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Da antiga escravidão corajosamente anulada, da exploração continuada, do abandono e desprezo à injusta tragédia, o bravo Povo haitiano hoje, se desespera em face da cruel realidade imposta aos seus filhos.
Bem sintetizou a psicóloga da USP, “Leila Tardivo” : “Para os haitianos a incerteza quanto ao futuro diz respeito não ao próximo ano ou década, mas à próxima hora.Onde não há quase nada, a civilidade desaparece. Vemos o desespero ali. Existe uma perda de controle das pessoas. Muito da própria civilidade se perde. Há um desespero animalesco por comida.”
Para a psicóloga, “O mundo está diante de um vórtice de estresse incomensurável. É quase uma horda primitiva, e digo sem preconceito. É a perda da civilidade, da evolução como homem, provocada por uma situação extremada que não podemos julgar. – Não nos é dado esse direito. Qualquer um de nós poderia fazer aquilo.”
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