da licença-Free Shops é o Weitnauer Sté, que foi dirigido por Ben Ali e Sofia Abderrahmane Tlili. Este último foi, então, retirado do circuito.

Compagnie de Navigation Tunisienne

CTN, transporte história da empresa, que desempenhou desde a independência, um papel excepcional na economia, também é descrito por pessoas próximas a Ben Ali, principalmente porque os jovens Sakhr El Matri abriu sua aldeia para cruzeiro.

Antes da privatização prevista do CTN, a empresa foi condenada ao comando da ordem de centenas de milhares de milhões de novos navios será entregue uma vez que a NTC privatizada, e isso em benefício de futuros arrendatários que já estão escolhido pelo governo.

Trabelsi Imed e CTN

Imed Trabelsi, conhecido por suas aventuras com o roubo e receber iates roubados e uma série de operações suspeitas, também sozinho, criou uma nova linha para o NTC entre Sfax e Trípoli. Ele deixou uma lousa de várias centenas de mil dinares para o CTN.

Telefonia

Tunisiana

O Governo da Tunísia é roubar centenas de milhões de dinares pela "primeiras-damas" da Tunísia e Palestina.

Por que a licença de telefonia móvel segundo foi dado a El Sawiress, um amigo da Sra. Arafat? Como a Sra. Arafat pediu a sua amiga, a Sra. Ben Ali para interceder em seu favor contra uma soma incrível.

Novamente, neste caso é que o governo tunisino roubou uma quantia de cerca de 400 milhões de dinares.

A abertura das propostas para a licença móvel Vivendi revelou que estava em melhor posição para ganhar. Mas, para seu próprio interesse, os parentes do Sr. Ben Ali advertiu Orascom para ele fazer um lance maior do que cons-Vivendi.

Seis meses após a obtenção da licença, a Orascom ainda não tinha resolvido o governo tunisiano. Depois de várias ameaças do Departamento de Telecom para cancelar a operação, perto de Ben Ali e dirigiu Mongi Safra inventou uma bala mágica que irá ficar nos anais da história da apropriação indevida de bens públicos em todo o mundo: um grupo de financiadores reuniram-se para conceder um crédito de Orascom com um sindicato bancário de 100% da Tunísia. E a licença concedida a uma empresa estrangeira, acabou por ser pago com um cheque em dinares tunisinos! É, portanto, os bancos tunisino que se ofereceram para Orascom Tunisiana!

Este caso provocou uma celeuma até o Banco Mundial, que, observando as irregularidades gritantes, decidiu cancelar um crédito bancário de longo prazo de US $ 250 milhões no lucro da Tunísia. Esta instituição financeira internacional desde a Independência sempre apoiou o desenvolvimento da Tunísia, agora Desconfie de qualquer transação envolvendo o nosso país.

O caso é um episódio de aventuras Tunisiana de dois "Ladies First", que também atingiu as manchetes com a criação do SAI.

Watania CASE-Qtel / Sakhrs EL Matri

A telefonia móvel é um negócio complicado para a segurança do país, a Tunísia não falhou, como é feito em outros lugares, condicionar a venda de ações em companhias telefônicas aprovação prévia.

Watania-Qtel, que detém 50% do Tunisiana, decidiu adquirir os restantes 50%. No entanto, para obter a aprovação do governo da Tunísia, Watania Qtel tem "oferecido" para el Skhar Matri 25% do caso em troca de aprovação do governo e da promessa de obtenção de uma licença de 3G.

Enquanto o pacote financeiro que é mencionado na mídia tunisino é mentira pura, iremos publicar mais tarde, documentos que comprovem a ilegalidade.

ORANGE

Transações e são muito semelhantes, a licença de operador de comunicações móveis de terceira foi concedida à filha do presidente, Cyrine Ben Ali, que é também, através Planet Tunísia, o maior provedor do país.

ORANGE seguintes:

O contrato assinado entre a Orange ea do governo tunisino incluiu uma cláusula de não-concorrência de um ano para a licença de 3G.

