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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DO CASO: CESARE BATTISTI

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Após ter lido bastante sobre o caso da extradição do italiano acabo pensando, com que autoridade podemos julgar a extradição de Cesare Battisti se abrigamos entre nós, pessoas que também praticaram atos contra a lei em nome da política de esquerda opositora a Ditadura Militar?
Mas lembro que por aqui os mortos foram em grande maioria, de inocentes úteis, vítimas da Ditadura, sem sobrenomes de importância. Os que tinham bons sobrenomes foram de “férias” compulsórias para a Europa.
E depois, assalto a Bancos não é a mesma coisa que assassinato. O Banco acaba tendo o dinheiro de volta; morto não ressuscita.

Há que se entender o porque da vitória apertada de Battisti no STF. O Brasil é um país onde uma pessoa qualquer, principalmente com um saldo bancário razoável ou pertencente a uma corporação importante, ou ainda com um “bom” sobrenome, pode matar uma pessoa e ficar impune. A lei aqui é só para os pobres e negros.
Os juízes do Supremo sabem disso.
O Brasil tem em sua elite e na sua classe média uma forte repugnância à pobreza material. É só ver pelos comentários preconceituosos contra o Presidente do País. A maioria beira as raias do ridículo quando não a indigência mental! E não é de se duvidar que muitos venham de computadores das boas casas e dos bons bairros dos grandes centros urbanos, com diplomas acadêmicos e bons saldos bancários alimentados a custa do Erário.

Por outro lado, a mídia peca, como de costume pelo sensacionalismo factual, e a polêmica é se Battisti deve ou não ser extraditado. Pouco se fala sobre sua vida, sobre a Itália na década de 70, sobre as lutas políticas por todo o mundo no pós 1968.
Fala-se que Battisti teria ou estaria, (o verbo é colocado no tempo da suspeição), envolvido no assassinato de quatro pessoas na Itália.
Mas não se lê na mídia nenhuma prova de que o italiano tenha matado alguém. É sim acusado de participar do PAC, que seria uma organização de esquerda, “Proletari Armati per il Comunismo”.

E depois, tem a discursão sobre “crime político e crime comum”.
Há que se entender que um criminoso político só o é por não ter vencido a briga pelo poder. Um famoso terrorista palestino, cujo nome me falha no momento, conseguiu fundar seu partido, foi reconhecido internacionalmente e recebido nos mais importantes fóruns internacionais.
“Che Guevara” e “Fidel Castro” eram criminosos políticos antes de se tornarem líderes cubanos e tirarem Cuba da condição de “bordéu” de turistas endinheirados e dar ao povo cubano um excelente nível cultural a ponto de, suas Faculdades receberem alunos estrangeiros e exportar médicos e vacinas para a América Latina. O país paga caro até hoje pela sua ousadia de ser livre e independente com um dos mais incríveis e absurdos bloqueios econômicos que dura a décadas.

Porém, se há provas cabais de que Césare Battisti está de fato implicado com assassinatos, que seja mandado de volta ao seu país de origem para que possa ser julgado.
Que o Brasil deixe de ser um abrigo de toda espécie de bandidos do mundo. Assassino por assassino,já temos os nossos em boa quantidade.
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