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Continuo lendo sobre Cesare Battisti e tenho constatado que nem às autoridades policiais da Itália tem provas cabais contra o ex-militante esquerdista que se encontra entre nós com o estatuto de refugiado político.
Foi preso em 1979 acusado de participar de ações subversivas, nenhuma porém, com atos de violência. Vale lembrar que uma “passeata” pode ser caracterizada como um ato subversivo. Só em 1988 ele é acusado de homicídios através de (delação premiada) por um ex-militante que acusado dos homicídios transferiu a culpa para Battisti.
Também devemos lembrar que mesmo para a polícia italiana, Battisti era apenas um ativista político de esquerda, de um grupo com explícita tendência pró-comunismo. Não é citado por “terrorista” como por aqui alguns o fazem, temerariamente.
Blogs italianos “brincam” mais com a polêmica factual que travamos quanto ao fato de extraditar ou não o italiano do que quanto aos motivos da extradição. Pegam carona nas disputas políticas daqui e o STF e Lula viram comédia.
Ora, não sei se é o caso do Brasil, que já abrigou “Alfredo Stroessner”, negar exílio a um ex-ativista político de esquerda, só porque este ser acusado de homicídios mediante uma (delação premiada), sabe-se lá como conseguida? Um preso sob tortura e ameaças, entrega até o Papa.
Ou se tem, repito, (provas cabais) de que Césare Battisti participou de forma efetiva dos assassinatos de que é acusado ou como diz a lei: “Em dúvida pró-réu.”
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