O contrato estipulava que, se a licença de 3G foi concedido no ano para outro operador, o Estado seria obrigado a pagar 70 milhões de dinares no valor da licença.

É surpreendente que o Estado não tinha que esperar um ano antes de permitir que um outro operador com uma licença de 3G. Tunísia perdeu 70 milhões de dinares.

MEDIA

A família de Ben Ali é agora chefe de um império de mídia sem precedentes na história. Este império abrange todos os setores da mídia, a mídia impressa para a televisão.

Rádio FM Mosaique

Ficou claro que os meios de comunicação também sofrem o ataque da família de Ben Ali. Não só por razões económicas, mas por motivos de influência política. De fato, em sua megalomania, parentes de Ben Ali se sentiu capaz de tomar o poder, então eles têm investido com força na mídia. Rádio, jornais, agências de publicidade. Nós vamos ficar para a grande mídia aqui.

Assim, a licença da primeira estação de rádio privada tem sido dado a um grupo de empresários cuja Belhassen Trabelsi, a maioria, é por coincidência, o irmão da Sra. Ben Ali.

Para cortar os rumores, a licença foi concedida pelo Sr. Boutar, candidato e PD-G. de que o rádio.

Chams FM

outra estação de rádio privada, mas o mesmo sistema: FM Chams licença foi concedida à esposa de Ben Ali menina Mabrouk. O candidato é Bhouri Fathi, ex-CEO da Planet Tunísia, que também é proprietária.

Zitouna FM

A imaginação não faz parte do encerramento do regime: Zitouna FM licença foi atribuída à Sakhr El Matri, filho do presidente que, através desta rádio "islamização", quer para representar um "verdadeiro muçulmano" e adquirir favor do povo.

Jawhara FM

Para não ficar atrás, falar sobre o rádio FM do Sahel. A licença foi dada ao Sr. Neji Mhiri, amigo pessoal de Ben Ali e diretor do Banco Central da Tunísia quando ele deve cerca de 600 milhões de dinares tunisinos para os bancos!

EXPRESSO FM

Quanto à rádio nova económica EXPRESS FM, que pertence ao irmão da Sra. Ben Ali, Belhassen Trabelsi, mais uma vez, associada com o Sr. Ben Rayan, a empresa MAC, que supervisionou a oferta pública inicial de Cartago Cimento , um dos maiores escândalos do país, vamos voltar.

Ainda no panorama audiovisual da Tunísia, falar sobre:

CARTHAGE TV

Não contente com ter, com suas Cactus produção da empresa, totalmente envolvido com a venda do programa nacional de televisão e comprou uma série de produção turnkey vendidos antecipadamente com a propriedade dos intervalos comerciais, Belhassen Trabelsi e Sami Fehri decidiram criar seu próprio canal de televisão.

Note que a produção de Cactus se apropriou nos últimos anos, 60% da receita da emissora nacional TV7. Os diretores da cadeia de ter contribuído para o apagamento de toda uma geração de produtores comprando o cacto a esmagadora maioria dos programas.

Hannibal TV

Mesmo processo completamente contrato de licença ilegal para as rádios.

Mohamed Nasra, marido de uma senhora perto de Ben Ali recebeu a primeira licença para a televisão privada. Além disso, ele fez um excelente contributo para o emburrecimento da sociedade tunisina de debates apresentando nervoso nunca sobre as questões centrais que enfrentam todos os tunisianos.

Também vale mencionar que Hannibal TV precisa fiscais mais de 5 milhões de dinares tunisinos e que as ordens para deixar de ir directamente ao Presidente da República!

Por outro lado, como se tudo isto não bastasse, o chefe de Hannibal TV goza de uma imunidade de facto nos tribunais. Ele não paga a sua cadeia de fornecedores e não paga direito de retransmissão para a Federação de Futebol da Tunísia, privando assim os clubes de futebol de uma importante fonte de renda.

Dar grupo Assabah

Após uma disputa dentro da família que possui o Dar Assabah grupo de mídia, Sakhr El Matri assumiu o caso.

O grupo Assabah publica, entre outros títulos, o jornal Assabah e hora.

