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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MINARETES ISLÂMICOS NA SUÌÇA

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OS MINARETES ISLÂMICOS NA SUÍÇA

A tão cantada “globalização” nos tempos atuais, anda empurrando autoridades de países a confrontos de “módus-vivendi” engraçados quando não ridículos.

Há dias atrás, “Sarkozy” teve de bater o pé contra muçulmanas que escolheram a França pra viver, mas que queriam manter(?) o uso do “véu” no rosto. Imagino o Presidente do país da “igualdade-fraternidade-liberdade”, ter de explicar que a França não admitia que a mulher tivesse de andar toda oculta por vestes e que pelo menos o rosto deveria estar à mostra. Hilário.

Agora novamente o bom senso é colocado a prova com um caso que está ocorrendo na Suíça e que anda causando polêmica entre os suíços. Trata-se de uma inclusão na Constituição do país do parágrafo em que fala: “É proibida a construção de minaretes em templos islâmicos.”

Alguns dados preliminares básicos:
Suíça população: 7.288.000/censo 2000 ; alfabetização:99% ;
Religião: Católicos 3milhões; Protestantes 2,7milhões; Cristãos ortodoxos e Judeus ortodoxos são minoria inexpressiva; Muçulmanos 400mil.

Segundo informações já existem quatro templos muçulmanos que tem seus minaretes.
Minarete (do turco minare,[1] por sua vez do árabe منارة ou مئذنة, transl. manāra, "farol") é a torre de uma mesquita, local do qual o almuadem anuncia as cinco chamadas diárias à oração. Os minaretes, que também recebem o nome de almádena, são normalmente bastante altos se comparados às estruturas que o circundam.
A Mesquita de Hassan II, em Casablanca, Marrocos, possui um minarete de 210 metros, sendo o mais alto do mundo, visível dia e noite a quilômetros de distância.—WIKIPÉDIA
Pois bem, quis um referendo colocado à população, que a maioria decidisse pela inclusão do tal parágrafo que proíbe a construção de minaretes em templos islâmicos. Essa maioria dos cidadãos suíços é da região interiorana suíça.
O fato é que a proibição venceu e pegou de surpresa o Episcopado suíço, que segundo seu porta-voz “Félix Gumur” “Foi um duro golpe contra a liberdade religiosa e a integração.”

Aí está mais um impasse criado no âmbito da “globalização” e por conseqüência nas liberdades de todas as minorias culturais de imigrantes, que querem impor usos e costumes dos países de origem, de onde muitas das vezes são fugitivos pelos mais variados motivos, embora a maioria apenas procure uma perspectiva melhor de vida.

Ora, num país de 7milhões de habitantes, 400mil estão colocando em cheque a liberdade religiosa do país, só porque as autoridades locais, através de um plebiscito, decidiram junto com seu povo, proibir que novas mesquitas muçulmanas tivessem minaretes? Não proibiram a construção de mais templos, apenas dos minaretes.

A Federação das Igrejas Protestantes da Suíça (FEPS) reagiu também no próprio domingo, repetindo: a decisão não resolve o problema, cria novas tensões e mina a coesão social. E, não sendo um "combate entre culturas", configura "um atentado às liberdades fundamentais".
Em Lisboa, o responsável pelo Departamento para o Diálogo Inter-Religioso do Patriarcado, padre Peter Stilwell, disse ao PÚBLICO que a decisão não tem a ver com relações entre credos, mas com imigração e multiculturalidade. "A mentalidade conservadora identifica a igreja como parte da paisagem e não entende que a paisagem humana mudou", diz.

"É um aviso sério e preocupante, que põe em causa os princípios da liberdade religiosa". Stilwell recorda a semelhança com o facto de, antes de 1910, templos não católicos não poderem estar voltados para a rua - a Sinagoga de Lisboa é exemplo. E as igrejas protestantes não podiam ter sinos.

http://www.publico.clix.pt/Mundo/um-duro-golpe-contra-a-liberdade-religiosa_1412133

É engraçado que, autoridades religiosas cristãs ocidentais capitalistas, resolvam agora contra a pequena Suíça, falar de comunhão de culturas e atentado contra as liberdades fundamentais; (repito, a medida é apenas contra os minaretes e não contra a construção de templos muçulmanos); quando o HORROR impera no Iraque e Afeganistão!!

Com todo respeito a todas as religiões e credos, mas, já me irrito quando nas ruas do meu bairro tenho de passar por garagens transformadas em “templos evangélicos”, com suas caixas de som a ameaçarem as chamas do inferno o coitado que passa preocupado com o cheque que ta pra cair ou com outros problemas do seu cotidiano.

Agora se eu também tiver de conviver com um templo islâmico na minha rua, com uma enorme torre e com um cara lá no alto a bradar os cinco anúncios de oração DIÁRIOS, sinceramente peço asilo a uma tribo de “Ianomâmis”!!

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