Controle dos meios de comunicação na Tunísia é completada pelo sistema criado por um dos pilares do regime, o Sr. Abdelwahab Abdallah, que controlam o resto da mídia através de uma agência do Estado:

O ATCE

O tunisino Comunicação Externa da Agência é o organismo criado pelas Abdelwahab Abdallah, para refrear os meios de comunicação social que aspiram a qualquer liberdade de expressão e, assim, controlar qualquer emergência de uma sociedade civil.

O ATCE gerencia o orçamento de publicidade das empresas estatais e da mídia usam para submeter à autoridade do senhor Abdelwahab Abdallah.

Exemplo: Uma mídia tunisino é expressa de uma maneira que não agrada o regime. Imediatamente, o departamento de ordem do ATCE publicidade é notificado e removido este meio de publicidade de todo o estado, que são atribuídos. Isso deixa apenas uma opção para encabeçar a mídia em questão: para restringir a inserção do setor privado. No entanto, Abdelwahab Abdallah, e seus asseclas estão acima de influenciar as escolhas de publicidade de empresas privadas, chamando os funcionários para aconselhá-los a retirar o seu orçamento para a mídia em questão.

Mas não acredito que a maior parte desse dinheiro vai para os amigos da mídia. Vários milhões de ATCE (ou seja, empresas públicas) são destinados ao financiamento da comunicação externa do Sr. Abdelwahab Abdallah, pagando com uma vingança:

• supostamente meios de comunicação independentes (Young África, Arábia, Tunísia mais ...)

• estrangeiros decisores políticos.

• autores do livro que são apologistas do regime, como os do jornalista-mercenário Salvatore Lombardo apresenta Ben Ali como uma grande personalidade da política internacional, traz uma grande mensagem humanitária.

Ao mesmo tempo, ATCE conta em qualquer lugar do mundo, protegido, os agentes, a política do primeiro alarme, escreve artigos e produzir relatórios destacando a excelente governação da Tunísia. É interessante notar que esses são apenas os meios de comunicação nacionais que capturam a essência destes artigos e reportagens, e este, a fim de enganar os tunisianos querem fazê-los acreditar que a mídia internacional sobre o sucesso "na Tunísia Ben Ali ", como ele é pago apenas jornalistas.

A política de comunicação do Sr. Abdullah se esforça também para a opinião pública estrangeira, apresentar Ben Ali como um escudo contra o Islã radical. Cada crisette ou de crise, os jornalistas o seu agente corrupto-Cry Wolf: "Os islâmicos querem tomar o poder! No entanto, a população da Tunísia, na sua esmagadora maioria é sempre repudiou o islamismo radical. Apenas o comportamento impróprio e irresponsável dos familiares do regime tunisiano tenta extremismo.

Além disso, aprendemos que, dado o levantamento atual, os conselheiros políticos de Ben Ali foi discutida a necessidade de uma maior manipulação para desviar a reivindicações do povo legítimo. De fato, um ato terrorista patrocinado pelo poder islâmico estaria na decisão. É tudo o que esses consultores Ben Ali teria encontrado este esfregaço legítima não-violenta revolta e. Esta receita é brandir a ameaça do islamismo radical é uma receita antiga que não está enganando ninguém e que retorna a cada vez indefinidamente as reformas necessárias no país.

As manobras são muito experientes desinformação pela Tunísia desde os primeiros anos do regime de Ben Ali. Mas a nulidade da comunicação tunisino política que transformou a população em canais estrangeiros, Al Jazera primeiro.

Na verdade, a política de comunicação, chefiada pelo Sr. Abdallah é um verdadeiro desastre nacional: o total da população deixa de confiar na mídia nacional também têm sido duramente afetados pela slogans dos manifestantes, no inverno de 2010 / 2011 que são apologistas da Al Jazeera.

Devemos também acrescentar aos activos do Sr. Abdelwahab Abdallah, um dos mais estúpidos de censura em todo o mundo. Com efeito, no final dos anos 90, um livro denunciando os excessos de Ben Ali, foi publicado em Paris, Abdullah deu uma ordem para comprar todas as cópias. Assim, ele impulsionou o livro mais vendido, dando um sucesso e uma notoriedade inesperada.

Essa lição não tem mesmo servido para Abdullah, porque uma outra versão do mesmo erro se repetiu uma década mais tarde no livro "O Regente de Cartago". A denúncia sem base jurídica no Tribunal de Primeira Instância de Paris pelo Sr. Samia Maktouf, cuja competência foi limitada a obtenção do benefício da Sra. Ben Ali deu ao livro uma publicidade impulso sem precedentes desde que todos os os jornais têm falado. Outra conseqüência das limitações intelectuais dos dois conselheiros políticos Ben Ali: as escavações realizadas há meses para os aeroportos da Tunísia na sequência da publicação de "O regente de Cartago" será lembrado: os costumes e os policiais tinham recebido Para se aplicar a todos os participantes da Tunísia: "Você tem livros na sua bagagem? . Muitos acreditavam que os livros, tais como drogas ou explosivos foram proibidos na Tunísia.

Triste resultado para um dos poucos países no mundo com 3000 anos de civilização.

Imóveis

Faça uma lista das propriedades e operações imobiliárias da família de Ben Ali é um processo demorado.

Citamos, na pilha, o ataque feito por Belhassen Trabelsi em casas de Sidi Bou Said e na aquisição de vila simbólica dinar turístico construído em torno do porto de Sidi Bou Said e do grupo hoteleiro Carthago vendidos recentemente na Líbia Leico.

A Gammarth, Slim Chiboub e Aziz Miled construída uma marina.

Zone "Côtes de Cartago" foi quase inteiramente distribuída pela Agência de Turismo Real Ben Ali Trabelsi, Mabrouk, etc ...

A maioria das transações imobiliárias no país são de propriedade da família. Ben Ali distribui suas áreas inteiras. Ele tem feito por Montassar Maherzi (casado com a irmã da Sra. Ben Ali) em Gabes, para si próprio na Baía dos Anjos, Kantaoui, ele distribuiu armas para ligar dezenas de milhares de hectares de terras agrícolas sua família (Utica, etc ...). Zagouan

A Agência de Habitação Terra

AFH, órgão estadual que tem garantido ao longo de décadas, as famílias tunisinas da casa própria renda baixa e moderada tornou-se uma bomba de dinheiro real para o benefício de perto do poder que o utilizam para subornar quem apoio.

Isso é como fechar para o governo a pôr em perigo uma das melhores realizações da história social da Tunísia: a casa própria.

TERRA DO SATPEC em Gammarth.

O SATPEC, uma organização fundada para a promoção do cinema da Tunísia, foi concedido a uma empresa detida pela Tarak Ben Ammar. Mas onde o problema é que antes desta operação, todas as terras incluídas no lote foram retiradas e vendidas para o desenvolvimento imobiliário, sempre em favor da família.

A terra em steg

Após a privatização da Ennakl, tem terras públicas griladas por hectares disponibilizados após o encerramento da central de La Goulette. No mesmo terreno que tem um banco, nas margens do Canal de Tunis, a poucas centenas de metros do porto, o Sr. Matri construiu uma aldeia turística inclui um dock projetado para navios de cruzeiro e do centro comercial de dezenas de lojas , todos construídos em terrenos de propriedade e licenciada para PRINCESS Holding (detentor de 90% a Ben Ali e Matri 10%) sem qualquer consulta ou licitação.

Esta incursão real no cruzeiro, que beneficiaram o Estado através da Opat, também afeta todos os comerciantes que vêem no turismo de cruzeiros lentamente limitar a sua visita ao porto turístico do Sr. Matri.

maneira engraçada de promover o turismo tunisino, limitando o acesso dos turistas às margens do canal de Tunis, enquanto o estoque de Cartago, um dos mais prestigiados do Mediterrâneo, é na porta ao lado.

motivos SONEDE

O mesmo não tenha encontrado o Sr. Matri melhor para levantar um palácio de 1001 noites para construir em Sidi Bou Said, em terras pertencentes à Companhia de Água da Tunísia: SONEDE.

Como é que a terra da herança de SONEDE chegar em Sr. e Sra. Matri, tunisianos gostaria de saber. Mas os manifestos de vôo de bens do Estado não é suficiente, porque a construção deste palácio, a família do Sr. Ben Ali, certamente frustrados com a riqueza das famílias reais do Golfo, expostos a todos os olhos da loucura tamanhos porque este alojamento 8 000m2 construídos contém - além de uma mesquita e uma garagem vários milhares de m2 - 700m2 um quarto, não incluindo os grandes gatos no jardim. O embaixador dos EUA não se furtou a classificá-lo com um humor zombeteiro em um cabo revelado pelo Wikileaks.

Na estupidez, a curto ea ganância são tais que a família do Sr. Matri - uma família digna tunisino cujo ancestral era um herói da independência do país - negando as escapadas dos filhos que foram para a cama com um poder cuja práticas deve estar se revirando no túmulo do grande e digno Mahmoud El Matri.

jardim, para benefício

Família

A Tunísia tem poucos lugares míticos de entretenimento. Ele tinha raspado o último deles, uma discoteca que fez a reputação internacional da animação nocturna, na Tunísia. Destruiu esse lugar para construir um jardim salpicado de lugares de entretenimento totalmente privada. Na verdade, um clube privado e um Centro de Talassoterapia gerido pela Sra. Ben Ali e sua irmã foram construídas em terras públicas. O investimento foi financiado pelo irmão da Sra. Ben Ali, Trabelsi Belhassen e seu parceiro Hamadi Touil.

Uma pergunta mais uma vez como conselhos locais - que são tantas vezes agitado sobre seus privilégios - deve passar com a igualdade de direitos de concessões e autorizações para construir em áreas próprias, sem qualquer consulta ou licitação.

Na verdade, ainda é o fenômeno de medidas de casal. " A propriedade da comunidade são totalmente transferida para os familiares de Bin Ali para os quais nenhuma lei se aplica, excepto a do mais forte.

distribuição em massa

Carrefour

Licença obtida através Slim Chiboub que condicionou a sua intervenção contra uma soma incrível.

Gigante

Licença obtida pela família com a Sra. Mabrouk Mabrouk, filha de Ben Ali.

Monoprix

Também entraram no património de Mabrouk.

Bricorama

Processo totalmente feita pelo Sr. Mahbouli então confiscadas de imediato pela Imed Trabelsi.

INDÚSTRIA

Além das olarias, que foram objecto de uma concentração nas mãos de discreta, mas activa, no entanto, Slim Zarrouk marido Ghazoua Ben Ali, é oportuno mencionar o maior escândalo financeiro da história da Tunísia:

Cartago Cimento

Em termos de desvio de bens públicos, Cartago Cimento processo é onde os excessos mais incríveis foram atingidos.

Um pool industrial internacional liderada pelos italianos propostas para a compra do Estado tunisino de cimento a partir de Tunis. Após vários meses de trabalho e depois de obter a maioria das autorizações necessárias, quando da assinatura do contrato definitivo com o governo da Tunísia, os fabricantes são contactados por Belhassen condicionado Trabelsi o consentimento do Estado a 20% do Processo (80 milhões de dinares).

Chocado com tais práticas, a indústria se retirou, deixando Belhassen caso Trabelsi se levantam.

Em seguida, procede-se à dotação de mais de 400ha de terreno (adquirido dinar simbólico) de propriedade e falta flagrante com todas as regras, vai públicos Cartago cimento, que não tem equilíbrio, e isso graças aos banqueiros irresponsáveis. Para início de tudo, a Companhia Tunisina dos empreendimentos Ferrovias para financiar, por Cartago Cimento, a 15 km de vias férreas. O Departamento de Transporte e da Assembléia Nacional que não há desvantagens. Não inclui o Tribunal de Contas, o Comitê de Auditoria de Valores Mobiliários ou a qualquer dos órgãos de controlo instituído pelo regime para enganar o mundo e perseguir todos os tunisianos do que aqueles que colocar o seu país sob o bisturi.

Cartago cimento é certamente o maior escândalo da era Ben Ali, e este, com a cumplicidade activa de vários altos funcionários.

DIVERSOS

A Escola Internacional de Cartago.

Terrenos e uma subvenção de cerca de 2 milhões de dinares, o Ministério da Educação concedeu cortesia à Sra. Ben Ali e Arafat para a criação de uma escola particular!

Enquanto as escolas da Tunísia sofrer uma grave falta de orçamento de funcionamento, enquanto as classes estão em estado de ruína, de um orçamento nacional é atribuída a uma escola privada de elite!

Como se tudo isto não fosse suficiente para obrigar os tunisianos para matricular seus filhos na escola, a Sra. Ben Ali tem usado tudo em seu poder para fechar a principal instituição concorrente. O fundador desta instituição, o Sr. Bouabdella foi obrigado a conduzir uma campanha de imprensa internacional real, pontuada pela publicação de um livro, para ser capaz de recuperar seus direitos. Sem sucesso.

Como revelado pelo Wikileaks, Sra. Ben Ali chegou a esfregou a Escola Americana de Tunis por encomenda do Ministério das Finanças para cancelar o regime fiscal preferencial desfrutado pela instituição dos EUA. Note-se que, devido à pequenez dessas práticas, o governo dos EUA revisou para baixo sua ajuda económica para a Tunísia.

A república das bananas

Como era de se tornar uma república de importação de banana da banana foi retirado em uma das mais prestigiadas companhias de desenvolvimento da Tunísia, o STIL, que foi lançado no início da Tunísia independente, um plano de desenvolvimento excepcional Sul e gostava monopólios estatais diversos. Um desses monopólios sobre a importação de bananas, foi retirado da sociedade nacional de desenvolvimento será concedida aos membros da família Trabelsi, Moncef, um fotógrafo de rua e ex-Mr. Jarai, seu ajudante.

Note-se que os ministros do comércio reuniram-se para assinar seus certificados de importação e de obter favores do governo.

Candy Bizerte

A importação de açúcar era um monopólio estatal, mas para melhor satisfazer o seu doce, Sr. Belhassen Trabelsi, irmão da Sra. Ben Ali, decidiu substituir o monopólio estatal, criando a sua própria fábrica em Bizerte. Ele até se apropriou de um parte do porto de Bizerte para instalar sua silos. E isso, com o empresário candidato Lotfi Abdenadher.

ESPÍRITOS

Como qualquer outro Estado em desenvolvimento, os monopólios lucrativos foram concedidos, como vimos acima, para empresas de desenvolvimento para melhorar a economia da Tunísia. Assim, o monopólio da importação e distribuição de bebidas pertencia, também, para STIL. Mas a liquidação da empresa não foi particularmente suculenta esperando Trabelsi e imediatamente colocou a mão sobre seu monopólios diferentes e até mesmo sobre o álcool no mercado negro, cuja distribuição deve passar por Imed Trabelsi.

E assim o trabalho de desenvolvimento da Tunísia foi abandonada por algumas pessoas, sem escala, para benefício próprio.

Regiões inteiras estão, portanto, obsoleto, abandonado por um estado plenamente consciente tornou-se o enriquecimento apenas de Ben Ali e seus parentes, que por sua vez, premiar os funcionários corruptos do Estado, dando-lhes posições em lugares altos. A explicação para a desqualificação de todo um país, aparece em toda a sua verdade simples.

Trabelsi e substituir o Ali Ben para as alfândegas

Um grande número de empresas para oficiar anos com pleno conhecimento de todo o mundo para permitir que alguns comerciantes tunisinos de importar produtos sem tarifas com um preço fixo por metro cúbico importado.

Containers passar pela alfândega sem nenhum controle. Esta prática já tinha criado um escândalo, em dezembro de 2006, após um ataque fundamentalista Soliman. Todos se perguntavam se os fundamentalistas não tinham trazido essas armas em recipientes não inspecionados.

Esta prática de importação selvagens contribui para empobrecer o conjunto tunisino da Indústria, o abastecimento do mercado paralelo de mercadorias e objetos roubados, causando a falência de comerciantes honestos.

Os principais beneficiários deste comércio são Jalila Trabelsi, irmã da Sra. Ben Ali, e Hayet e Kaies Ben Ali, irmã e sobrinho do presidente e outros membros da família que citaremos a próxima vez.

Imed seqüestrador Trabelsi

A operação de negócios na Líbia, Tunísia tinha sido abordado por Imed Trabelsi sobre um grande contrato com a Líbia se recusa a compartilhar o assunto com ele. Imed prometeu que iria se vingar e, portanto, poucos dias depois, o pequeno filho do empresário foi seqüestrado.

O caso - amplamente divulgado - tomou proporções nacionais, mas a intervenção da Sra. Ben Ali salvou o sobrinho do escândalo.

TUNÍSIA ATUM, MONOPOLY Sr. Mourad Trabelsi, irmão da Sra. Ben Ali

A exportação de atum em anos recentes sejam monopólio pessoal Mourad Trabelsi, que também é a única pessoa autorizada na Tunísia para fazer a criação e exportação.

Pesca no lago de Tunes

O mesmo Mourad Trabelsi obteve, através de um candidato italiano, o monopólio da pesca no lago de Túnis. Sua única consideração: limpeza de algas do lago.

Qual é o preço da concessão, como foi concedido? Mourad Trabelsi ele paga impostos em troca destas enormes privilégios?

Farrapos

mesmo sistema, os beneficiários do mesmo. Farrapos não escapou a família de Ben Ali, que se tornou a preservar!

Conclusão

Esta lista é tão off-putting falta de imaginação parentes de Ben Ali está experimentando no desvio de bens públicos e de enriquecimento ilegal.

Estamos preparando um segundo caso onde continuamos a enumeração desses escândalos, que nunca se deve esquecer que essas pessoas que trouxeram o país de joelhos um dia pode pagar todos os seus atos.

Também alertam para fraudes tunisianos que já estão em preparação, como o desmantelamento da terra do IHEC em Cartago. Na verdade, os parentes do presidente considera que esta terra, situado na encosta da Cartago histórica, será muito mais apropriado para a construção de dezenas de moradias em seu nome. A mesma lógica foi adotada para a fase Zouiten, situado nas colinas de Belvedere e Mutuelleville. A mesma lógica foi adotada para a encosta sul da colina de Gammarth, onde a construção em breve será iniciado pela Imed um clone de seu representante trabelsien homónimo e certos membros da família e já subdividida terra Arqueológico entre Cartago e La Marsa, terrenos degradados por um ex-dirigente do Instituto do Património e cumplicidade com o Ministério da Cultura, vamos voltar também.

Também vamos discutir o sobrinho de Ben Ali, Mehdi Mlika, e sua política de embelezamento do ambiente, que resultou na execução de um simples "Avenida do meio ambiente" em cada cidade da Tunísia. O embelezamento das artérias, que consistia de alguns fazendeiros e medianas grama e alguma arte horror, custar uma fortuna cujos principais beneficiários são Mlika e Mehdi Ben Ali, por meio de empreiteiras obscuros que n ter pego as migalhas. Em resumo, estes são os orçamentos dos municípios e do Ministério do Meio Ambiente que sofreram.

Discutimos também o hold-up feito para o benefício de Sakhr El Matri e filho de Ben Ali em comprar o desdobramento de ações do Grupo Nestlé na posse do Banque Nationale Agricole últimos cinqüenta anos. Nestlé internacional reagiu de forma violenta a essas práticas, digno do pior repúblicas das bananas.

Discutimos também a tenacidade com que a família de reservas Ben Ali todos os contratos no país, o que empobrece o Estado, impondo preços que nada têm a ver com os lances reais.

Falamos sobre o monopólio concedido ao Moncef Trabelsi no transporte de produtos petrolíferos em todo o país, vamos discutir os desfalques que teve lugar em torno do gigante de projectos imobiliários de Sama Dubai e Boukhater e têm recebido essas comissões acabaram fluxo apesar terrenos adquiridos simbólico e, por vezes, o dinar como nossos contratantes próprios são excluídos desses projetos lucrativos.

Não esquecendo a casa de Saint-Tropez, que foi adquirida por Ben Ali e sua esposa, com a mediação do Sakhr El Matri Benaceur e Francisco.

Nós não vamos discutir a saga Imed Trabelsi / Faouzi Mahbouli Bricorama preocupante porque é generalizado em toda a Internet.

Por contras, vamos devolver o caso para o aeroporto para os peregrinos, construído sem concurso ou consulta e custando 10 vezes o seu preço.

Também vamos discutir aeroporto internacional Enfida e concessão ganha pela sociedade turca TAV. Esta empresa, representada por Belhassen Trabelsi e Zarrouk Youssef, era incapaz de pagar a concessão. Belhassen Trabelsi inventou-los, com a intervenção de Ben Ali, um empréstimo bancário em dinares, enquanto o pagamento foi previsto em dólares. Como este crédito será reembolsado enquanto que o aeroporto continua a ser desesperadamente deserto?

Nós também mostraremos o próximo registro de outras diversões bilhões de dinares em OACA que os Correios Tunisie Telecom, o grupo químico do Departamento de Meio Ambiente, etc.

Apelamos a honesto, se ele continua a reagir o mais rapidamente possível com a nomeação de uma comissão independente de inquérito que vai esclarecer todas estas questões.

Pedimos também a todos os líderes políticos para compreender a gravidade da situação e acordar para soltar Ben Ali ea prisão de toda a camarilha que tem feito um verdadeiro desmembramento do país.

Devemos ter em mente que essas pessoas sem escrúpulos estão dispostos a colocar o país com fogo e sangue, para juntar mais uns meses no cargo, o que pode finalizar as suas operações.

Devemos despertar as consciências, que os políticos e os de segurança nacional, incluindo militares, deixarão de jurar fidelidade aos indivíduos sem lei que usar o prestígio do poder para fazer o que quiserem, sem qualquer senso de responsabilidade ou mesmo da medição.

Todos os líderes sabem que o que está escrito aqui é verdadeiro e nós queremos avisá-los que se eles continuarem a fazer ouvidos de mercador, eles vão na posição final da cúmplices saquearam o país.

Pedimos também aos responsáveis pela segurança do país se recusar a participar em conspirações que visam a mudar a opinião dos tunisianos e mantê-los sob um regime que só pode conduzir à desintegração nacional.

Agradecemos todo o meu coração a todos aqueles que têm feito este registro, o fizeram sem qualquer cálculo, simplesmente pelo nacionalismo, a defesa deste país, que não merecem seus atuais dirigentes.

Queremos novamente para mencionar aqueles que se sacrificaram para que a Tunísia não voltaria a ser subordinados a pessoas tristes. Aqueles marchar, lutar, falar e escrever são a espinha dorsal de nosso país, porque eles fazem saber que estão lutando contra uma das piores ditaduras do nosso tempo.

Apelamos a todos os tunisinos continuam a manifestar pacificamente a sua não chateado, para tocar a propriedade comum.

Finalmente, apelamos mais uma vez os funcionários a se comportar com honra e força e reagir à demissão de países mediante a apresentação de Ben Ali, os primeiros responsáveis por esta situação.

Propomos uma política alternativa de elevar o atual primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi, o cargo de Presidente da República por um período de um ano que será a consolidação da sociedade civil nascido de eventos atuais e da organização de um tribunal especial.

Nós pedimos a convocação de uma Assembléia Constituinte para uma mudança constitucional sobre o papel eo mandato do Chefe de Estado no sentido de reduzi-los para que nunca mais nenhum tunisianos individual confisca seu país.

Mais de meio século de ditadura e de culto da personalidade é o suficiente. Propomos que cada futuro líder da Tunísia tem uma chance de governar do que durante um único mandato curto, para permitir que a sociedade civil da Tunísia, que nas últimas semanas tem resistido muito bem o sistema de terríveis de Ben Ali, a possibilidade de emergir definitivamente.

Em nome de todos os tunisianos digno.

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